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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL

De ‘maior lucro da história’ a prejuízos bilionários: Americanas (AMER3) republica balanços de 2021 e 2022 e reconhece fraude de R$ 25,2 bilhões; veja os números

Para surpresa de ninguém, a revisão dos balanços fraudados levou a Americanas a reconhecer prejuízos de bilhões — muitos bilhões

Ricardo Gozzi
16 de novembro de 2023
7:45 - atualizado às 8:51
Lemann e Americanas
Imagem: Montagem seu Dinheiro com fotos da Agência Brasil e Estadão Conteúdo

A Americanas (AMER3) finalmente republicou seu balanço de 2021 e divulgou os números consolidados de 2022.

Para surpresa de ninguém, a revisão dos balanços fraudados levou a Americanas a reconhecer prejuízos de bilhões. Muitos bilhões.

Em relação a 2021, o “maior lucro da história” da Americanas converteu-se em um prejuízo líquido de R$ 6,237 bilhões.

E o prejuízo da varejista mais do que dobrou em 2022. A Americanas fechou o ano passado com R$ 12,912 bilhões no vermelho.

Já a fraude contábil foi estimada em R$ 25,2 bilhões, muito próximo do rombo calculado quando a Americanas admitiu que o episódio ia muito além de "inconsistências contábeis".

Desse modo, a varejista encerrou o ano passado com um patrimônio líquido negativo de R$ 26,7 bilhões.

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Outras linhas do balanço da Americanas

A fraude revelada no início de 2023 proporciona um retrato muito diferente daquele vendido pela Americanas até menos de um ano atrás.

O Ebitda recorrente de 2021 passou para R$ 1,78 bilhão negativo, seguido por mais um resultado bem vermelho em 2022 (R$ 2,927 bilhões).

A dívida líquida encerrou 2022 em R$ 26,287 bilhões, uma alta de 88,5% em relação ao que era reconhecido pela varejista em 2021.

Já a dívida bruta de curto prazo aumentou 35,4% entre 2021 e 2022, atingindo R$ 37,3 bilhões.

De acordo com a empresa, "houve a necessidade de reclassificação de todas as dívidas de longo prazo para curto prazo, em decorrência dos efeitos dos demais ajustes, passando, mesmo as mais longas, a serem exigíveis em curto prazo".

Ao mesmo tempo, a receita líquida alcançou R$ 25,8 bilhões em 2022, 14,6% acima daquela registrada no ano anterior.

A varejista encerrou 2022 com R$ 31,3 bilhões em ativos, uma queda de 16,6% na comparação com 2021.

O capital de giro da Americanas, por sua vez, caiu de R$ 3,7 bilhões em 2021 para R$ 2,5 bilhões no ano passado.

Enquanto isso, a empresa encerrou 2022 com R$ 6,073 bilhões em caixa, uma queda de 11,4% em relação ao ano anterior.

Vítima de fraude?

Ao republicar o balanço de 2021 e divulgar os números finais de 2022, a Americanas voltou a declarar-se "vítima de uma fraude sofisticada".

De acordo com o comunicado que acompanhou os números, a varejista afirma que o maior impacto sobre seu lucro bruto derivou "dos ajustes contábeis necessários para o desfazimento dos contratos fictícios de VPC", como são chamadas as verbas de propaganda cooperada.

Segundo a empresa, os lançamentos fraudulentos "reduziam o custo de mercadoria vendida (CMV) e, por consequência, aumentavam o lucro bruto".

O impacto total do ajuste no CMV alcançou R$ 2,7 bilhões. Isso levou a um ajuste da margem bruta de 29,8% para 17,3% da receita líquida.

A empresa informou ainda que não revisará resultados anteriores a 2021, embora acredite-se que os lançamentos fraudulentos ocorressem pelo menos há uma década.

Divulgados os números auditados de 2021 e 2022, a expectativa passa a ser agora a formalização do acordo entre a Americanas e seus credores no âmbito da recuperação judicial da varejista.

De acordo com os documentos divulgados hoje, a direção da companhia acredita que voltará ao azul em 2025, depois da recuperação judicial e da reestruturação.

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