Google e Apple, dois gigantes da tecnologia, prepararam-se para fincar os pés no mundo das criptomoedas. A subsidiária da Alphabet já deu passos concretos nessa direção, de olho em reforçar seu sistema de pagamentos on-line, o Google Pay.
Para isso, contratou o ex-executivo do PayPal, Arnold Goldberg. Ele terá a missão de administrar a divisão de pagamentos do Google como parte de um esforço de toda a empresa para serviços financeiros, incluindo criptomoedas.
“Cripto é algo em que prestamos muita atenção [...] À medida que a demanda do usuário e a demanda do varejista evoluem, evoluiremos com ela”, disse o presidente de comércio do Google, Bill Ready, à Bloomberg.
O Google Pay é um sistema de pagamento on-line desenvolvido pelo Google para permitir compras por aplicativo, além de garantir segurança em pagamentos por aproximação em dispositivos móveis, incluindo telefones, tablets e relógios Android.
De acordo com Ready, o Google se concentrará mais em ser uma “carteira digital abrangente” que inclui passagens digitais, passagens aéreas e passaportes de vacinas.
O Google não está sozinho: a Apple vem aí
Há algumas semanas, o CEO da Apple, Tim Cook, ganhou as manchetes quando disse que possui pessoalmente criptomoedas ao mencionar que a Apple está olhando para isso de uma perspectiva tecnológica.
“É algo que estamos olhando, não é algo que temos planos imediatos de fazer”, disse Cook.
Na ocasião, ele descartou sugestões de que a Apple poderia aceitar criptomoedas em troca de produtos. Cook também rejeitou a possibilidade de a empresa comprar criptomoeda com fundos corporativos como investimento.
Atualmente, a Apple conta com o Apple Pay, que permite que as pessoas enviem dinheiro — e, recentemente, criptomoedas — em locais específicos específicas pelo iMessage. A companhia também possui o aplicativo Apple Wallet e serviços da Apple Pay associados para pagamentos móveis.
A dança do blockchain
Os movimentos da parte do Google vêm depois de anos dançando em torno de investimentos diretos na nascente tecnologia blockchain.
A gigante da tecnologia agora parece querer acompanhar os esforços do Facebook no metaverso, bem como o investimento do Twitter em infraestrutura de criptografia.
*Com informações da Bloomberg