Ibovespa acompanha otimismo com um fim para o conflito na Ucrânia e sobe mais de 1%; dólar vai a R$ 4,75
As sinalizações de que um acordo de paz pode ser firmado em breve fizeram com que a bolsa brasileira acompanhasse o mercado internacional nesta terça-feira (29)
As negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia caminham a passos lentos, mas as conversas diplomáticas parecem estar finalmente chegando a algum lugar.
Nesta manhã, o Ministério da Defesa russo deu novas esperanças ao mercado financeiro ao afirmar que é possível que os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, se encontrem para a assinatura de um tratado entre os dois países.
Para mostrar satisfação com o andamento das negociações, o ministro russo também afirmou que o país irá reduzir drasticamente a ofensiva militar nas regiões de Kiev e Chernigov – uma informação contestada tanto pelo governo ucraniano quanto pela Casa Branca.
O avanço nas tratativas de paz alimentaram o apetite por risco nesta terça-feira (29). O fim do conflito militar significa não só a redução do sofrimento humano, mas também uma menor pressão inflacionária advinda da elevação do preço do petróleo.
Nos Estados Unidos, a alta do pregão de hoje foi puxada pelas empresas de tecnologia. Já na B3, foi o varejo que respondeu melhor à mudança de cenário na bolsa.
Com uma inflação menor, a expectativa é que os bancos centrais globais não acelerem o aperto monetário previsto para este ano. Aqui no Brasil, os investidores seguem repercutindo a sinalização dada pelo presidente do BC, Roberto Campos Netos, de que o ciclo de alta da Selic não irá além dos 12,75%.
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Com o mercado de juros em queda, as empresas do setor de consumo ajudaram a levar o Ibovespa a uma alta de 1,07%, aos 120.014 pontos, maior nível desde agosto do ano passado. O dólar à vista teve um comportamento mais comedido e recuou 0,31%, a R$ 4,7578. Confira o comportamento dos principais vencimentos da curva de juros:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | FEC |
| DI1F23 | DI jan/23 | 12,70% | 12,73% |
| DI1F25 | DI Jan/25 | 11,30% | 11,41% |
| DI1F26 | DI Jan/26 | 11,14% | 11,25% |
| DI1F27 | DI Jan/27 | 11,17% | 11,26% |
Mudanças na Petrobras
Na noite de ontem, o Ministério de Minas e Energia confirmou a intenção de substituir o general Joaquim Silva e Luna no comando da Petrobras. O nome escolhido foi Adriano Pires, atual diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura e consultor de empresas do setor de energia elétrica, petróleo, gás natural e biocombustíveis.
A nova intervenção do governo na gestão da estatal não agrada o mercado, mas a escolha de um nome pró-mercado alivia os temores de que a intenção seja mudar a política de preços atualmente em vigor na companhia.
Apesar da queda de 1,69% no preço do barril de petróleo Brent – utilizado como referência global – e da nuvem de instabilidade com a nova troca de gestão, a Petrobras (PETR4) fechou o dia em alta de mais de 2%.
Sobe e desce do Ibovespa
As empresas que melhor surfaram a melhora de cenário foram as do setor de consumo. Com a queda dos juros futuros e a perspectiva de menos pressão inflacionária com o potencial encerramento da guerra, as varejistas correram atrás do prejuízo dos últimos meses e ficaram com os melhores desempenhos da sessão. Confira as maiores altas do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| VIIA3 | Via ON | R$ 4,27 | 8,38% |
| AMER3 | Americanas S.A | R$ 34,61 | 8,29% |
| MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 6,99 | 8,04% |
| POSI3 | Positivo Tecnologia ON | R$ 9,32 | 7,13% |
| NTCO3 | Natura ON | R$ 26,99 | 5,64% |
O setor de mineração e siderurgia sentiu o impacto da queda do minério na China e também as preocupações com os impactos dos novos lockdowns decretados no país. Confira também as maiores quedas:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| CYRE3 | Cyrela ON | R$ 18,00 | -2,91% |
| BRAP4 | Bradespar PN | R$ 32,92 | -2,14% |
| GGBR4 | Gerdau PN | R$ 30,09 | -2,02% |
| TIMS3 | Tim ON | R$ 13,60 | -1,74% |
| GOAU4 | Metalúrgica Gerdau PN | R$ 12,08 | -1,71% |
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