Governo vai liberar até metade do seu FGTS para você comprar ações da Eletrobras (ELET3); saiba como usar
Governo espera uma venda expressiva das ações da Eletrobras com o dinheiro do FGTS, assim como já aconteceu em operações da Petrobras

Com a privatização da Eletrobras aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ontem (18), o trabalhador brasileiro vai poder usar parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para comprar ações da empresa.
Para se tornar sócio da Eletrobras usando o FGTS, o valor mínimo para aplicação será de R$ 200, e cada trabalhador poderá usar, no máximo, a metade do dinheiro total disponível nas suas contas no Fundo.
O governo espera uma venda expressiva com o dinheiro do FGTS, assim como já aconteceu em operações de capitalização da Petrobras. O potencial para a compra com recursos do FGTS é R$ 6 bilhões.
Veja o passo a passo para comprar ações da Eletrobras com o FGTS:
- Ao tomar conhecimento da oferta, o trabalhador com conta no FGTS acessa os canais da Caixa Econômica Federal - pode ser o app do FGTS ou as agências bancárias;
- A compra será intermediada por Fundos Mútuos de Privatização ligados ao FGTS, os FMP-FGTS. Eles têm participação exclusiva de pessoas físicas com contas no FGTS e são montados sob a forma de condomínio aberto;
- O trabalhador escolhe uma administradora de FMP-FGTS para autorizar a consulta do saldo do FGTS e repassar à Caixa o pedido de reserva para a compra;
- Caso o trabalhador queira vender as cotas do fundo posteriormente, os valores provenientes da venda retornarão para sua conta do FGTS.
Vale ressaltar que a compra das ações por meio do FGTS ainda depende da finalização do processo de privatização.
Privatização da Eletrobras pode atrasar?
A expectativa do governo é que a privatização da Eletrobras seja finalizada já em junho. Se concluída, será a segunda privatização direta ocorrida no governo Jair Bolsonaro, apesar de o processo ter sido iniciado ainda no governo de Michel Temer.
Leia Também
Segundo analistas do JP Morgan, no entanto, questões financeiras envolvendo a Usina Hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia, podem atrasar a privatização.
A usina teve um revés recente ao perder um processo de arbitragem contra o consórcio que a construiu. Os acionistas, então, aprovaram um aumento de capital da mesma magnitude para cobrir o valor. O problema é que 43% do capital da usina pertence à Eletrobras Furnas.
Assim, o JP Morgan afirma que a Eletrobras não deve iniciar a oferta de ações sem que a situação em Rondônia esteja resolvida.
Além disso, a oposição também pode tentar melar o negócio. De olho nisso, o BNDES e a Eletrobras montaram uma “sala de guerra” para tratar de disputa de liminares na Justiça. Nela, advogados monitoram diariamente o movimento jurídico no País para barrar rapidamente as tentativas de paralisação da operação.
Ontem (17), parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) entraram com ações na Justiça contra a privatização da Eletrobras. O PT denuncia que o valor total da privatização está subavaliado em R$ 46 bilhões.
Como será a privatização
A privatização da Eletrobras consiste numa oferta pública para diluir o controle da União, que ao final de todo o processo ficará com 45% das ações e os novos acionistas com os 55% restantes.
Para definir o preço da ação, os bancos que assessoram a oferta fazem uma leitura de mercado e enviam à Eletrobras e ao BNDES para avaliação.
Uma vez aprovada internamente, a oferta é lançada num prospecto de venda que precisa de aprovação tanto da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o seu correspondente nos Estados Unidos, a SEC.
Depois de obter todos os selos de aprovação, a oferta é lançada ao mercado.
Com o prospecto em mãos, os bancos apresentam a oferta aos investidores e começa a etapa chamada de bookbuilding. Nele, a empresa mede o interesse do mercado financeiro pelas suas ações e quanto os investidores estão dispostos a pagar por elas.
Chega-se, assim, ao preço final dos papéis.
A oferta será primária e secundária. Na tranche primária, a Eletrobras emitirá novas ações e venderá simultaneamente no mercado brasileiro e americano.
Na secundária, a União venderá parte das suas ações para atingir a participação de 45%. Haverá uma oferta prioritária para acionistas minoritários, empregados e aposentados da empresa.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Leia também:
- TCU aprova privatização da Eletrobras (ELET3); fique por dentro da decisão do tribunal
- Bolsonaro se pronuncia sobre ‘fritura’ e possível substituição do presidente da Petrobras (PETR4)
- Energia solar deve se tornar 17% da matriz brasileira até 2031; saiba como economizar até 90% da conta de luz
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação
Bolsa fecha terceira semana no vermelho, com perdas de 2,44%; veja os papéis que mais caíram e os que mais subiram
Para Bruna Sene, analista de renda variável na Rico, “a tão esperada correção do Ibovespa chegou” após uma sequência de recordes históricos
Dólar avança mais de 3% na semana e volta ao patamar de R$ 5,50, em meio a aversão ao risco
A preocupação com uma escalada populista do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o real apresentar de longe o pior desempenho entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities
Dólar destoa do movimento externo, sobe mais de 2% e fecha em R$ 5,50; entenda o que está por trás
Na máxima do dia, divisa chegou a encostar nos R$ 5,52, mas se desvalorizou ante outras moedas fortes