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Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

FECHAMENTO DO DIA

Alta dos combustíveis pressiona inflação e Ibovespa recua mais de 2% na semana; dólar vai a R$ 5,05

A guerra na Ucrânia gera temores de que a inflação avance ainda mais em 2022, dificultando o cenário para a bolsa e obrigando o Banco Central a ser mais agressivo

Jasmine Olga
Jasmine Olga
11 de março de 2022
19:37 - atualizado às 21:49
Escudo dragão
Imagem: Shutterstock

Em inúmeras obras de fantasia, dragões são retratados como animais guerreiros, mágicos e quase invencíveis, capazes de mudar a história de uma guerra (e do Ibovespa).

Na nossa realidade, os dragões não estão na linha de frente do combate ou são guardados como uma arma secreta de um dos lados do conflito. Na realidade, eles aparecem como um efeito colateral, espalhados ao redor do mundo. 

A invasão da Ucrânia levou grande parte dos países ocidentais a aplicarem pesadas sanções econômicas contra a Rússia, incluindo às suas commodities energéticas, mas o efeito da guerra é global.

Diversos setores podem sofrer com o aumento de preços ou escassez de matéria-prima no longo prazo, mas quem chama mesmo a atenção e leva as projeções de inflação para as alturas é o petróleo. 

Ao longo desta semana, vimos o barril da commodity ultrapassar a casa dos US$ 130 com a restrição dos Estados Unidos ao óleo russo, mas os ruídos em torno de possíveis negociações entre os governos de Moscou e Kiev trouxeram volatilidade aos preços, e o Brent, utilizado como referência global, recuou 4% no período

O impacto para o preço nas bombas de combustíveis, no entanto, segue gigantesco e alimenta o dragão da inflação.

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Ontem, a Petrobras anunciou um reajuste amargo para os consumidores e que deve pesar ainda mais no indicador de preços dos próximos meses, em um momento em que o cenário ainda não é tranquilizador – o IPCA de fevereiro mostrou uma elevação de 1,01%, acima da expectativa dos analistas. 

Com a inflação fora de controle, aumentam as apostas de que o Banco Central precisará agir de forma mais agressiva.

Ao mesmo tempo, uma guerra prolongada e juros altos em um momento de grande fragilidade econômica tendem a ter efeitos negativos na atividade do país. O cenário não é nada animador e isso refletiu no resultado das bolsas hoje. 

Em Nova York, o Nasdaq recuou mais de 2%, com o S&P 500 e o Dow Jones em queda de 1,30% e 0,69%, respectivamente.

Por aqui, o temor de inflação se misturou com uma possível greve dos caminhoneiros, e o Ibovespa encerrou a sexta-feira em queda de 1,72%, aos 111.331 pontos, um recuo de 2,41% na semana.

O dólar à vista fechou em alta de 0,76%, a R$ 5,0541, mas caiu 0,48% na semana. No mercado de juros, todos os principais vencimentos tiveram uma alta expressiva. 

CÓDIGONOMEULT FEC 
DI1F23DI jan/2313,20%13,03%
DI1F25DI Jan/2512,58%12,22%
DI1F26DI Jan/2612,39%12,06%
DI1F27DI Jan/2712,37%12,04%

Um pacote de remédios

Nesta semana, o Senado aprovou dois pacotes que visam a limitar o impacto da elevação dos combustíveis, mas diante da incerteza da trajetória do petróleo, ainda é cedo para medir a influência exata das medidas no preço. Os projetos ainda precisam ser aprovados na Câmara. 

A Casa aprovou primeiramente o projeto que visa a criar uma conta de estabilização de preços dos combustíveis, com parcelas dos dividendos recebidos pela União e as receitas do pré-sal, e a criação de um auxílio para motoristas de baixa renda. 

De última hora, foi incluído no pacote uma medida que obriga a Petrobras a utilizar o lucro obtido em 2022 para amenizar os reajustes. O segundo texto aprovado diz respeito ao recolhimento do ICMS, arrecadado pelos Estados.

Atualizações do front

A guerra na Ucrânia segue, mas o mercado parece mais confiante de que o conflito não terá vida longa ou se transformará em uma potencial terceira guerra mundial, ainda que os efeitos sobre a economia global sigam crescendo. 

Ao longo desta semana, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky se mostrou mais disposto a negociar um acordo de paz com a Rússia e um status neutro para a Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), mas pouco progresso foi visto desde então. 

Hoje, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que houve avanços nas negociações que buscam uma solução diplomática para o conflito no país vizinho, mas sem esclarecer os detalhes. Ao ser questionado sobre os impactos das sanções ocidentais, Putin afirmou que será possível superar as dificuldades. 

A declaração russa, no entanto, foi desmentida pelo ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba. O porta-voz afirmou que não houve progresso nas conversas.

Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU) disse que há chances de uso de armas químicas e biológicas por parte dos russos.

Enquanto um acordo não é firmado, a Rússia continua sentindo o efeito das sanções econômicas aplicadas pelo Ocidente. Hoje, novas medidas foram adotadas pelos Estados Unidos e demais países da Europa, visando principalmente a elite russa. 

Sobe e desce do Ibovespa

As empresas que mais recuaram nesta semana sofrem diretamente com o impacto da elevação do custo do petróleo e o avanço significativo da inflação e dos juros futuros. Confira as maiores quedas do período:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO SEMANAL
EMBR3Embraer ONR$ 13,18-19,78%
AMER3Americanas S.AR$ 24,88-17,31%
AZUL4Azul PNR$ 18,87-13,56%
PRIO3PetroRio ONR$ 24,91-11,67%
UGPA3Ultrapar ONR$ 12,33-11,55%

Confira as maiores altas da semana na bolsa:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO SEMANAL
QUAL3Qualicorp ONR$ 14,6511,15%
SUZB3Suzano ONR$ 61,086,54%
SANB11Santander Brasil unitsR$ 32,335,76%
KLBN11Klabin unitsR$ 25,585,18%
CCRO3CCR ONR$ 11,894,57%

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