Itaú BBA manda ficar longe das ações do Nubank e corta preço-alvo de novo
Para o Itaú BBA, a inadimplência no Nubank vai continuar subindo rápido, o que pode desacelerar o crescimento da carteira de crédito
Tudo o que o Nubank (NUBR33) queria era que o deixassem em paz. Aliás, no mês passado, o fundador, David Vélez, disse no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que após a derrocada das ações, o Nubank voltaria a ser ignorado.
Mas não é isso o que tem acontecido. Com o papel acumulando queda superior a 60% desde a abertura de capital na Bolsa de Nova York (Nyse), a maioria dos analistas que cobre o Nubank vem cortando periodicamente o preço-alvo das ações.
Nesta quarta-feira (15) foi a vez do Itaú BBA reduzir sua estimativa para o roxinho mais uma vez: o preço-alvo passou de US$ 6,60 para US$ 4,50 no final do ano.
O novo valor representa um potencial de alta de 28% em relação ao preço de fechamento de hoje, de US$ 3,52.
A recomendação do Itaú BBA para o Nubank foi mantida em “underperform”, que significa venda.
“Apesar de um preço atual mais convidativo, nós recomendamos aos investidores que fiquem longe”, escreveram os analistas do Itaú BBA em relatório.
Leia Também
Inadimplência e crescimento da carteira de crédito preocupam
O Itaú BBA estima que a inadimplência no Nubank vai continuar subindo rápido, o que pode forçar a empresa a desacelerar o crescimento da carteira de crédito.
No primeiro trimestre, as dívidas vencidas há mais de 90 dias subiram 0,7 ponto porcentual na comparação com o período anterior, chegando a 4,2%.
Ao mesmo tempo, os empréstimos pessoais cresceram R$ 1,7 bilhões apenas entre janeiro e março, mais que diversos bancos tradicionais.
“Esse ritmo rápido provavelmente irá impulsionar a inadimplência, na nossa visão”, disse o Itaú BBA.
De acordo com o banco, o Nubank minimiza o risco argumentando que apenas os melhores clientes - cerca de um terço dos que possuem cartão de crédito - são elegíveis a empréstimos pessoais.
“O tempo pode mostrar que eles estão certos, mas nós não podemos mas não podemos conciliar a seletividade reivindicada com esse ritmo de crescimento tendo em vista a queda da renda real disponível do Brasil”, disse o Itaú BBA.
Novas funções no app do Nubank elevam risco
Os analistas também avaliam que novas funcionalidades de crédito dentro do aplicativo do Nubank podem deteriorar a carteira.
O Itaú BBA notou uma alta do parcelamento com juros. O cliente Nubank pode pagar uma conta de consumo (luz, gás, água) com o cartão de crédito com juros.
Também está disponível o parcelamento de compras específicas tanto no débito quanto no crédito, além do financiamento da própria fatura no Nubank usando o limite do cartão.
“Reconhecemos o benefício para a receita líquida de juros do Nubank e para os clientes, trazendo mais flexibilidade para pagar as contas. Mas essas funcionalidades podem também estar criando um risco significativo de inadimplência a médio prazo, em nossa opinião”, avaliam os analistas.
Leia também:
- Nubank (NUBR33) amplia oferta de investimentos no app; confira as novas opções, que começam a partir de R$ 1,00
- O Nubank (NUBR33) já sofreu o bastante na bolsa? O BTG acha que sim. Saiba se chegou a hora de comprar a ação
- Nubank volta a despencar, renova mínima histórica e já vale 1/3 do Itaú
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
