Ressaca pós-Fed: S&P 500, Nasdaq e Dow Jones tem pior dia do ano; entenda o movimento das bolsas nos EUA
O jogo virou na sessão desta quinta-feira (05), com a eurforia por um aperto monetário menos agressivo cedendo lugar para preocupações com as condições financeiras mais restritivas nos mercados

O mercado de ações norte-americano enfrentou uma ressaca daquelas nesta quinta-feira (05) — que deixou a euforia do dia anterior apenas como uma lembrança. O S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones tiveram hoje o seu pior dia do ano na esteira da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed).
Na quarta-feira (04), o banco central norte-americano anunciou um aumento de 0,50 ponto percentual (pp) da taxa de juros, que passou para a faixa entre 0,75% e 1,00% ao ano — a maior elevação em mais de duas décadas.
Na ocasião, os investidores não se assustaram com o aumento da dose do aperto monetário — a alta de março, a primeira desde 2018, foi menor, de 0,25 pp.
Ontem, o mercado preferiu se ater às declarações do presidente do Fed, Jerome Powell. Ele afastou a possibilidade de um aperto monetário ainda mais agressivo, de 0,75 pp ou mais, e demonstrou confiança na estabilização da inflação nos EUA.
Segundo analistas, a reação de hoje veio depois que os investidores passaram a avaliar que as condições do mercado ficarão ainda mais restritas com a perspectiva de novas elevações de juros de 0,50 pp pelo Fed, indicadas ontem por Powell.
Confira a variação e a pontuação dos principais índices de ações dos EUA:
Leia Também
- Dow Jones: -3,11%, 33.00,1,33 pontos
- S&P 500: -3,55%, 4.147,69 pontos
- Nasdaq: -4,99%, 12.317,69 pontos
SIGA A GENTE NO INSTAGRAM: análises de mercado, insights de investimentos e notícias exclusivas sobre finanças
Parece que o jogo virou…
Mas ao que tudo indica, o jogo virou nesta quinta-feira (05). As ações sofreram seu pior dia do ano, apagando completamente os ganhos da sessão anterior em uma reversão impressionante que aprofundou as perdas do mercado em 2022.
O setor de tecnologia foi o mais castigado, com uma queda de mais de 7% da Amazon, seguida de fortes perdas da Meta (dona do Facebook), da Alphabet (dona do Google), da Apple e da Microsoft.
O aumento da taxa básica pode pressionar as ações de tecnologia orientadas para o crescimento, pois tornam os lucros futuros menos atraentes para os investidores.
Nessa onda, os juros projetados pelos títulos de dívida de referência de dez anos do Tesouro dos EUA chegaram a saltar a 3,1% — o nível mais alto desde novembro de 2018.
S&P 500 cai, e as bolsas na Europa?
Assim como o S&P 500, os mercados europeus fecharam em baixa nesta quinta-feira, apesar de permanecerem em alta durante grande parte do pregão. A exceção foi Londres, que conseguiu sustentar os ganhos até o final do dia.
O índice pan-europeu Stoxx 600 terminou em queda de 0,8%, com as ações de viagens perdendo mais de 3,6% e as ações de seguros caindo 2,8%.
- Londres:+0,13%
- Paris: -0,43%
- Frankfurt: -0,49%
Os investidores na Europa também digeriram a decisão do Fed e suas repercussões sobre a economia e os mercados, mas o foco no velho continente foi no Banco da Inglaterra (BoE).
O BoE elevou a taxa de juros para o nível mais alto em 13 anos em uma tentativa de combater a inflação que não dá tréguas.
O Comitê de Política Monetária do BoE aprovou um aumento de 0,25 pp por maioria, elevando a taxa básica de juros para 1%. A autoridade monetária disse que os três dissidentes preferiam elevar os juros em 0,5 ponto percentual, para 1,25%.
Nubank (ROXO34) anuncia saída de Youssef Lahrech da presidência e David Vélez deve ficar cada vez mais em cima da operação
Lahrech deixa as posições após cerca de cinco anos na diretoria da fintech. Com a saída, quem assumirá essas funções daqui para frente será o fundador e CEO do Nu
Só pra contrariar: Ibovespa parte dos 140 mil pontos pela primeira vez na história em dia de petróleo e minério de ferro em alta
Agenda vazia deixa o Ibovespa a reboque do noticiário, mas existe espaço para a bolsa subir ainda mais?
Ibovespa está batendo recordes por causa de ‘migalhas’? O que está por trás do desempenho do índice e o que esperar agora
O otimismo com emergentes e a desaceleração nos EUA puxam o Ibovespa para cima — mas até quando essa maré vai durar?
Méliuz avalia listagem nos EUA para ampliar acesso a investidores estrangeiros; entenda os próximos passos da empresa
Objetivo é aumentar a visibilidade das ações e abrir espaço para eventuais operações financeiras nos EUA, segundo a empresa
Robotáxis da Tesla já têm data de estreia; Elon Musk promete milhões de carros autônomos nas ruas até 2026
CEO da Tesla confirma entrega de mil robotáxis até o fim de junho e quer competir com os principais apps de transporte por meio de um modelo próprio
Nem a Chanel escapou: lucro cai com a crise do luxo, mas preços (ainda) não devem ser afetados
Vendas caíram especialmente na China e região, que são responsáveis por metade da receita da marca francesa
Ação de gigante chinesa de baterias para veículos elétricos dispara 16% em estreia na bolsa de Hong Kong, após maior IPO do ano
A CATL pretende usar grande parte dos US$ 4,6 bilhões levantados com o IPO para construir uma fábrica na Hungria e se aproximar de principais clientes europeus
BTG corta preço-alvo da Petrobras (PETR4) em R$ 14 e mira nova petroleira; veja motivos e oportunidades
Queda no preço do petróleo pressiona Petrobras, mas analistas ainda enxergam potencial de valorização
Trump sem o apoio de Elon Musk em 2028? Bilionário diz que vai reduzir gastos com doações para campanhas eleitorais
O CEO da Tesla foi o principal apoiador da campanha eleitoral de Donald Trump em 2024, mas ele avalia que já fez “o suficiente”
Adiós, turistas: Espanha bloqueia 65 mil Airbnbs, em meio à crise de moradia
Decisão do governo espanhol se encaixa em um contexto de crise de moradia no país e luta contra o turismo de massa
Onde investir na bolsa em meio ao sobe e desce do dólar? XP revela duas carteiras de ações para lucrar com a volatilidade do câmbio
Confira as ações recomendadas pelos analistas para surfar as oscilações do dólar e proteger sua carteira em meio ao sobe e desce da moeda
Ação da Smart Fit (SMFT3) pode ficar ainda mais “bombada”: BTG eleva preço-alvo dos papéis e revela o que está por trás do otimismo
Os analistas mantiveram recomendação de compra e elevaram o preço-alvo de R$ 27,00 para R$ 28,00 para os próximos 12 meses
Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China
Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial
Entre a frustração com o Banco do Brasil (BBAS3) e a surpresa com o Bradesco (BBDC4): quem brilhou e decepcionou nos resultados dos bancos do 1T25?
Depois dos resultados dos grandes bancos, chegou a hora de saber: o que os analistas estão recomendando para a carteira de ações?
Felipe Miranda: A bifurcação de 2026
Há uma clara bifurcação em 2026, independentemente de quem for eleito. Se fizermos o ajuste fiscal, então será o cenário bom. E se não fizermos o ajuste nos gastos, o Brasil quebra
Méliuz (CASH3) avalia captar recursos via dívida e oferta de ações de R$ 150 milhões para investir em bitcoin (BTC)
Companhia aprovou, na semana passada, mudança no estatuto social para passar a adotar a criptomoeda como principal ativo de investimento da sua tesouraria
Bitcoin (BTC) à beira de novo recorde: criptomoeda flerta com US$ 107 mil em meio à reação ao rebaixamento do rating dos EUA
Semana começa agitada para o mercado de criptomoedas, com alta volatilidade. Mas, por enquanto, o saldo é positivo para o bitcoin, e especialistas já enxergam novas máximas
Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, libera compra de bitcoin para clientes, mas se mantém crítico e compara BTC a cigarro
Com um longo histórico de ceticismo, Jamie Dimon afirmou que o JP Morgan permitirá a compra de bitcoin, mas sem custodiar os ativos: “Vamos apenas colocar nos extratos dos clientes”
Se nem os EUA ‘se salvaram’, quem resta? Os países que ainda são ‘triple A’ — e por que essa lista só tem diminuído desde 2008
Após mais de uma década sob pressão, os Estados Unidos perdem o topo da classificação de risco da Moody’s e se juntam a outros rebaixados ilustres
JP Morgan aumenta a aposta em ações de mercados emergentes com trégua tarifária entre EUA e China; veja quais países foram escolhidos pelo banco
Embora a melhora na relação entre EUA e China não signifique o fim da briga, o pior já ficou para trás, segundo o JP Morgan