CVM pede provas à Justiça para abrir investigação contra Suno por suposta manipulação no mercado de fundos imobiliários; entenda o caso
Os escritórios da Suno já foram alvo de uma operação de busca e apreensão no mês passado, mas a CVM também pretende entrar na investigação

A investigação de uma suposta manipulação do mercado de fundos imobiliários por parte de influencers ligados ao Grupo Suno deve chegar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A autarquia pediu que a Justiça paulista compartilhe provas obtidas em um processo que corre na 42ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, de acordo com um documento obtido pelo Seu Dinheiro.
O objetivo da solicitação é dar suporte a um inquérito administrativo que a xerife do mercado de capitais pretende instaurar para investigar o tema.
Vale relembrar que, em 14 de fevereiro, os escritórios da Suno — que pratica atividades de research, consultoria e gestão de ativos e patrimônio — foram alvo de uma operação de busca e apreensão.
A Suno confirmou a operação, mas reforçou estar “100% segura de sua atuação." “Estamos tranquilos e certos de nossa inocência e da idoneidade de todos os nossos analistas e profissionais. Confiamos na atuação da Justiça e que a investigação será concluída com brevidade”, declarou o grupo na época.
A investigação também abrangeu diretores e analistas da Suno com grande influência na indústria de FIIs.
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Fundo imobiliário HCTR11 está no centro da investigação sobre a Suno
O fundo imobiliário que está no centro do caso é o Hectare CE (HCTR11), cuja cotação na B3 caiu aproximadamente 5% após publicações de Vitor Duarte, CIO da gestora, e Marcos Baroni, analista da casa — e alvos individuais da operação — segundo informações do colunista Lauro Jardim, d’O Globo.
Sem citar nomes, a Hectare, gestora do FII confirmou, em comunicado enviado ao mercado no mês passado, que, “após longa e criteriosa apuração”, identificou indícios da existência de uma “campanha ilicitamente promovida nas redes sociais, aplicativos de mensagens e outros meios contra o HCTR11”.
Segundo a gestora, publicações de determinados influenciadores digitais traziam “insinuações inverídicas e enganosas, carregadas de alarmismo a respeito do fundo” com o objetivo de afugentar os investidores.
“Tais publicações impactaram indevida e consideravelmente o volume de negociação, a amplitude de variação de preço do ativo e, consequentemente, o valor de mercado das cotas do fundo, em prejuízo de toda sua base de cotistas”, acrescentou a Hectare.
Vale ressaltar que o fundo está em queda nos últimos dias, mas por outro fator: a inadimplência de um Certificado de Recebível Imobiliário (CRI) presente em seu portfólio e de dois outros FIIs.
O que a CVM pediu à Justiça
No pedido de compartilhamento de provas ao qual o Seu Dinheiro teve acesso, a CVM informa que está para instaurar um inquérito administrativo para apurar o caso.
O pedido foi feito pela Superintendência de Processos Sancionadores, com base em um processo anterior que tramitou na autarquia. O número informado no pedido à Justiça, contudo, não foi localizado após uma consulta ao site da CVM. "Com o intuito de angariar elementos de prova, para aparelhar o inquérito administrativo a ser instaurado, e assim poder elucidar o fato em questão, a CVM vem solicitar o compartilhamento das provas”, diz o ofício assinado por Leonardo Montanholi dos Santos, subprocurador-chefe da Procuradoria Federal Especializada do órgão.
Procurada pelo Seu Dinheiro, a Hectare, gestora do HCTR11 afirmou que "vem tomando as medidas cabíveis para proteger os interesses da base de cotistas do fundo, assumindo todo e qualquer custo relacionado a essas medidas, na instância criminal, cível e regulatória".
A CVM informou que "não comenta casos específicos". Já a Suno afirma “estar à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários às autoridades competentes”.
“A empresa esclarece que seus analistas sempre trabalharam de forma independente dentro de sua função de ajudar o investidor a tomar as melhores decisões”, diz a nota enviada ao Seu Dinheiro.
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