🔴 MARATONA ONDE INVESTIR 2º SEMESTRE: ASSISTA TODOS OS PAINÉIS DO EVENTO – CLIQUE PARA LIBERAR

Larissa Vitória

Larissa Vitória

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

E AGORA, POWELL?

Fed coloca juro no maior nível desde a crise de 2008; Wall Street tem virada positiva após quarta alta de 0,75 pp, mas volta a cair com discurso de Powell

A reunião de hoje do banco central norte-americano não era sobre o aumento do juro em si, mas sim sobre as indicações do que esperar em dezembro e depois disso

Larissa Vitória
2 de novembro de 2022
15:03 - atualizado às 14:25
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, guiando os mercados

A decisão do Federal Reserve (Fed) desta quarta-feira (02) não é uma surpresa em si. O mercado já havia precificado a alta de 0,75 ponto percentual (pp) da taxa básica, que agora está na faixa entre 3,75% e 4,00% ao ano — ainda assim, a reação inicial das bolsas em Nova York foi positiva.

O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq, que operavam em queda antes da decisão, mudaram para o campo positivo logo que o quarto aumento seguido de 0,75 pp foi anunciado, com altas variando entre 0,5% e 0,97%. O otimismo, porém, transformou-se em uma nova virada, mas dessa vez negativa, após o início da coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed.

A reunião de hoje do banco central norte-americano não era sobre o aumento do juro em si, mas sim sobre as indicações do que esperar em dezembro e depois disso.

Historicamente, o Fed deixa para dezembro as decisões mais complexas. A ideia é que o mercado absorva as grandes mudanças para iniciar outro ano com a política monetária em novos trilhos. 

Em dezembro do ano passado, por exemplo, o banco central dos EUA iniciou os planos para reduzir os US$ 8,3 trilhões em Treasuries e títulos lastreados em hipotecas — a maioria adquirida durante a pandemia de covid-19, para injetar liquidez nos mercados financeiros. 

Dessa vez, os investidores queriam sinais sobre os rumos da política monetária agressiva do Fed, adotada para combater uma taxa de inflação que alcançou o maior nível em mais de 40 anos nos EUA.

Leia Também

Com a palavra, Jerome Powell

Se a reunião de hoje não era sobre o aumento da taxa de juro em si, apenas Jerome Powell, presidente do Fed, poderia dar o que os investidores desejavam: pistas sobre o futuro da política monetária. 

Na coletiva após a decisão, o chefão do banco central norte-americano voltou a repetir a velha ladainha do Fed: qualquer ação será guiada por dados e telegrafada com antecedência e clareza para evitar turbulências no mercado. 

Ele também repetiu que o objetivo principal do banco central dos EUA é trazer a inflação de volta para a meta de 2% porque sem uma inflação nos trilhos não é possível garantir um crescimento econômico sustentado, que beneficie a todos os norte-americanos. 

Neste sentido, Powell manteve a porta aberta para novos aumentos da taxa de juro: "Em algum momento será apropriado desacelerar o ritmo dos aumentos, mas ainda temos um caminho a percorrer com as taxas."

O presidente do Fed também contou que o momento para reduzir o ritmo de aperto no juro pode acontecer no encontro marcado para o próximo mês.

"É muito prematuro pensar em pausar a alta de juros, mas em dezembro faremos uma nova avaliação". A fala reforça as expectativas do mercado de que o próximo aperto nas taxas seja menor, de 0,50 pp.

Já sobre o fim do ciclo do aperto monetário, Powell reforçou que o Fed precisa ter garantias de que a inflação deu uma trégua — e isso só poderá ser mostrado por sucessivos dados de desaceleração inflacionária.

O comunicado do Fed

No comunicado do Fed que trouxe a decisão, que foi unânime, o comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) reafirmou o forte compromisso em devolver a inflação para a meta de 2%.

Segundo o Fomc, a inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões mais amplas sobre os preços.

O documento continuou atribuindo à guerra entre Rússia e Ucrânia uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e de queda sobre a atividade econômica global.

A visão sobre o mercado de trabalho, porém, é mais positiva. "Os ganhos de vagas têm sido robustos nos últimos meses, e a taxa de desemprego permaneceu baixa", destaca o comunicado.

O Fed vai parar de subir o juro?

Para Philip Marey, estrategista sênior do Rabobank para os EUA, os dados recentes confirmam a persistência da inflação nos EUA, forçando o Fed a priorizar a estabilidade de preços e não o pleno emprego. 

“Espero um aumento de 0,50 pp em dezembro e outros dois de 0,25 pp em fevereiro e março de 2023, colocando a taxa de juro nos 5%, e que o Fed se mantenha nesse patamar ao longo do próximo ano”, afirma Marey. 

Após a alta de 0,75 pp de hoje, o Citi também espera que o ritmo de aumento diminua para 0,50 pp em dezembro — mas que a “redução” seja combinada com uma retórica favorável ao aperto monetário, enfatizando que o juro pode subir e depois ser sustentado nesse nível.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
“ATINGIDOS COMO NUNCA”?

Agência vai na contramão de Trump e afirma que Irã pode voltar a enriquecer urânio nos próximos meses; confira a resposta de Teerã

29 de junho de 2025 - 20:00

Em meio a pronunciamentos dos governos iraniano e norte-americano neste fim de semana, o presidente francês, Emmanuel Macron, cobrou retorno do Irã à mesa de negociações

ALÍVIO FISCAL

G7 blinda empresas dos EUA de impostos mínimos globais após pressão de Trump

29 de junho de 2025 - 16:12

O acordo para a tributação das companhias norte-americanas foi firmado em meio a uma decisão do governo Trump no megaprojeto de gastos

VOTAÇÃO ACIRRADA

Trump tem vitória no Senado com avanço de megaprojeto de gastos, e Elon Musk solta o verbo: “Completamente insano”

29 de junho de 2025 - 13:21

Apesar da vitória, a votação não foi fácil. O projeto vem sendo criticado pela oposição e também por aliados, incluindo o CEO da Tesla

UM SUBSTITUTO PARA POWELL

Recebendo currículos, Trump diz o que o candidato precisa ter para ser escolhido presidente do Fed

27 de junho de 2025 - 19:44

O mandato do atual chefe do banco central norte-americana acaba em maio do ano que vem e o republicano já está em busca de nomes para a sucessão

O FED ESTÁ DE OLHO

Será que deu ruim? Titãs de Wall Street passam por teste de estresse; confira se algum dos grandes bancos EUA foi reprovado

27 de junho de 2025 - 19:18

A avaliação considerou uma recessão global severa, com desemprego em 10% e queda acumulada do Produto Interno Bruto (PIB) real de 7,8%

BANDEIRA BRANCA

A guerra dos EUA com a China acabou? O sinal de Trump que pode colocar fim à disputa entre as duas maiores economias do mundo

26 de junho de 2025 - 20:10

Um ponto crucial para as tarifas serem suspensas teria sido acordado nesta semana, segundo fontes da Casa Branca

PERDEU, GANHOU, PERDEU…

A guerra acabou, decreta Trump sobre Israel e Irã — mas nem ele mesmo tem certeza disso

25 de junho de 2025 - 17:15

Presidente norte-americano deu declarações conflituosas sobre o status do conflito entre os dois inimigos no Oriente Médio, que mantêm um cessar-fogo frágil

MUDOU DE IDEIA?

Trump dá aval para Powell subir juros, mas impõe uma condição para isso acontecer nos EUA

25 de junho de 2025 - 13:39

O presidente do banco central norte-americano participou do segundo dia de depoimentos semestrais no Congresso; já o republicano usou os holofotes da Otan para falar da política monetária norte-americana

QUANDO A GUERRA BATE NA PORTA

A Europa corre perigo? Otan sobe meta de gastos para 5% em mudança histórica e Trump manda recado duro para um membro

25 de junho de 2025 - 12:16

A medida mais decisiva da aliança em mais de uma década ocorre em meio à escalada de tensões no Oriente Médio e ao conflito entre Ucrânia e Rússia — mas um país europeu ainda resiste

BARRIL DE PÓLVORA

Trump falhou: peças centrais do programa nuclear do Irã seguem intactas, diz inteligência dos EUA

24 de junho de 2025 - 19:59

Enquanto a Casa Branca nega as informações, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, promete atacar novamente se Teerã retomar seu programa nuclear

MAKE PEACE GREAT AGAIN

Após cessar-fogo entre Irã e Israel, Donald Trump é indicado ao Nobel da Paz (de novo)

24 de junho de 2025 - 17:41

Mais que prestígio, a indicação ao prêmio entra no jogo político da Casa Branca — e no xadrez internacional

TRUMP ESTÁ DE OLHO

Israel e Irã podem mexer com a política de juros nos EUA? Powell responde

24 de junho de 2025 - 13:30

O presidente do Federal Reserve presta depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara e fala dos reflexos da instabilidade no Oriente Médio nas decisões do banco central norte-americano

DIA 1 NO CONGRESSO

Powell diz o que pensa na guerra pelo corte de juros após ser chamado de burro por Trump

24 de junho de 2025 - 11:57

O presidente do Federal Reserve presta depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara e fala o que vai acontecer com os juros, o que pensa sobre as tarifas e sobre a guerra entre Israel e Irã

SEM VENCEDORES (AINDA)

A guerra não acabou: Trump anuncia cessar-fogo entre Israel e Irã — mas tem o maior dos desafios pela frente

23 de junho de 2025 - 20:13

Mais cedo, Teerã respondeu à ofensiva norte-americana contra instalações nucleares com um ataque com mísseis à Base Aérea de Al Udeid, no Catar

CONDENOU OU APROVOU

Brasil na guerra: governo se posiciona sobre ataque dos EUA ao Irã; veja o que diz o Itamaraty

22 de junho de 2025 - 15:58

Ministério das Relações Exteriores emite nota oficial sobre a escalada do conflito no Oriente Médio; mais cedo o ex-chanceler e agora assessor especial Celso Amorim havia se manifestado sobre os confrontos

SEM AR E MAR

Empresas começam a suspender atividades com escalada da guerra entre Israel e Irã

22 de junho de 2025 - 13:31

Do setor marítimo ao setor aéreo, as primeiras companhias começam a anunciar uma paralisação temporária das operações na esteira dos ataques dos EUA às instalações nucleares iranianas

GATILHO

Apagando fogo com gasolina: a oferta da Rússia ao Irã que pode desencadear uma guerra nuclear

22 de junho de 2025 - 12:10

Um dos homens fortes do governo de Putin questiona sucesso do ofensiva norte-americana, que atacou três instalações nucleares iranianas, afirmando que uma futura produção de armas atômicas segue sobre a mesa

SEM PRECEDENTES

O Estreito de Ormuz na berlinda: Irã se prepara para fechar a passagem marítima mais importante do mundo

22 de junho de 2025 - 11:12

Embora tenha ameaçado diversas vezes, o governo iraniano nunca fechou, de fato, a via, mas, agora, o parlamento começa a dar passos nessa direção

CONDENADO OU APROVADO

Da China a Europa: a reação internacional ao ataque dos EUA às instalações nucleares do Irã

22 de junho de 2025 - 10:45

Na noite de sábado (21), o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou uma operação classificada por ele como bem-sucedida contra três usinas nucleares iranianas

OLHO POR OLHO

Consequências perpétuas: a resposta do Irã ao envolvimento direto dos EUA na guerra de Israel

22 de junho de 2025 - 9:02

Enquanto não toma uma decisão mais dura, Teerã lança a 20ª onda de ataques com mísseis e drones contra alvos militares israelenses

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar