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Flavia Alemi
Flavia Alemi
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pela FIA. Trabalhou na Agência Estado/Broadcast e na S&P Global Platts.
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Ações da Americanas (AMER3) viram e fecham em alta após lucro líquido recorde

Analistas destacaram recuperação gradual das Americanas no quarto trimestre, mas ressaltaram ambiente competitivo para o e-commerce

Flavia Alemi
Flavia Alemi
25 de fevereiro de 2022
15:02 - atualizado às 18:21
Lupa destaca site da Americanas.com em tela de computador
Tela do site da Americanas.com - Imagem: Shutterstock

As ações das Americanas (AMER3) passaram o dia amargando perdas na bolsa nesta sexta-feira pré-Carnaval, mas reverteram a tendência no leilão de fechamento. O papel abriu o dia no vermelho e chegou a cair mais de 3% pela manhã. A ação avançou 0,99% e encerrou o dia cotada a R$ 30,50.

Na noite de ontem, a Americanas (AMER3) comunicou que fechou 2021 com lucro líquido total de R$ 730,9 milhões, o maior da história da companhia. O Ebitda ajustado observou ligeira alta de 2,2%, para R$ 3,3 bilhões.

Durante a teleconferência realizada no início da tarde desta sexta-feira (25), as ações da Americanas reduziram as perdas e chegaram perto do zero a zero. Analistas que cobrem o papel publicaram relatórios favoráveis à companhia que podem ter contribuído para a melhora do humor.

O Credit Suisse, por exemplo, reiterou a recomendação de compra para a ação e estipulou preço-alvo de R$ 41,77. Dessa forma, o papel teria um potencial de valorização de 38% em relação ao fechamento de ontem. Para o Credit, o resultado do quarto trimestre da Americanas veio acima do esperado e deve ser o melhor do setor.

O BTG Pactual, por sua vez, afirmou que os resultados superaram o dos concorrentes. O banco também recomenda compra do papel e estipula o preço-alvo em R$ 45, o que significa um potencial de valorização de 49%.

De acordo com o BTG, uma reclassificação da ação vai depender da consistência da empresa nos próximos trimestres, visto que há um ambiente competitivo para o e-commerce no Brasil. 

1º trimestre/22 começou forte

Esse talvez tenha sido um tema que o CEO da plataforma digital, Marcio Cruz, tentou explicitar durante o call com analistas. Ele adiantou que janeiro teve um crescimento de 40% nas vendas online e fevereiro seguiu ritmo semelhante.

O executivo atribuiu essa alta a três fatores: Primeiro, ao avanço na base clientes do online está trazendo maior recorrência de vendas. Segundo, à priorização das categorias que geram maior recorrência, como suplementos e vitaminas, automotivo e mercado, por exemplo. Por último, à melhoria da experiência do usuário feita ao longo do ano passado está melhorando a conversão de clientes. 

Na teleconferência, a Americanas aproveitou para trazer um dado comparativo do setor no quarto trimestre. As vendas totais do grupo (GMV) cresceram 28,3% ao mesmo tempo em que o mesmo indicador do setor recuou 12,7%. O dado é da GFK.

Mudança no cálculo da comissão

A Americanas informou, ainda, que desde 1º de fevereiro adota um sistema que calcula as comissões cobradas dos comerciantes em seu marketplace por categoria. Anteriormente, o cálculo usava uma taxa fixa.

“Essa mudança tem como objetivo atrair novos sellers e fomentar crescimento em novas categorias sobretudo de recorrência”, disse Raoni Lapagesse, diretor de relações com investidores da Americanas.

Segundo o executivo, houve categorias em que a alíquota de comissão caiu e outras em que havia oportunidade de acréscimo.

Sem novidades sobre o apagão

Antes que fosse questionada sobre o apagão nos sites no começo desta semana, a Americanas tomou a iniciativa de comentar na teleconferência com analistas nesta sexta-feira o ocorrido. No entanto, a empresa não trouxe novas informações além do que havia divulgado junto com o relatório de resultados ontem. A Americanas reforçou estar apurando os impactos do incidente.

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