Z1, fintech voltada para o público infanto-juvenil, entra na onda de demissões nas startups
Ao menos, 50 pessoas foram desligadas; as áreas de compliance, tecnologia e experiência do cliente (CX) foram as mais afetadas
O cenário de incerteza e os ventos de uma possível recessão global continuam assombrando as startups. Dessa vez, a fintech Z1, que oferece contas gratuitas para crianças e adolescentes, entrou na estatística das empresas que demitiram em 2022.
A fintech realizou cerca de 50 desligamentos na última segunda-feira (3), nas áreas de compliance, tecnologia e experiência do cliente (CX). Isso corresponde a 23% do quadro de funcionários da empresa, segundo o número de colaboradores informados na página da Z1 no LinkedIn.
De acordo com relatos de ex-colaboradores ouvidos pelo Seu Dinheiro, essa é a terceira demissão em massa na startup nos últimos quatro meses, em razão de “reestruturações gerais” na fintech.
A startup, fundada em 2019, tem cerca de 170 colaboradores e recebeu, no final do ano passado, um aporte no valor de R$ 55 milhões, em rodada Série A, liderada pelo fundo Kaszek Ventures, um dos maiores da América Latina.
Em setembro, a Z1 recebeu o selo de Top Startups 2022 do LinkedIn, que levou em consideração a atração de talentos e interesse por vagas, a partir o volume de visualizações da página da empresa no LinkedIn.
O que diz a Z1?
Procurada pelo Seu Dinheiro, a Z1 afirmou que o corte no quadro de pessoal faz parte de uma reestruturação geral da empresa e manutenção da “saúde” do negócio, devido ao ambiente macroeconômico.
“Redesenhamos orçamentos e times com o objetivo de causar o menor impacto possível nas nossas principais áreas”, diz a Z1, que não informou quantos funcionários foram impactados.
Em nota, a empresa mencionou três motivos para as demissões:
- O cenário “menos favorável” a investimentos em startups;
- Mudanças nas expectativas dos investidores em relação à sustentabilidade financeira, “com pressão maior para reduzir custos e otimizar estruturas organizacionais”;
- Mudanças nas normas do Banco Central (BC) que impactam diretamente as linhas de receita da Z1.
Vale lembrar que, em setembro, o BC alterou a regulamentação da tarifa de intercâmbio (TIC), que é o percentual pago pelas bandeiras — Visa e Mastercard, por exemplo — a cada transação ao emissor de cartões pré-pagos e de crédito.
A norma, que deve entrar em vigor em 1º de abril de 2023, determina um limite máximo de 0,7% para a TIC em cartões pré-pagos ou de crédito. Essa mudança afeta, principalmente, as fintechs, que atraem mais clientes do que os bancos tradicionais.
Por fim, a Z1 disse que estendeu benefícios, como a terapia corporativa, para os funcionários desligados.
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