Adeus, mundo tech? Demissões em empresas de tecnologia já atingiram mais de 55 mil profissionais em 2023
No Brasil, aproximadamente 720 pessoas perderam os seus empregos neste início de ano
A onda de demissões segue com força. E, atingiu, inclusive, grandes corporações no setor de tecnologia, como o Google, Amazon e Salesforce.
Em todo o mundo, cerca de 55.324 profissionais foram afetados por demissões em massa somente em janeiro de 2023, segundo o site Layoffs.fyi, que agrupa desligamentos no setor. Especificamente no Brasil, aproximadamente 720 pessoas perderam os seus empregos neste início de ano.
Contudo, esse movimento de "ajustes" não é novidade — e nem tem data para acabar. Vale lembrar que os cortes nos quadros de pessoal em larga escala acontece, principalmente, em razão da crise econômica agravada pela pandemia de Covid-19 — e hoje, as consequências dela, como a alta da inflação, elevação dos juros e o temor à recessão global.
No ano passado, 155.126 pessoas foram desligadas de 1.032 empresas de tecnologia, ainda segundo o site.
- Buscando emprego em 2023? Veja dicas de alguns dos maiores especialistas em RH do Brasil neste guia gratuito [BAIXE AQUI]
Amazon inaugurou a temporada de demissões em 2023
A Amazon anunciou que cortará mais de 18 mil pessoas no quadro de funcionários neste ano, sendo oito mil a mais do que o anunciado há dois meses — quando os “ajustes” de pessoal começaram na companhia.
Em memorando aos funcionários publicado no blog da Amazon, o CEO da companhia, Andy Jassy, disse que a revisão se dá pela “economia incerta” e pelo “excesso” de contratação nos últimos anos.
Leia Também
Contudo, essa lista expande-se para outras gigantes de tecnologia, como Salesforce, Google e Microsoft. Confira:
Salesforce
Na primeira semana de 2023, a Salesforce informou que desligará cerca de 10% dos funcionários e fechará alguns escritórios em todo o mundo.
O corte deve atingir pelo menos 7.000 pessoas — a empresa tinha 73.541 colaboradores em dezembro de 2022, de acordo com o último registro anual na SEC (equivalente à CVM brasileira).
Com o corte, a Salesforce espera reduzir os custos operacionais e impulsionar o “crescimento lucrativo”.
Por fim, o movimento de reestruturação no quadro de pessoal deve ser concluído até o final de 2024.
Demissões na Microsoft
A empresa de Bill Gates anunciou o plano de cortar 10 mil pessoas de sua folha de pagamento — o que representa 5% da força total de trabalho — até o final de março. Os desligamentos começaram na última quarta-feira (18), afetando, principalmente, as áreas de marketing e vendas.
Mas, isso é apenas um continuidade do que já estava acontecendo. Os cortes no quadro de pessoal na Microsoft já começaram há, pelo menos, nove meses.
Em julho do ano passado, a empresa de Bill Gates anunciou um plano que previa o fim de vários cargos e a dispensa de pelo menos 1% da força de trabalho total — o que corresponde a cerca de 2 mil pessoas. Na época, a empresa afirmou que as demissões faziam parte de um ajuste regular no seu início do ano fiscal. E, em outubro, cerca de mil pessoas foram desligadas da empresa em todo o mundo.
A gigante de tecnologia vai demitir 12 mil funcionários, o que representa um pouco mais de 6% do quadro global de pessoal. Segundo a companhia, os cortes afetarão todas as áreas e todos os escritórios espalhados pelo planeta — o que inclui o Brasil.
Em e-mail aos funcionários, o presidente-executivo (CEO) da Alphabet, Sundar Pichai, afirmou que o corte é um ajuste de força de trabalho, que cresceu rapidamente nos últimos dois anos.
Segundo o executivo, os investimentos da empresa devem se concentrar em projetos de inteligência artificial (IA, na sigla em inglês).
Com as novas demissões, a dona do Google “conquista” o segundo lugar no pódio das demissões em big techs. Isso porque o maior corte foi anunciado pela Amazon, com o desligamento de 18 mil pessoas e a Microsoft, com 10 mil demissões previstas até março.
Demissões em massa no Brasil
Por aqui, a temporada de demissões foi inaugurada pela empresa de maquininhas PagBank PagSeguro. A companhia desligou 7% da força de trabalho, o que corresponde ao desligamento de 481 funcionários. Segundo relatos de funcionários nas redes sociais, as áreas mais afetadas foram as de tecnologia e metodologia, a Agile.
O unicórnio — empresa avaliada em mais de US$ 1 bilhão — unico demitiu mais de 100 pessoas. Os cortes na startup de IDtech — especializada em soluções de identidade digital — representam cerca de 10,5% do total de funcionários da companhia. Vale lembrar que a empresa já havia realizado demissões na área de vendas e cliente em outubro do ano passado.
Além dessas, a startup de seguros Pier ingressou na lista de empresas em "reestruturação". A companhia também desligou 100 funcionários, ou seja, 39% do quadro de pessoal. As áreas mais afetadas foram tecnologia, atendimento ao cliente, marketing e recrutamento e seleção.
Por que as empresas de tecnologia estão demitindo?
Os cortes não são apenas uma coincidência — ou, muito menos, um momento passageiro. As sucessivas reduções nos quadros de pessoal acontecem por diversos motivos.
Um dos motivos é o “boom” da tecnologia nos primeiros meses de isolamento social em razão da Covid-19, que impulsionou as contratações de profissionais do setor em todo o mundo — e com maior volume nas empresas dos EUA.
Além disso, O cenário macroeconômico contribui — negativamente — com a maior percepção de risco nos investimentos em tecnologia. Soma-se a isso a incerteza de quanto a guerra na Ucrânia há de durar, além da escalada da inflação global após a pandemia.
E, nesse contexto, as grandes corporações precisaram reorganizar seus negócios, ainda que bastante sólidos, de modo a compensar a queda de receita nos últimos meses.
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Fim da concessão de telefonia fixa da Vivo; relembre os tempos do “alô” no fio
Ao encerrar o regime de concessão, a operadora Vivo deixará de ser concessionária pública de telefonia fixa
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações