🔴 SELECIONAMOS AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DO BTG PACTUAL PARA VOCÊ – ACESSE GRATUITAMENTE

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Também tem risco!

Melhor momento para investir em renda fixa ainda está por vir – mas convém evitar emissores desses setores

Ulisses Nehmi, da Sparta, e Marcelo Urbano, da Augme, gestoras especializadas em crédito privado, falam das perspectivas para a renda fixa e os setores mais promissores ou arriscados

bloquinhos com o símbolo de porecentagem, indicando elevação da taxa Selic e dos Juros; renda fixa | Selic
Quando os juros estão subindo, surgem boas oportunidades na renda fixa, mas qualidade do crédito também pode piorar. Imagem: Shuterstock

A alta global de juros na tentativa de debelar a inflação generalizada tem aberto muitas oportunidades na renda fixa, mas o melhor momento para investir nesta classe de ativos ainda está por vir, explicam gestores de fundos especializados em crédito privado, aqueles títulos de dívida emitidos por empresas (debêntures) ou securitizadoras.

No painel sobre renda fixa da Semana da Previdência da Vitreo, Ulisses Nehmi, da Sparta, e Marcelo Urbano, da Augme, disseram esperar que o ciclo de aperto monetário no Brasil esteja perto do fim e que, aí sim, será "gostoso" para os gestores de renda fixa, fazer as alocações, para usar um termo dito por Nehmi.

Assista à íntegra da transmissão a seguir:

https://www.youtube.com/watch?v=fm4mJeMZw4A

Eles explicam que, embora durante o ciclo de alta dos juros surjam boas oportunidades, este é tipicamente um momento em que a política monetária está segurando a economia, a qualidade do crédito está piorando e há um pessimismo no mercado.

Mas quando os juros já estão altos e com perspectivas de cair (ou já em queda, o que tende a valorizar os títulos de crédito privado), aí sim as condições se tornam ideais para alocações em títulos de dívida, inclusive com uma melhora na qualidade de crédito das empresas emissoras. Ou seja, a renda fixa ainda vai se manter atrativa por um bom tempo.

A perspectiva dos gestores para essa classe de ativos, portanto, é positiva. "Estamos num período bastante propício para a renda fixa, temos oportunidade de investir com a Selic bastante alta", observa Nehmi. "Estamos com uma Selic bem acima da inflação, portanto com um bom juro real, que é o retorno acima da inflação", completa.

Leia Também

Alguns setores estão mais arriscados que outros

No entanto, o cenário ainda está bem volátil para os ativos de renda fixa privada, cujos preços flutuam com as oscilações dos juros futuros, que por sua vez chacoalham diante das incertezas em relação a inflação e crescimento no Brasil e no mundo.

Além disso, como dito acima, o risco de crédito de alguns emissores está deteriorado, frente às atuais condições econômicas, então não é qualquer título de dívida que se mostra um bom investimento.

"Quando o juro sobe, a gente tem que lembrar que há impacto para os emissores. Alguns setores podem ser mais prejudicados, e outros ficam mais protegidos", diz o gestor da Sparta.

Tanto Nehmi quanto Urbano frisam que, ao se analisar um título de dívida, é preciso olhar caso a caso para saber se o emissor é ou não um bom pagador, mas que, de maneira geral, empresas e empreendimentos de setores mais suscetíveis à alta de juros e à inflação elevada, como varejo e incorporação imobiliária, estão mais arriscados.

Urbano acrescenta ainda as companhias muito expostas a risco de commodities, isto é, ligadas ao mercado de commodities de alguma maneira. "Não daria funding longo para essas companhias, pois o mercado pode começar a precificar demais um cenário de retração global", explica.

Já o setor de infraestrutura, destacam, fica mais protegido em cenários de juros e inflação elevados, pois as empresas emissoras conseguem repassar a inflação nos preços, e sua dívida também é atrelada à inflação.

E as eleições?

Perguntados sobre as perspectivas para a renda fixa privada diante das eleições presidenciais, tanto Nehmi quanto Urbano acreditam que o cenário independe de quem ganhar, a menos que haja alguma ruptura institucional significativa, risco atualmente considerado baixo.

Eles destacam que ambos os principais candidatos - o ex-presidente Lula e o atual presidente Jair Bolsonaro - já têm "estilos" conhecidos do mercado. "O tema eleição, apesar de trazer volatilidade, não é o mais relevante, nem para o mercado, nem para crédito. O que vai acontecer no exterior pesa mais para as perspectivas de inflação e juros", diz Nehmi.

Essa é também a visão do gestor da Augme. "O Brasil está inserido no contexto global e tem várias incertezas lá fora que não são desprezíveis", diz Urbano. "Eu acho que a inflação no Brasil vai ser controlada, mas o descontrole fiscal do país e a possibilidade de recessão preocupam", completa.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
Para não ficar mais pobre

7 investimentos para proteger o seu dinheiro contra a escalada da inflação

11 de março de 2022 - 7:05

A perspectiva de uma inflação elevada mais persistente traz os investimentos atrelados a índices de preços de volta ao radar; veja onde investir para não deixar seu patrimônio ser corroído

O MELHOR DA SEMANA

Ronaldo Fenômeno ficou maluco? Saiba como funciona a SAF, que permitiu ao craque pagar R$ 400 milhões pelo Cruzeiro

29 de janeiro de 2022 - 9:50

Conheça também os principais candidatos a Sociedade Anônima de Futebol e para que tipo de clube ela pode ser mais interessante

Os campeões do ano

Bitcoin foi ativo mais rentável do ano e o único que conseguiu superar a inflação; veja a lista completa dos melhores investimentos de 2021

30 de dezembro de 2021 - 15:27

Criptomoeda foi seguida pelo dólar e pelas debêntures; veja o ranking completo dos investimentos que tiveram retorno positivo no ano

Retorno apetitoso

Quer ganhar quase 6% ao ano mais inflação todo mês sem IR? Este fundo de renda fixa agora oferece isso para qualquer investidor

20 de novembro de 2021 - 7:00

A partir desta semana, o Kinea Infra (KDIF11) deixou de ser restrito a investidores qualificados e abriu para todos os investidores. E sua rentabilidade está bem atraente.

REFORÇANDO O CAIXA

Depois de anunciar emissão de debêntures, 3R Petroleum lança oferta de ações. Entenda o que a empresa pretende fazer com quase R$ 4 bilhões a mais em seu caixa

25 de outubro de 2021 - 6:32

Empresa de óleo e gás fará ofertas primária e secundária; a previsão é de que o processo de prospecção de investidores interessados se encerre em 4 de novembro

'Bolsa' de ativos digitais

Te cuida, B3? Vórtx e QR Capital vão criar exchange de valores mobiliários digitais em blockchain com a bênção da CVM

1 de outubro de 2021 - 17:29

Nova “bolsa” permitirá a negociação de ativos tradicionais, como debêntures e cotas de fundos, na forma de tokens, versões digitalizadas desses ativos

em busca de recursos

Energisa (ENGI11) quer levantar R$ 1,3 bilhão em debêntures; veja condições

30 de setembro de 2021 - 15:32

Recursos captados na emissão da primeira e segunda séries serão destinados ao financiamento futuro dos projetos de investimento em infraestrutura de distribuição e transmissão de energia elétrica

Dívida

Em momento de baixa das ações, Magazine Luiza (MGLU3) irá emitir R$ 2 bilhões em debêntures

29 de setembro de 2021 - 12:36

Magalu optou pela emissão de dívida para se financiar, em momento em que ações de varejistas derrapam na bolsa

Rende mais que o Tesouro Direto

Fundo de renda fixa libera acesso a investidores em geral e passa a pagar dividendos isentos de IR todo mês

21 de setembro de 2021 - 17:07

Com retorno corrigido pela inflação e superior ao dos títulos públicos, fundo de debêntures incentivadas Kinea Infra (KDIF11) não será mais restrito a investidores qualificados e passará a distribuir dividendos mensais

EM 3 SÉRIES

Via anuncia emissão de R$ 1 bi em debêntures

12 de setembro de 2021 - 12:19

Objetivo da varejista é alongar o perfil da dívida e reforçar o caixa

Levantando verba

Comgás, da Cosan (CSAN3), aprova emissão bilionária de debêntures; veja detalhes

30 de agosto de 2021 - 19:56

Os recursos captados vão para a ampliação dos serviços locais de distribuição de gás canalizado, a construção de novas redes de distribuição de gás natural e mais

Em busca de financiamento

De olho em emissão de debêntures, Tigre pede registro de companhia aberta na CVM; saiba mais sobre os planos da empresa

24 de agosto de 2021 - 20:08

A empresa já foi listada na B3 no passado, mas não pretende voltar a emitir ações para financiar seu crescimento

Operações no radar

Copasa (SMG3) e Eletrosul, da Eletrobras (ELET6), anunciam emissão de debêntures; veja os detalhes aqui

19 de agosto de 2021 - 20:14

As duas companhias informaram, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), operações que totalizarão R$ 1,15 bilhão em títulos de dívida

em busca de recursos

EspaçoLaser aprova em conselho 1ª emissão de debêntures no valor de R$ 250 milhões

8 de julho de 2021 - 21:18

Serão até duas séries, com prazo de três anos para a primeira e cinco anos para a segunda, ofertadas com esforços restritos de colocação

Recorde

Ofertas de ações e títulos de renda fixa têm melhor 1º semestre da série histórica, com captação de R$ 253 bilhões

8 de julho de 2021 - 14:58

Volume captado em IPOs e follow-ons de ações também bateu recorde para o período analisado, chegando ao valor de R$ 68 bilhões

Especial SD

Onde investir no 2º semestre: renda fixa fica mais atrativa e ainda protege da inflação

5 de julho de 2021 - 5:30

Com o novo ciclo de alta da Selic, mas inflação ainda pressionada, investidor encontra oportunidades em investimentos pós-fixados e atrelados a índices de preços; veja quais são os melhores investimentos de renda fixa para o segundo semestre

Marfrig fará emissão de R$ 1,2 bilhão em debêntures em até duas séries

28 de junho de 2021 - 19:24

Com vencimento em 7 anos, contados da data de emissão, os títulos da primeira série devem pagar a taxa interna de retorno do Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B), com vencimento em 2028, acrescida de sobretaxa (spread) de 0,85% ao ano

Debênture de infraestrutura

Nova debênture de infraestrutura deve ser votada em julho pela Câmara

28 de junho de 2021 - 12:30

Jardim pretende apresentar o relatório entre o fim desta semana e o começo da próxima. Até lá, a proposta deve ser discutida com bancadas e com o governo numa nova rodada de conversas

Surfando a onda

Bancos Inter e ABC Brasil fazem parceria para aproveitar bom momento do mercado de capitais

20 de maio de 2021 - 8:39

Instituições vão atuar conjuntamente em produtos voltados para investidores, especialmente com emissão de títulos e fundos

TIM Brasil poderá emitir até R$ 5,7 bilhões em debêntures incentivadas

23 de abril de 2021 - 13:55

O projeto da operadora para melhorias nas redes fixas e móveis de 21 unidades da federação entrou na lista de autorizações do Ministério das Comunicações

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar