Rodolfo Amstalden: O último grande herói
Ainda que de capa encardida e sem os músculos de antigamente, P(A) continua com os dois pés fincados no chão e os dois punhos prontos para a briga

Às vésperas das eleições, boa parte do mercado faria limer confundiu análise com torcida, e confundiu posicionamento financeiro com posicionamento político.
De repente, dias antes do 2º turno, a vitória de Lula virou efeito possibilidade e a vitória de Bolsonaro foi galgada a efeito certeza.
Do ponto de vista da estatística bayesiana, essa era uma posição arriscada.
Lula sempre fora o favorito, desde o início das pesquisas. Logo, apostar contra a sua eleição significava desafiar o pilar principal das probabilidades condicionais segundo o Teorema de Bayes: P(A).

Na famosa equação, P(A) denota aquilo que os estatísticos chamam de "probabilidade a priori", firmada antes que novas evidências sejam levadas em conta.
As novas evidências carregam um potencial narrativo admirável, mas a verdade é que precisam vencer uma inércia gigantesca para serem capazes de sobrepujar a probabilidade a priori.
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Ou, em termos mais populares, um fio de cabelo no paletó não basta para acabar com casamentos de décadas.
O mais irônico é que, sentindo-se traído pela realidade, o gestor bolsonarista que apostou na alta da Bolsa com o atual presidente e que não teve tempo de vender na abertura do dia 31 de outubro acabou ganhando dinheiro com a simpatia dos gringos por Lula.
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Será que ele fez questão de devolver esse "dinheiro sujo", graças a suas convicções ideológicas? Imagino que não.
Contudo, a despeito de tudo o que aconteceu, a torcida continua; ela só mudou de lado.
Em vez de torcer a favor, o investidor faria limer, que ovacionou Paulo Guedes no evento da XP, agora torce contra.
Ele delira a cada mensagem de Whatsapp confirmando Marcio Pochmann como o novo ministro da Fazenda.
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E tem orgasmos com a provável nomeação de Guilherme Boulos como o próximo presidente do BNDES.
De minha parte, não nutro grandes razões para me entusiasmar com o Governo Lula. Meus heróis morreram de overdose muito tempo atrás.
A única figura heróica que me restou se chama P(A).
Ainda que de capa encardida e sem os músculos de antigamente, P(A) continua com os dois pés fincados no chão e os dois punhos prontos para a briga.
Tendo eu mesmo tentado algumas vezes, posso garantir que é difícil derrubá-lo.
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