Fugindo de Putin: cidadãos pagam 10 mil euros para escapar do líder russo — entenda o que está acontecendo
Após perder territórios na Ucrânia, Putin convocou ontem cerca de 300 mil reservistas para participar da guerra na Ucrânia. A ideia inicial é mobilizar apenas aqueles com experiência relevante em combate.

O anúncio de uma mobilização militar parcial feita na quarta-feira (21) pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, provocou uma verdadeira corrida dos russos para deixar o país, temendo as consequências da escalada da guerra na Ucrânia.
Os voos lotaram rapidamente e os preços das passagens dispararam, aparentemente motivados por temores de que as fronteiras sejam fechadas em breve ou que Putin amplie a convocação, enviando muitos russos em idade de combate às linhas de frente do conflito. Veja um vídeo que mostra como está a situação nas estradas e aeroportos do país em nossa página do Instagram (e aproveite para nos seguir por lá para ficar por dentro dos nossos melhores conteúdos apurados por nossos repórteres especiais, basta clicar aqui).
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Após perder territórios na Ucrânia, Putin chamou ontem cerca de 300 mil reservistas para participar da guerra. A ideia inicial é mobilizar apenas aqueles com experiência militar relevante — estudantes e recrutas não foram convocados neste primeiro momento, de acordo com o ministro da Defesa do país, Sergei Shoigu.
O preço de escapar de Putin
A Rússia viu um êxodo acentuado de cidadãos desde que Putin ordenou que suas tropas invadissem a Ucrânia, há quase sete meses.
Não há dados concretos sobre o número de russos que deixaram o país por conta da guerra na Ucrânia, mas especialistas e cientistas políticos já falavam em 200 mil em março, apenas um mês após o começo da invasão.
Acredita-se que esse número tenha disparado agora porque ela da mobilização parcial dos reservistas e do temor do fechamento das fronteiras, Putin também emitiu ontem uma ameaça nuclear velada aos inimigos da Rússia no Ocidente.
Relatos de pânico se espalhando entre os russos logo inundaram as redes sociais. Grupos antiguerra disseram que as passagens aéreas limitadas da Rússia atingiram preços absurdos devido à alta demanda.
Os bilhetes para os voos Moscou-Belgrado operados pela Air Serbia — a única transportadora europeia além da Turkish Airlines a manter voos para a Rússia, apesar do embargo de voos da União Europeia — esgotaram rapidamente.
O preço dos voos de Moscou para Istambul ou Dubai subiu em poucos minutos antes, chegando a quase 10 mil euros (R$ 47 mil) para uma tarifa só de ida em classe econômica.
Algumas rotas com escalas, incluindo as de Moscou a Tbilisi, capital da Geórgia, também estavam esgotadas.
- Leia também: Putin responde à pressão da Ucrânia e China reage — veja até onde a Rússia pode ir após mobilização militar parcial
"Essa é uma demanda de pânico das pessoas, que têm medo de não conseguir deixar o país depois", disse uma fonte do setor de turismo russo à Reuters.
Apesar dessa corrida por passagens, a Aeroflot — companhia aérea de bandeira do país — disse que não está limitando a venda de passagens.
Há relatos também de que o site da empresa ferroviária estatal russa chegou a entrar em colapso ontem porque muitas pessoas estavam procurando alternativas para sair da Rússia.
Enquanto isso…
Enquanto os russos correm para tentar escapar da convocação de Putin, mais de 1.300 pessoas foram presas no país após o anúncio da mobilização militar parcial, de acordo com o grupo de monitoramento OVD-Info — uma organização não-governamental que visa reportar situações de perseguição política na Rússia.
De acordo com a lei russa, a polícia tem o poder de deter pessoas que acredita estarem fugindo da mobilização.
A lei prevê longas penas de prisão e multas pesadas para aqueles que recusam a convocação sem motivos legais que o impeçam.
Um manifestante em Moscou, por exemplo, vai enfrentar uma sentença de dez anos de prisão por se recusar a receber uma ordem de alistamento.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, não negou os relatos, dizendo apenas: "Isso não é contra a lei".
*Com informações da AP, da Reuters e da CNBC
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