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Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana come margem de grandes empresas e derruba bolsas globais; Ibovespa cai mais de 2% e dólar cola em R$ 5

Com inflação pressionando e China voltando a fechar cidades, o Ibovespa caiu menos que as bolsas em Wall Street, mas ainda assim amargou fortes perdas

Jasmine Olga
Jasmine Olga
18 de maio de 2022
18:30 - atualizado às 18:54
Estátua da Liberdade Assustada Cifrão Foguete v4 inflação
Imagem: Montagem Andrei Morais/Shutterstock

Foram alguns anos na geladeira antes de voltar a brilhar nos principais palcos – não importa se estamos falando de Brasil, China, Europa ou Estados Unidos, por onde ela passa o efeito tende a ser devastador. Até mesmo no Ibovespa.

Ela não ressurgiu como protagonista, muito pelo contrário. Quando a pandemia do coronavírus estourou e trouxe pânico aos mercados, ela era uma mera figurante. 

A covid-19 trouxe entraves das cadeias de produção, consumo reprimido de bens e serviços e retração da renda da população, elementos suficientes para transformar a  inflação em grande protagonista indesejada do mercado financeiro global. 

Depois dela, as idas ao mercado ou ao shopping não são mais as mesmas e todos os sinais apontam para a existência de mais vítimas, como a margem de lucro das grandes empresas. 

Alimentada pelos trilhões de dólares injetados na economia com patrocínio dos bancos centrais,  ela se tornou a vilã da história e já começa a evoluir para novos papéis, mas atendendo por novo nome – estagflação, o terror dos banqueiros centrais.  

Nos Estados Unidos, os principais índices apresentaram perdas da ordem de 4% após uma série de balanços corporativos indicarem que grandes corporações estão tendo dificuldades para crescer com o atual patamar da pressão inflacionária. 

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No mundo desenvolvido, a desaceleração do crescimento das empresas mostra que a dose errada de remédio contra a alta dos preços pode jogar os países em recessão. 

Ao mesmo tempo, uma inflação acima de 2% por um período tão prolongado está fora de cogitação. Más notícias para o Federal Reserve, que cada vez mais se vê tendo que lutar duas batalhas ao mesmo tempo. 

Do outro lado do mundo, na China, a notícia de novas restrições impostas pelo coronavírus amargaram ainda mais o humor dos investidores, derrubando a cotação do minério de ferro e do dólar. 

O Banco Central brasileiro se adiantou e começou a agir contra a inflação antes mesmo que ela voltasse a chamar a atenção dos demais críticos – o que dá alguma vantagem ao Ibovespa. O principal índice da bolsa brasileira teve uma queda mais limitada e recuou 2,34%, aos 106.267 pontos. O dólar à vista voltou a se aproximar da casa dos R$ 5 e subiu 0,80%, a R$ 4,9826. 

Varejo sofredor

A temporada de balanços está chegando ao fim, mas ela não irá se encerrar sem um estrondo. Nos Estados Unidos,  a safra de resultados das varejistas amargou ainda mais o humor já deteriorado do mercado. 

A alta da inflação, um temor recorrente nos últimos meses, fez mais uma vítima -- o lucro de grandes empresas varejistas. 

A rede Target caiu mais de 26% e foi seguida por mais empresas do setor, como a gigante Walmart. Na visão dos investidores e analistas, os números reportados pelas companhias foram duramente afetados pela alta dos preços e o repasse para os consumidores ocorre de forma limitada, deteriorando as margens de lucro. 

Com o crescimento prejudicado das companhias e a perspectiva de aperto monetário batendo na porta, o temor de uma estagflação cresce entre os agentes do mercado. 

Nos Estados Unidos, o cenário levou a mais um dia de fortes perdas, só comparável aos piores momentos da crise do coronavírus. 

O Dow Jones teve o seu pior desempenho desde junho de 2020 ao cair 3,57%. O S&P 500 e o Nasdaq recuaram ainda mais, em quedas de 4,04% e 4,73%, respectivamente. O resultado também pode ser sentido no Ibovespa.

Sobe e desce do Ibovespa

A aversão ao risco que tomou conta do mercado ao longo do dia parece não ter afetado a Locaweb. A companhia estendeu os ganhos expressivos da véspera e emplacou mais um dia na liderança do Ibovespa. 

Segundo a Agência Bovespa, um acionista da companhia se desfez de 4,94% do capital total da empresa – negociando cerca de 29,1 milhões de ações. A operação foi coordenada pelo Morgan Stanley, que informou que o vendedor desconhece informações relevantes desconhecidas sobre a empresa e que não faz parte do bloco controlador ou de qualquer órgão envolvido no processo de gestão da companhia. 

Outro destaque positivo foram as ações da Hapvida, que apanharam na sessão de ontem. A gestão da companhia aproveitou a forte queda para ampliar o programa de recompra de ações da empresa, que agora é quatro vezes maior do que o inicialmente divulgado em outubro de 2021.

Menção também aos papéis da Ecorodovias. As ações reagiram positivamente à perspectiva de que a companhia ganhe a concessão da rodovia Rio-Valadares. Já o setor elétrico está na expectativa pela aprovação da privatização da Eletrobras e é tradicionalmente considerado um setor defensivo. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVAR
LWSA3Locaweb ONR$ 6,8215,99%
HAPV3Hapvida ONR$ 6,783,99%
ECOR3Ecorodovias ONR$ 6,322,27%
TAEE11Taesa unitsR$ 41,000,64%
ENEV3Eneva ONR$ 14,460,14%

A cautela que pressionou os mercados globais bateu mais forte nas ações que vinham acumulando ganhos expressivos nos últimos dias – como o Banco Inter. O setor de commodities também foi um destaque negativo relevante, repercutindo a queda do minério de ferro e a informação de que novos lockdowns foram decretados na China. Confira também as maiores quedas do Ibovespa:

CÓDIGONOMEVALORVAR
BIDI11Banco Inter unitR$ 14,32-8,62%
UGPA3Ultrapar ONR$ 13,29-7,71%
DXCO3Dexco ONR$ 11,79-6,43%
CSNA3CSN ONR$ 17,63-5,82%
EMBR3Embraer ONR$ 13,02-5,79%

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