Nem Petrobras nem Vale: Fator escala fundo com small caps e ações de segunda linha e vê ciclo longo de alta da bolsa; veja a seleção
Ações do agronegócio e do setor imobiliário estão entre as apostas do Fator em fundo que permite exposição de mais de 100% em bolsa
A alta recente da bolsa deve ser apenas o início de um longo ciclo positivo para as ações brasileiras. Mas, para além das escolhas mais óbvias como Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) ou os grandes bancos, quem mais deve se beneficiar desse movimento são justamente as companhias que mais sofreram nos piores momentos do mercado.
A visão é de Fernando Tendolini, responsável pela área de renda variável da Fator Administração de Recursos. De olho nesse cenário, o gestor decidiu escalar um time no ataque para o novo fundo de ações da casa.
O Fator Momento Long Biased é uma das primeiras iniciativas da equipe de Tendolini, que está de volta à gestora de recursos ligada ao Banco Fator. Junto com ele retornaram ao time nomes como Isabel Lemos e Lika Takahashi.
“Queremos ter um instrumento para o investidor se aproveitar de forma bem livre e com dinamismo do atual momento na bolsa”, me disse Tendolini, ao destacar a escolha do nome do fundo.
A estratégia long biased permite que o fundo fique mais de 100% comprado nas ações da carteira dependendo da convicção. A exposição atual está na casa dos 140%, um sinal da confiança do gestor no cenário para a bolsa.
A expectativa positiva vem principalmente da queda iminente da taxa básica de juros (Selic). O juro menor deve levar a uma queda nas despesas financeiras das companhias e, por consequência, um aumento nos resultados.
Leia Também
Além disso, a queda da Selic deve trazer de volta o fluxo de investimentos para a bolsa. A entrada de dinheiro novo contribui para uma melhora na avaliação das empresas listadas na B3 de modo geral, de acordo com Tendolini.
Três tendências na B3
Além da liberdade de exposição, a Fator escalou o novo fundo com ações fora do time das “blue chips”. Ou seja, as empresas com maior liquidez da B3, como Vale e Petrobras, ficam de fora da seleção.
Isso significa que o desempenho da carteira provavelmente terá pouca correlação com o Ibovespa. O foco inclusive são as small caps — como são conhecidas as ações com menor capitalização da bolsa — ou empresas com valor de mercado de até R$ 25 bilhões.
Por isso mesmo, o benchmark do fundo não é o principal índice de ações da bolsa. O indicador de referência é o IMA-B (índice de títulos públicos corrigidos pela inflação) mais a variação do IPCA. "Vamos cobrar taxa de performance sobre retorno absoluto", ressalta o gestor.
Pela mesma razão, o fundo é voltado apenas a investidores qualificados — com patrimônio de pelo menos R$ 1 milhão.
Dentro desse universo de cobertura, o gestor avalia que três grandes temas serão os grandes vencedores do rali que se desenha para a bolsa:
- Aumento da renda do consumidor
- Avanço do Minha Casa Minha Vida
- Ações descontadas
As ações na carteira da Fator
E como isso se traduz em nomes na B3? Aproximadamente 20% da carteira do fundo está em ações ligadas ao setor imobiliário, segundo Tendolini.
Entre as incorporadoras que operam o Minha Casa Minha Vida, a Fator tem posições em MRV (MRVE3) e Direcional (DIRR3). Da baixa para alta renda, o fundo também aposta no avanço dos resultados dos shoppings da Iguatemi (IGTI11).
Outra grande posição da gestora está no agronegócio, em ações como as da small cap Kepler Weber (KEPL3), que produz equipamentos para armazenagem de grãos. A produtora de açúcar e álcool Jalles Machado (JALL3) também faz parte do "bloco agro" da carteira.
A aposta no aumento da renda da população se dá em uma série de nomes ligados ao setor de consumo, que ainda sofrem com o cenário de juros altos.
Entre eles, o gestor da Fator destaca o brechó online Enjoei (ENJU3), o atacarejo Assaí (ASAI3) e a rede de academias de ginástica Smart Fit (SMFT3).
Ainda fazem parte da carteira a varejista de artigos esportivos Centauro (SBFG3), a operadora de turismo CVC (CVCB3) e a Zamp (ZAMP3), que opera a rede de restaurantes Burger King no país.
Por fim, no grupo das ações que a gestora enxerga com desconto e abaixo do valor justo estão o Banco ABC (ABCB4) e a empresa de meios de pagamento Cielo (CIEL3).
Para financiar a exposição acima de 100% nessa carteira, o fundo opera com uma posição vendida principalmente em ações do setor elétrico, ainda de acordo com Tendolini.
Riscos no radar
É claro que o investimento em bolsa tem riscos, e neste momento o que mais preocupa o gestor da Fator é a situação externa.
De modo geral, as ações devem caminhar mesmo com a queda da inflação global em um ritmo mais lento e apesar da decepção com o desempenho da economia chinesa.
“O risco é o de um novo repique nos preços ou de um acirramento na situação geopolítica entre Estados Unidos e China, mas esse não é o cenário”, diz.
Sobre a economia local, Tendolini diz que não se pode ser ingênuo. Mas ele mostra otimismo diante de avanços como os das reformas da previdência e tributária e da consolidação da meta de inflação para os próximos anos. “Como as melancias na carroça, as coisas devem se ajustar no processo.”
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
