S&P 500 ladeira abaixo: entenda por que as bolsas caíram nos EUA após dado sólido de emprego
O chamado payroll, como é conhecido o relatório de criação de vagas no país, trouxe a abertura de 428 mil postos de trabalho em abril — acima da projeção de 400 mil da Dow Jones. Já a taxa de desemprego se manteve em 3,6%, um patamar historicamente baixo.

O S&P 500 seguiu ladeira abaixo nesta sexta-feira (06) e levou com ele o Dow Jones e o Nasdaq. O motivo? Os investidores continuam temendo um aperto monetário mais agressivo que lance a economia norte-americana em uma recessão.
Na sessão de hoje, o dado de emprego dos EUA deu o empurrão para a queda dos índices em Nova York no dia e na semana.
O chamado payroll, como é conhecido o relatório de criação de vagas no país, trouxe a abertura de 428 mil postos de trabalho em abril — acima da projeção de 400 mil da Dow Jones. Já a taxa de desemprego se manteve em 3,6%, um patamar historicamente baixo.
Geralmente, números sólidos do mercado de trabalho significam que a economia tem condições de se recuperar de uma crise, a exemplo da provocada pela pandemia de covid-19.
Mas, no caso dos EUA, uma forte criação de vagas quer dizer que o banco central norte-americano tem quase um passe livre para elevar os juros em busca de conter a inflação.
Isso porque lá, o Congresso determinou que o mandato do Federal Reserve (Fed) é o pleno emprego e a estabilidade de preços em 2% ao ano. Com o mercado de trabalho aquecido, a tarefa do Fed agora é colocar a inflação nos trilhos. Para isso, a saída é elevar os juros.
Leia Também
Confira a variação e a pontuação dos principais índices de ações dos EUA:
- Dow Jones: -0,29%, 32.90,1,08 pontos
- S&P 500: -0,56%, 4.123,64 pontos
- Nasdaq: -1,40%, 12.144,66 pontos
- SIGA A GENTE NO INSTAGRAM: análises de mercado, insights de investimentos e notícias exclusivas sobre finanças
S&P 500 no segundo pior dia do ano
O movimento de baixa desta sexta-feira em Wall Street acompanha a queda acentuada do dia anterior. Ontem, o Dow Jones perdeu mais de 1.000 pontos e o Nasdaq caiu quase 5% — ambos registraram suas piores quedas em um único dia desde 2020. Já o S&P 500 caiu 3,56%, seu segundo pior dia do ano.
As perdas de quinta-feira (05) apagaram o grande rali pós-reunião do Federal Reserve na quarta-feira (04), quando o presidente do Fed, Jerome Powell, descartou aumentos mais agressivos dos juros. Na ocasião, o S&P 500 e o Dow Jones tiveram os maiores ganhos diários desde 2020.
A euforia, no entanto, durou pouco. Desde ontem o mercado passou a temer as condições financeiras mais apertadas que os aumentos previstos de 0,50 ponto percentual (pp) na taxa básica podem provocar — uma preocupação que ganhou força com o dado de emprego de hoje.
Os movimentos no mercado de dívida desta sexta-feira (06) também impactaram as ações nesta sexta-feira. Os juros projetados pelos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos subiram para 3,13% pela primeira vez desde 2018.
Inflação acelerada também assombra a Europa
Os mercados europeus também recuaram nesta sexta-feira, acompanhando a cautela global depois que Wall Street registrou na quinta-feira (05) seu pior dia desde 2020.
O pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,6%, com as ações de varejo recuando 2% e quase todos os setores em território negativo. Petróleo e gás esteve entre as poucas exceções positivas, com alta de 0,7%.
- Londres: -1,54%
- Paris: -1,73%
- Frankfurt: -1,64%
Embora o Banco Central Europeu (BCE) ainda não tenha subido os juros na zona do euro, a política monetária ditou o ritmo do mercado no velho continente.
Ontem, o Banco da Inglaterra (BoE) elevou a taxa básica em 0,25 pp, para 1% ao ano, no quarto aumento dos juros seguido. A autoridade monetária também previu que a economia britânica entrará em recessão em 2023.
Hoje, o membro do BCE e presidente do Banco da Finlândia, Olli Rehn, disse à CNBC que a turbulência do mercado pode ser atribuída à “incerteza generalizada” que está ofuscando as perspectivas econômicas.
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)