Lucro da Tesla (TSLA34) dobra no terceiro trimestre, mas ação cai em Nova York — saiba por que o mercado penalizou a empresa de Elon Musk
A fabricante de veículos elétricos evitou até agora as preocupações com o enfraquecimento da demanda, mas muitos investidores estão temem que possa haver um esfriamento diante de uma economia em desaceleração induzida pelo Federal Reserve
A Tesla (TSLA34) conseguiu outra façanha trimestral ao registrar um lucro quase recorde entre julho e setembro deste ano, mas os investidores não pouparam a empresa de Elon Musk, penalizando as ações no after market após a divulgação dos resultados.
A fabricante de veículos elétricos registrou lucro líquido de US$ 3,292 bilhões no terceiro trimestre, o dobro do obtido no mesmo período do ano anterior. Já o lucro por ação saltou de US$ 0,48 para US$ 0,95 na mesma base de comparação.
Os investidores, no entanto, não se satisfizeram, pelo menos em um primeiro momento, com o lucro quase recorde da Tesla. E a grande responsável por isso foi a receita da empresa, que veio abaixo do esperado.
Entre julho e setembro, a receita da Tesla somou US$ 21,454 bilhões, um aumento de 56% em base anual — embora represente um salto de cerca de US$ 5 bilhões em relação ao segundo trimestre, quando a empresa experimentou paralisações relacionadas à covid-19 e a otimização de operações em Xangai, o dado veio abaixo das projeções.
A expectativa era de que a empresa de Elon Musk gerasse cerca de US$ 21,96 bilhões em receita nos três meses encerrados em setembro e lucro de US$ 3,2 bilhões, segundo analistas consultados pela FactSet — acima dos US$ 1,6 bilhão do ano anterior e um pouco abaixo do recorde de US$ 3,3 bilhões estabelecido no primeiro trimestre.
O descasamento das estimativas para receita com o que se materializou fez as ações da Tesla caírem mais de 6% no after market em Nova York.
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Tesla (TSLA34) e a demanda
A fabricante de veículos elétricos de Elon Musk até agora evitou as preocupações com o enfraquecimento da demanda. Mas muitos investidores estão preocupados que possa haver um esfriamento diante de uma economia em desaceleração induzida pelo Federal Reserve (Fed).
“Embora acreditemos que a demanda por produtos da Tesla excede a oferta, não seria razoável supor que há um limite sobre quanto a Tesla pode continuar a aumentar os preços sem sofrer com a demanda em meio à desaceleração econômica”, disse Adam Jonas, do Morgan Stanley, em nota aos investidores há duas semanas.
Já a RBC Capital Markets afirmou que a principal preocupação agora é a demanda na China, pois os tempos de espera parecem estar diminuindo.
"A questão é se é um ponto de interrogação ou um sinal de uma mudança maior entre os consumidores", disse a RBC em nota.
Produção e venda de veículos
A Tesla (TSLA34) informou anteriormente que as entregas para o trimestre encerrado em 30 de setembro atingiram 343.000 e a produção de veículos atingiu 365.000. As entregas são a maior aproximação das vendas relatadas pela Tesla. As ações caíram mais de 17% desde o relatório do fim de semana em 2 de outubro.
Durante o trimestre, a Tesla enfrentou preços crescentes de commodities e energia, problemas no envio de carros para os clientes e rotatividade de executivos, incluindo a saída notável do líder de inteligência artificial, Andrej Karpathy, em julho.
No entanto, a empresa também atingiu um recorde na China depois de suspender temporariamente a maior parte da produção em julho para fazer atualizações de fábrica lá.
De acordo com a Associação de Carros de Passageiros da China, a Tesla entregou 83.135 veículos elétricos feitos em sua fábrica de Xangai durante o mês de setembro, o maior número em um único mês desde que a fábrica foi inaugurada no final de 2019.
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