Por que os minoritários da Braskem (BRKM5) deveriam torcer contra a Petrobras na disputa pela fatia da Novonor
A Petrobras tem o direito de preferência na compra da participação da antiga Odebrecht na petroquímica, mas os minoritários podem não receber nada nesse caso
Joia da coroa do império em ruínas da Novonor (antiga Odebrecht), a Braskem (BRKM5) é uma noiva cobiçada no mercado, e não é de hoje. Mas a disputa esquentou nas últimas semanas, depois que duas propostas pela petroquímica chegaram à mesa.
A expectativa de que o controle da Braskem mude de mãos fez as ações da companhia (BRKM5) dispararem 40% na B3 desde o início de maio. Isso porque os valores tanto da oferta feita em conjunto pelo fundo americano Apollo e pela petrolífera Adnoc quanto a da Unipar superam de longe as cotações dos papéis na bolsa.
Mas a situação dos minoritários da Braskem pode ter um desfecho completamente diferente, dependendo do que fizer a Petrobras. A estatal controla a petroquímica junto com a antiga Odebrecht e tem o direito de preferência na compra da participação da sócia.
E um cenário no qual a Petrobras decida "estatizar" a Braskem pode ser o pior para os investidores da petroquímica. A seguir eu explico por quê.
VEJA TAMBÉM — AÇÕES DA B3 (B3SA3) PODEM SUBIR 30%: É HORA DE COMPRAR! VEJA OUTROS 3 PAPÉIS PARA COMPRAR AGORA
Braskem e Petrobras: vai ter tag along?
O que está em jogo para os minoritários da Braskem é o chamado tag along. Ou seja, ou seja, o direito de vender suas ações nas mesmas condições oferecidas à Novonor.
O estatuto da petroquímica garante hoje a todos os acionistas, inclusive aqueles com ações preferenciais (BRKM5), o direito ao tag along. Então, se a companhia for vendida para a Apolo/Adnoc, Unipar ou outro investidor, é certo que todos poderão negociar suas ações pelo mesmo valor pago à ex-Odebrecht.
Leia Também
Mas o documento é bem claro quando a operação se aplica à compra da participação entre Petrobras e Novonor, que possuem um acordo de acionistas na Braskem.
Não caracteriza transferência de controle a venda, cessão e/ou transferência de ações da companhia entre acionistas integrantes do bloco de controle e/ou signatários de acordos de acionistas da companhia
Estatuto da Braskem, artigo 11, parágrafo único
Existe alguma controvérsia se os investidores que possuem ações ordinárias da Braskem (BRKM3) teriam direito ao tag along. A Lei das S/A estipula o direito de os minoritários com direito a voto receberem 80% do valor pago em caso de venda do controle de uma companhia.
Mas a Petrobras pode argumentar que a compra da participação da Braskem não caracteriza uma mudança no controle, de acordo com o que diz o estatuto.
Seja como for, apenas 2,9% das ações ON da companhia estão em circulação hoje no mercado, então a grande maioria dos investidores da Braskem ficaria de fora do negócio.
Além de não receberem nada, os pequenos acionistas da Braskem ainda passariam a se tornar sócios de uma empresa controlada pelo governo — e o mercado costuma avaliar as ações de empresas estatais a múltiplos piores do que as companhias privadas.
Assim, a menos que a Petrobras decida por vontade própria estender uma eventual oferta pela participação da Novonor a todos os acionistas, o cenário ideal para os minoritários é "torcer contra" a estatal.
As propostas na mesa
A Novonor analisa atualmente duas propostas para a venda da participação na Braskem. No início de maio, a Adnoc, petroleira estatal dos Emirados Árabes Unidos, em conjunto com o fundo americano Apollo, ofereceu R$ 47 por ação. O Seu Dinheiro antecipou a proposta.
Mas esse valor envolve apenas R$ 20 por ação em dinheiro. Outros R$ 20 serão pagos com debêntures perpétuas e os R$ 7 restantes serão quitados com pagamento via warrant — um título de garantia.
Nas contas do BTG Pactual, o valor presente líquido da oferta da Adnoc/Apolo equivale a menos de R$ 30 por ação.
Sob essa estimativa, a Unipar surgiu neste fim de semana com uma proposta 22% maior pela fatia da ex-Odebrecht na Braskem.
O grupo ofereceu R$ 36,50 por ação da petroquímica, em um negócio que prevê a manutenção da ex-Odebrecht como acionista, mas com uma participação de 4%.
Nesse caso, a oferta também depende da Petrobras. Isso porque a Unipar colocou como uma das condições para que a oferta vá adiante que a Petrobras se mantenha como sócia da Braskem.
O imbróglio da venda da participação da Novonor na Braskem envolve ainda os bancos credores, que possuem ações da petroquímica em garantia de empréstimos.
A antiga Odebrecht está em recuperação judicial desde 2020.
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
