Muhammad Ali e Joe Frazier protagonizaram em 1971 um dos capítulos mais importantes da história do boxe: a luta do século. Mais de 50 anos depois, você pode assistir à íntegra desse confronto no conforto do seu celular. O vídeo do combate conta com mais de 5 milhões de visualizações no YouTube.
Na competição pela preferência dos usuários (e anunciantes) dos serviços de streaming, a plataforma que pertence à Alphabet (dona do Google) conseguiu vencer uma dura batalha e derrubou ninguém menos que a toda poderosa Netflix.
Não chega a ser uma batalha do século, mas no quarto trimestre o YouTube superou as receitas da rival.
O crescimento da receita do YouTube no quarto trimestre de 2021 “refletiu a força ampla nos gastos dos anunciantes e a forte atividade on-line do consumidor, bem como o crescimento substancial da receita contínua do Google Cloud”, disse Ruth Porat, CFO da Alphabet e do Google, em comentários sobre o resultado.
YouTube e Netflix: a luta em números
Na luta do século, o embate durou 45 minutos, com mais de 1.500 golpes trocados. Frazier acertou 378 das 631 tentativas, já Ali teve êxito em 330 das 893 tentativas. No caso do YouTube e da Netflix, os números estão na casa dos bilhões.
O YouTube gerou US$ 8,63 bilhões em receita publicitária no quarto trimestre, um aumento de 25,4% na comparação anual. O montante não inclui a receita dos mais de 50 milhões de assinantes do YouTube Music e YouTube Premium ou do YouTube TV.
No mesmo período, a Netflix registrou US$ 7,71 bilhões em receita, que vem primordialmente dos assinantes da plataforma, uma alta de 16%. Confira o balanço completo da empresa de streaming no quarto trimestre.
Embora a receita de anúncios do quarto trimestre do YouTube tenha sofrido uma desaceleração em comparação com o terceiro trimestre - que teve um crescimento de 43% em relação ao ano anterior -, o negócio encerrou 2021 com US$ 29 bilhões em receita de anúncios, um salto de 46% em relação a 2020.
No geral, a Alphabet superou com folga as estimativas de Wall Street para o trimestre de final de ano, com receita de US$ 75,33 bilhões, um aumento de 32%, e lucro líquido de US$ 20,64 bilhões, aumento de 36%, ou US$ 30,69 por ação. Confira o balanço completo da empresa no quarto trimestre.
Visualizações trilionárias
Na época, o embate entre Ali e Frazier reuniu mais de 20 mil espectadores no Madison Square Garden, o histórico ginásio nova-iorquino. Um número que nem chega aos pés da audiência planetária do YouTube.
Em uma atualização para criadores na semana passada, a CEO do YouTube, Susan Wojcicki, se gabou de que a plataforma havia entregue mais de 5 trilhões de visualizações do YouTube Shorts, o formato de vídeo de formato curto popularizado pelo TikTok, desde o primeiro lançamento em setembro de 2020.
Na média, o YouTube Shorts continua com mais de 15 bilhões de visualizações diárias, depois de superar esse número no verão passado, segundo Sundar Pichai, CEO da Alphabet e do Google.
O YouTube planeja testar novas maneiras para os criadores de curtas ganharem dinheiro por meio de conteúdo de marca e ofertas de compras.
Wojcicki também adiantou que o YouTube está procurando expandir as maneiras pelas quais todos os criadores podem ganhar dinheiro, inclusive por meio de tecnologias como tokens não fungíveis (NFTs).
Confira os melhores momentos da luta entre Ali e Frazier:
*Com informações da Variety