Mais um banco se rende à Cielo (CIEL3) e passa a recomendar a compra da ação, mesmo após alta de quase 200% neste ano
Com potencial de alta de quase 30% estimado para os papéis, os analistas do Credit Suisse acreditam que você deveria incluir as ações da empresa de maquininhas no seu portfólio
A Cielo (CIEL3) passou por poucas e boas nos últimos anos. Não faz muito tempo, a empresa de maquininhas estava afundando na bolsa — e inclusive tornou-se uma das ações com pior desempenho no Ibovespa.
Em 1º de dezembro do ano passado, os papéis chegaram a custar R$ 1,84 na B3 no pior momento da companhia — uma queda de aproximadamente 87,3% em relação ao preço da ação na abertura de capital (IPO, na sigla em inglês), de R$ 14,50. Mas, de tanto apanhar, a empresa reagiu.
Nos últimos 12 meses, os papéis acumulam valorização de 125,6%, mas o renascimento da ação veio realmente em 2022 — só neste ano, a alta foi de 172,2%.
Os papéis chegaram a liderar as altas do Ibovespa, disparando mais de 6%. Apesar de terem arrefecido o avanço, por volta das 13h40 desta sexta-feira, as ações CIEL3 subiam 0,35%, a R$ 5,81.
A mudança foi tamanha que nem mesmo os analistas mais pessimistas sobre o papel conseguiram manter as antigas recomendações. Primeiro, foi a vez do BTG revisar as estimativas para a companhia. Depois, veio o JP Morgan.
A vez do Credit Suisse recomendar Cielo
O desempenho da Cielo (CIEL3) agora foi notado pelo Credit Suisse. Os analistas elevaram a recomendação das ações da empresa de maquininhas — e, para a casa de análise, você deveria incluir a ação no seu portfólio.
Leia Também
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
O Credit recomenda a compra de CIEL3 e fixou um preço-alvo de R$ 7,50 para os papéis, bem acima da análise anterior, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 2,50.
A recomendação implica em um potencial de alta de 29,5% em relação ao fechamento dos papéis no último pregão, de R$ 5,79.
Segundo os analistas, a revisão para cima é baseada em dois pilares: as tendências operacionais “saudáveis” da companhia e o preço sobre o lucro (P/E) da ação. Para o Credit, a empresa apresenta um desconto de 11 vezes o P/E em 2022.
Tchau, PagSeguro e Stone?
O banco ainda manteve a recomendação de compra das ações da PagSeguro (PAGS34), mas cortou o preço-alvo do papel na metade, para US$ 20. Apesar da redução, o valor ainda implica em uma alta potencial de cerca de 32% frente ao último fechamento.
A mudança na recomendação dos analistas teve em vista do custo do patrimônio líquido 1,5 ponto percentual maior, a 18%.
“Pelos mesmos motivos, também cortamos nosso preço-alvo para Stone, de US$ 22 para US$ 12, potencial de valorização de 20%.”
A casa de análise afirmou que, em relação ao valuation, a Cielo é vencedora em comparação com seus pares no mercado.
“PagSeguro e Stone estão crescendo rapidamente, mas com margens pressionadas. Portanto, seus indicadores P/E de caixa de curto prazo não parecem atraentes”.
O Credit Suisse ainda destaca que, como os resultados do PagSeguro são mais sensíveis às mudanças da taxa Selic, a ação CIEL3 permanece a melhor opção em caso de uma reversão de curva.
Balanço da PagSeguro
Apesar de um otimismo mais contido dos analistas do Credit Suisse para a PagSeguro, as ações PAGS34 operam em forte alta hoje — tanto aqui quanto em Wall Street, em resposta à divulgação de um balanço trimestral forte.
Por volta das 13h40 desta sexta-feira, os papéis da companhia disparavam 8,11% na bolsa de valores de Nova York (Nyse). No mesmo horário, os recibos de ações (BDRs) negociados na B3 subiam 8,95%.
A empresa de maquininhas encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 367 milhões, avanço de 35% na comparação com o mesmo período de 2021.
A virada da Cielo (CIEL3)
A Cielo (CIEL3) foi uma das primeiras empresas do ramo de maquininhas no Brasil. Com capital aberto na bolsa desde 2009, a companhia se consolidou como líder de mercado no setor de meios de pagamentos — isto é, até surgirem novas concorrentes, como a Stone (STOC31), a Getnet (GETT3) e a PagSeguro (PAGS34).
A Cielo chegou a perder para as novatas em valor de mercado e inclusive ficou atrás da Getnet no ranking.
Desde o fim do ano passado, a empresa começou a se recuperar, especialmente após entregar resultados acima do esperado pelos analistas.
Atualmente, ela ocupa o terceiro lugar em valor de mercado, sendo que a PagSeguro lidera com larga vantagem em relação às concorrentes.
Cielo (CIEL3) de volta ao coração dos analistas
A entrega de resultados robustos da Cielo conquistou ainda sua posição nas carteiras recomendadas pelas grandes casas de análise.
Em abril deste ano, o BTG Pactual (BPAC11) chegou a substituir a Getnet pela CIEL3 no portfólio de ações favoritas.
Em uma análise mais recente, o favoritismo pela pioneira das maquininhas voltou ao foco após a Stone entregar resultados fracos.
A Stone (que tem BDRs negociados na B3 sob o ticker STOC31) encerrou o segundo trimestre deste ano com prejuízo contábil de R$ 489,3 milhões, uma reversão no lucro líquido de R$ 526 milhões reportado no mesmo período de 2021.
Para o JP Morgan, o resultado não foi uma surpresa — afinal, o balanço considerado “sem brilho” veio alinhado às baixas expectativas dos analistas.
Balanço da Cielo (CIEL3)
Por sua vez, a Cielo elevou os ânimos do mercado com o balanço do segundo trimestre — e tanto o BTG Pactual quanto o JP Morgan destacaram a preferência por CIEL3 frente às demais empresas de maquininhas.
A companhia teve um lucro líquido de R$ 635,3 milhões no segundo trimestre, um aumento de 252,2% em relação a igual intervalo de 2021 e de 244,1% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.
Esse é o melhor desempenho da empresa desde o quarto trimestre de 2018, e foi impulsionado por fatores não recorrentes.
A venda da MerchantE, fechada em abril por quase R$ 1,5 bilhão, teve um impacto líquido positivo de R$ 282,3 milhões no resultado trimestral.
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
