Petróleo cai 4% pressionado pela China e arrasta petroleiras na B3 — Vale (VALE3) também não escapa
Os dados de exportações em outubro aquém do esperado aumentaram a cautela sobre a recuperação da segunda maior economia do mundo
Como em toda regra há exceção, a bolsa brasileira opera em tom positivo nesta terça-feira (7), na contramão das commodities no mercado internacional.
Os contratos mais líquidos do petróleo tipo Brent, referência para o mercado global, fecharam o dia em queda de 4,19%, com o barril cotado a US$ 81,61. Já os futuros do WTI caíram 4,26%, a US$ 77,37 o barril.
Mas não é só o petróleo que enfrenta perdas hoje. O minério de ferro encerrou as negociações do dia em baixa de 0,48%, com a tonelada cotada a US$ 127,01.
O motivo para a queda, porém, não é novidade no mercado: a atividade econômica da China.
Em frustração às expectativas, as exportações do gigante asiático caíram 6,4% em outubro na base anual — o que resultou no superávit comercial de US$ 56,5 bilhões, quase US$ 20 bilhões abaixo do esperado.
“A redução no superávit da balança comercial sinaliza uma deterioração na demanda dos principais destinos de exportação da China, o que representa um obstáculo adicional para a economia chinesa”, disse Matheus Spiess, analista da Empiricus.
Além disso, o fortalecimento do dólar ante moedas globais e ainda temores sobre a demanda do petróleo no mundo fazem o contrabalanceamento à possível valorização do petróleo com o conflito Israel-Hamas em foco.
Petrobras e Vale sentem o baque
Como de praxe, uma piora no desempenho das commodities, as ações das companhias listadas na bolsa são penalizadas.
Nesta terça-feira (7), os papéis ordinários da Petrobras (PETR3), que dão direito ao voto, operam entre as maiores quedas do pregão. Por volta das 16h30 (horário de Brasília), as ações caíam 2,10%, a R$ 37,69.
Já as preferenciais da estatal (PETR4) registravam queda de 1,77%, a R$ 34,88, na B3.
No setor de commodities metálicas, Vale (VALE3) recuava próximo a 2%, com o papel cotado pouco acima de R$ 70.
Prio (PRIO3): relatório mensal também entra na conta
Além do forte recuo do petróleo, a Prio (PRIO3) tem mais um motivo para o tom negativo das negociações de hoje.
Os investidores da companhia repercutem nesta terça-feira, a queda de 2,64% na produção de petróleo na comparação trimestral.
Segundo a prévia operacional, divulgada no dia anterior, a petroleira júnior atingiu 100.004 barris por dia em outubro, contra 102.718 em setembro.
Por volta de 16h30 (horário de Brasília), as ações PRIO3 operavam em queda de 1,58%, cotadas a R$ 47,25.
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