HCTR11 e outros cinco fundos imobiliários sobem com suspensão temporária da recuperação judicial da Gramado Parks
A Justiça aceitou um pedido de suspensão para que a recuperanda e sua principal credora negociem um acordo
Os problemas econômicos e a subsequente recuperação judicial de três holdings do grupo Gramado Parks (GPK) têm pesado sobre as cotas de fundos imobiliários que investem em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) da empresa desde o mês passado.
Por isso, a notícia de que o processo de RJ será temporariamente interrompido traz alívio para os FIIs nesta quinta-feira (27).
A Vara Regional Empresarial da Comarca de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, aceitou um pedido de suspensão feito pelas recuperandas e pela Forte Securitizadora (Fortesec) — principal credora do grupo e emissora dos CRIs. O objetivo é que as duas partes tenham uma janela para negociar uma autocomposição, método de resolução de conflitos.
Segundo o Seu Dinheiro apurou, há tratativas avançadas para que os credores cheguem a um acordo com ao menos uma das empresas do grupo incluídas na RJ.
Por volta das 12h15, os seis fundos que confirmaram a exposição à empresa operavam em alta. Confira abaixo o desempenho do Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11), Hectare CE (HCTR11), Tordesilhas EI (TORD11), Versalhes RI (VSLH11), Banestes RI (BCRI11) e Kilima Volkano (KIVO11):
- BCRI11: +0,20%
- DEVA11: +2,48%
- HCTR11: +2,16%
- KIVO11: +0,02%
- TORD11: +1,75%
- VSLH11: +2,50%
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Suspensão da RJ é temporária e termina na próxima semana
Vale reforçar, porém, que a suspensão é temporária e termina na próxima terça-feira (02). Depois, o processo deve voltar a correr normalmente e inclui a suspensão do pagamento a credores.
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Títulos como os CRIs da Gramado Parks possuem garantias, como quotas de empresas e imóveis, que podem ser acionadas em momentos como este.
Mas a recuperação judicial também impede a securitizadora de executar essas garantias por enquanto. A Fortesec e outros credores têm um prazo de 30 dias para apresentarem suas habilitações de crédito à administradora judicial do processo.
A Gramado Parks, por outro lado, deve entregar um plano de recuperação em até 60 dias. Os credores terão outros 30 dias para manifestarem objeções a respeito da proposta da companhia.
A mediação aceita pela Justiça pode facilitar a construção do plano de recuperação, mas, de acordo com o despacho, “não poderá abranger a natureza jurídica e a classificação dos créditos”.
A decisão da Vara Regional Empresarial da Comarca de Caxias do Sul prevê ainda que credores e empresa apresentem ao administrador judicial e Ministério Público a minuta de qualquer acordo realizado durante a suspensão do processo. Eventuais propostas só poderão ser homologadas após essa análise.
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Fundos imobiliários estão ligados a securitizadora e devedores
É importante destacar que alguns dos credores e fundos imobiliários que sofrem com a recuperação judicial da Gramado Parks estão indiretamente ligados à companhia.
As gestoras dos FIIs DEVA11, HCTR11, TORD11 e VSLH11 — Devant Asset, Hectare e RCAP Asset — fazem parte da holding RTSC, que investe em diversas empresas do mercado financeiro.
O grupo também é controlador indireto da Fortesec, emissora de parte dos títulos de dívida do grupo GPK. Além disso, a RCAP Asset é responsável pela gestão do FII Serra Verde (SRVD11), acionista da Gramado Parks no qual investem os fundos HCTR11 e TORD11.
Questionada a respeito, a holding RTSC informou que o posicionamento oficial sobre o tema será feito por meio da Fortesec. Já a securitizadora destacou, em nota, que a recuperação judicial afeta apenas um dos CRIs emitidos pela empresa: o Brasil Parques, com montante atual de R$ 266 milhões.
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