Magazine Luiza (MGLU3) virou piada? Com prejuízo de R$ 79 milhões, ações já derretem quase 80% em 12 meses, mas podem subir 200% no longo prazo; entenda
Divulgados hoje, o balanço do Magazine Luiza não é animador, mas, em meio ao cenário negativo (que pode piorar), ainda existe luz no fim do túnel: analista calcula potencial de MGLU3 subir 200% nos próximos 2 anos; entenda e veja os desafios
 
					O que antes era uma das estrelas da bolsa, hoje é uma empresa cujas ações derretem com força total. O Magazine Luiza (MGLU3) tem perdas de quase 80% em 12 meses e, só neste ano, a queda ultrapassa os 20%. Hoje, às vésperas do balanço, as ações chegaram a cair mais de 6%.
Os resultados não foram nada animadores: como esperado, a companhia liderada por Luiza Trajano reportou prejuízo ajustado de R$ 79 milhões no quarto trimestre de 2021, revertendo lucro líquido ajustado de R$ 232 milhões no mesmo período de 2020.
Em 2021,o Magazine Luiza teve lucro líquido ajustado de R$ 114 milhões, uma queda de 70% em relação a 2020. Para saber mais detalhes sobre o balanço do Magalu, basta assistir o vídeo abaixo, caso queira saber o que isso significa para a empresa, continue lendo.
Mais abaixo explicamos o que está por trás do prejuízo e como o cenário de guerra pode piorar a situação do Magazine Luiza no médio prazo, mas antes saiba que, no longo prazo, players do mercado seguem firme na tese de Magazine Luiza enquanto empresa com potencial de se sair bem quando as tormentas passarem, visto que não há deterioração de fundamentos em meio à queda.
Um deles é o analista gráfico da Vitreo, Rogério Araújo, responsável por uma carteira de ações e opções que subiu mais de 100% em 2021 enquanto o Ibovespa derreteu 10%. Na visão dele, os papéis da empresa têm potencial para subir 200% em dois anos. Para entender a análise gráfica completa, veja o vídeo abaixo:
O que está por trás do prejuízo do Magalu?
As ações do Magazine Luiza foram vítimas de alguns fatores, são eles:
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- Inflação que corroem o poder de compra do consumidor;
- Dólar alto e desvalorização do real, que aumenta o custo de produção de bens duráveis - repassados para o cliente;
- Base de comparação forte em relação a 2020;
- Alto índice de desemprego;
- Tendência de alta dos juros, encarecendo o crédito e, consequentemente, desestimulando o consumo; Cabe lembrar que a Selic já está em 10,75% ao ano e, de acordo com as projeções do mercado, da Necton Investimentos, deve fechar o ano entre 12,25% e 13,25%.
Tudo isso afeta as margens da empresa e…
… a tendência é piorar no médio prazo
Mesmo que o câmbio esteja passando por um período de alívio, os fatores que assombraram as ações MGLU3 seguem firmes e fortes. E analistas avaliam que a tendência é piorar.
Afinal, com a guerra na Ucrânia, a inflação global tende a vir com mais força a partir de agora, o que pode ocasionar em maiores aumentos na taxa básica de juros por parte dos bancos centrais ao redor do mundo.
Isso porque a Rússia é uma importante exportadora de commodities. Assim, as sanções ao país criam um choque na cadeia de suprimentos com a alta das matérias-primas, , incluindo aquelas envolvidos com os produtos vendidos pelo Magazine Luiza.
Podemos citar, por exemplo, o chumbo e o níquel (usados na fabricação de eletrodomésticos) : e o petróleo, que é matéria-prima de uma infinidade de produtos e peça-chave para a logística global.
Então se esses insumos básicos sobem de preço, o valor é repassado para o produto e as varejistas se veem na necessidade de encarecer suas vendas para o cliente final, desestimulando o consumo e, portanto, prejudicando suas margens.
Essa situação também corrobora para uma piora da inflação. Antes beirando os 5,5%, o mercado já estima o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acima de 6%.
“Está evidente que a inflação vai continuar sendo um problema persistente e se antes projetávamos que o acumulado em 12 meses iria começar a ceder por volta de fevereiro ou março, agora esperamos que vá apenas começar a recuar por volta de maio ou junho”, diz André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos em entrevista à Exame.
A situação se torna ainda mais crítica diante do sortimento do Magazine Luiza, hoje composto em grande parte por eletrodomésticos, que exigem mais crédito.
"A maioria das pessoas compra parcelado no cartão ou no crediário, então quando os juros sobem a demanda por esses produtos cai e, assim, o investidor tende a penalizar a MGLU3", afirma Larissa Quaresma, analista de ações da Empiricus e colunista do Seu Dinheiro.
Ainda há esperança para o Magalu?
Araújo não é o único que acredita no potencial de alta da empresa. Mesmo após corte no preço-alvo, a recomendação do JP Morgan para os papéis MGLU3 ainda é de compra. 
De acordo com a análise do banco, a ação tem potencial para subir cerca de 48% daqui para a frente. Preparamos um post no Instagram do Seu Dinheiro que explica a avaliação do banco. Confira abaixo e aproveite para nos seguir (basta clicar aqui). Lá oferecemos análises de mercado, insights de investimento em ações, criptomoedas, renda fixa e muito mais:
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De acordo com o analista da Empiricus, Fernando Ferrer, a empresa continua bem posicionada em relação aos concorrentes. Além disso, ela conseguiu reforçar a posição em um setor muito promissor para os próximos anos: o e-commerce.
O Magalu montou um ecossistema extenso e se tornou um player relevante de cosméticos (Época), esportes (Netshoes), games e etc. E tem mais: a empresa segue crescendo quando o assunto é logística por meio da inauguração de novos Centros de Distribuição.
A companhia detém a agência Magalu, que funciona basicamente como um ‘correio particular’ e permite que vendedores integrados ao marketplace da empresa despachem seus produtos em 280 lojas espalhadas pelo país. O plano é levar a ideia a todos os 1,4 mil pontos físicos da varejista, garantindo entregas mais rápidas e baratas.
Mesmo assim, o momento é de cautela: o varejo no geral ainda tem um tortuoso caminho para enfrentar daqui para a frente. No post a seguir, você confere o que esperar do setor daqui para frente:
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