Esquenta dos mercados: Bolsas estrangeiras amanhecem no vermelho com investidores de olho no BCE e nas negociações Rússia-Ucrânia; Ibovespa acompanha pacote de combustíveis
Os investidores ainda aguardam os dados do varejo e emprego no Brasil, além dos números da inflação dos EUA

Os mercados financeiros internacionais amanheceram no vermelho, devolvendo parte dos fortes ganhos da véspera. Enquanto na Ásia as bolsas de valores ajustaram-se aos fortes ganhos de ontem, fechando em alta, os mercados de ações da Europa abriram em queda.
Os investidores mostram cautela antes da divulgação do resultado da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) em um momento de forte pressão inflacionária. A autoridade deve decidir sobre os juros hoje, em um momento conturbado para o cenário mundial.
Em Wall Street, os índices futuros sinalizam abertura em queda em Nova York.
O possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia foi motivo de alívio para os mercados na última quarta-feira (09). Enquanto Nova York deu um salto de até 3%, o Ibovespa fechou aos 113.900 pontos em um avanço de 2,43%. Por sua vez, o dólar à vista fechou a sessão em queda de 0,84%, a R$ 5,0106, mas chegou a ser negociado abaixo dos R$ 5,00.
O investidor local acompanha o avanço do pacote para reduzir o preço dos combustíveis no Senado, enquanto aguarda dados do varejo e emprego.
Enquanto isso, os EUA aguardam os dados inflacionários medidos pelo CPI de fevereiro. O indicador será divulgado oficialmente a sete dias da próxima decisão de política monetária do Federal Reserve, o Banco Central americano.
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Saiba tudo que movimenta a bolsa, o dólar e os mercados nesta quinta-feira (10):
Negociações na Turquia
No teatro de guerra europeu, os ministros de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, estão reunidos agora na Turquia para dar andamento a possíveis negociações para o fim do conflito, que hoje entra em sua terceira semana.
Apesar do otimismo com as negociações, a Rússia hoje é duramente criticada por um ataque que atingiu uma maternidade
Petróleo sobe, criptos desabam
O recuo das ações hoje coincide com uma retomada da alta do petróleo depois da forte queda de ontem nos preços da commodity. O barril do Brent subia mais de 3% na manhã de hoje, de volta à faixa de US$ 115.
Enquanto isso, a queda é acentuada no mercado de criptomoedas. Por volta das 6h30, o bitcoin (BTC) recuava 6,6%, na faixa de US$ 39.100. Já o ethereum (ETH) recuava 4,1%, perto de US$ 2.600.
Enquanto isso, no BCE
O Banco Central Europeu divulga hoje sua decisão de política monetária em meio a uma forte pressão inflacionária agravada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
“Existem duas forças que estarão jogando fortemente uma contra a outra devido à guerra”, diz Ipek Ozkardeskaya, analista sênior da Swissquote, citado pelo MarketWatch.
“Primeiro, a guerra certamente desacelerará a recuperação econômica pós-pandemia e as empresas precisarão de apoio para continuar respirando”, afirma. “Mas a guerra também aumentará uma inflação já elevada através dos preços de energia e commodities e limitará o alcance da ação do BCE”, avalia.
Combustíveis em foco
Com o avanço do preço do barril de petróleo, a chamada defasagem da Petrobras (PETR4) começa a virar uma preocupação dos investidores. Do ponto de vista do investidor e da política de preços, a estatal está perdendo uma oportunidade de ganhar dinheiro.
Entretanto, com o preço dos combustíveis já elevados — o que se reflete em pressão na inflação — quem acaba perdendo é a população em geral.
As propostas no Congresso que visam conter a alta no preço dos combustíveis devem ir ao plenário da Câmara hoje. Contudo, parlamentares esperam que as propostas sejam agendadas para semana que vem.
No campo dos indicadores
A agenda de indicadores do dia conta com as vendas do varejo em janeiro, que devem cair 1,20% na mediana das projeções de especialistas ouvidos pelo Broadcast. Já o varejo restrito deve avançar 0,3% na mediana das estimativas.
Além dos dados de varejo, o Caged entra em foco nesta quinta-feira. Após dezembro do ano passado fechar 256 mil postos de trabalho, a leitura de janeiro aponta para a criação de 150 mil novas vagas, também na mediana das projeções.
E a inflação por lá
Por fim, a divulgação da inflação ao consumidor (CPI, em inglês) nos Estados Unidos injeta ainda mais cautela nos investidores.
O índice de preços deve ter um novo avanço de 7,8% em fevereiro, de acordo com especialistas ouvidos pela Bloomberg, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Em relação a janeiro, o CPI deve avançar 0,8%. Vale lembrar que a inflação norte-americana já é a maior em quase 40 anos, o que deve refletir na decisão do Federal Reserve no final deste mês.
Por falar no Banco Central americano…
Estamos a oficialmente sete dias da próxima reunião do Fomc, o Copom americano, que decidirá sobre a alta nos juros da economia dos EUA.
Mesmo que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, tenha contratado uma alta de 25 pontos-base nos juros, o plano de voo pode ser alterado por, pelo menos, três fatores: desdobramentos da guerra na Ucrânia, avanço da covid no país e dados inflacionários piores do que o esperado.
Agenda do dia
- IBGE: Vendas no varejo restrito e ampliado (9h)
- Caged: Geração de vagas de emprego (9h30)
- Congresso Nacional: Senado pode votar dois projetos que tratam de combustíveis (10h)
- Estados Unidos: CPI e Núcleo do CPI de fevereiro (10h30)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (10h30)
- Estados Unidos: Janet Yellen concede entrevista ao Washington Post (12h30)
Balanços do dia
Você pode conferir o calendário completo aqui.
Após o fechamento:
- C&A
- Santos Brasil
- Tenda
- Braskem
Bolsas derretem: o que fez o Ibovespa cair 1,15% e dólar subir a R$ 5,5249
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