Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais tentam se recuperar do susto com Pelosi em Taiwan, mas cautela predomina; Ibovespa segue de olho em balanços
O índice local acompanha a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento nesta quarta-feira

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) encontra-se na reta final de um ciclo de aperto monetário que retirou a taxa Selic de sua mínima histórica (2,00% ao ano) em março do ano passado para 13,25% agora. Naturalmente, o impacto nos negócios — especialmente na bolsa local e na renda fixa — foi sentido pelos investidores.
A expectativa majoritária entre os analistas é de que a autoridade monetária brasileira eleve a taxa básica de juro a 13,75% ao ano no anúncio previsto para hoje, depois do fechamento do mercado.
Mas a dúvida que permanece é se o BC encontrará nos 13,75% o pico de sua escalada do Monte Selic ou se precisará ir além das nuvens que dificultam a visibilidade lá em cima.
Parte dos agentes do mercado especula sobre a possibilidade de uma postura mais cautelosa do Copom agora que o juro está lá em cima, com um ajuste de menor intensidade, para 13,50%.
De qualquer modo, a mais recente edição da pesquisa Focus mostra um número crescente de analistas trabalhando com a hipótese de a taxa Selic chegar ao fim de 2022 a 14,00% ao ano.
Ou seja, um número cada vez maior de analistas desconfia que a equipe de escalada monetária de Roberto Campos Neto, presidente do BC, ainda precisa avançar mais alguns metros — ou pontos-base — para chegar ao fim do atual ciclo de aperto.
Leia Também
E enquanto espera-se que os investidores façam hoje os últimos ajustes a suas apostas, o Ibovespa deve ficar em grande medida a reboque dos mercados internacionais e dos resultados corporativos.
Na véspera, o principal índice da bolsa brasileira fechou em alta de 1,1%, de volta aos 103 mil pontos. Na contramão das bolsas estrangeiras, o Ibovespa foi impulsionado pelo desempenho da Vale.
Por falar no exterior, os investidores por lá acompanham a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan. A preocupação com uma possível escalada de tensões entre a China continental e os EUA derrubou os índices lá fora.
Confira o que movimenta a bolsa, o dólar e o Ibovespa nesta quarta-feira (03):
Bolsas se recuperam de Pelosi em Taiwan
A presença de Pelosi em Taiwan acirrou ainda mais a tensão entre os Estados Unidos e a China. Observadores tentam agora antecipar os próximos passos de Pequim em sua disputa geopolítica com Washington.
Começando pelas bolsas da Ásia e Pacífico, os investidores por lá não conseguiram reverter as perdas da abertura. Dessa maneira, os índices encerraram os negócios em queda.
Enquanto isso, os investidores do Velho Continente tentam reverter as perdas do dia anterior. As bolsas na Europa sobem de maneira tímida, de olho nos desdobramentos da viagem de Pelosi.
Por fim, os futuros de Nova York abriram em alta mais firme, tentando reverter as perdas da sessão anterior. Ainda hoje, os números do índice do gerente de compras (PMI, em inglês) dos Estados Unidos devem movimentar o exterior.
Ibovespa: nova safra de dividendos vem ai
Enquanto isso, o mercado local deve repercutir resultados corporativos como o da Cielo (CIEL3). A empresa de maquininhas de pagamento registrou aumento de mais de 250% no líquido do segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior.
A Cielo aproveitou seu melhor resultado desde o último trimestre de 2018 para anunciar a distribuição de mais de R$ 220 milhões em dividendos.
Corrida eleitoral
O dado mais importante do dia é o PMI composto e de serviços em julho. Assim, a bolsa local fica livre para acompanhar as disputas políticas antes do início oficial da campanha eleitoral.
O atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), disse que "a princípio" a ideia é comparecer aos debates eleitorais. Em entrevista ao SBT na noite de ontem (02), o chefe do Executivo afirmou que pretende “a política tudo é dinâmico".
Ele garantiu que a decisão não depende da presença de seu maior rival na disputa, o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
Problemas para 2023
Na mesma entrevista, o presidente da República ainda afirmou que o piso do Auxílio Brasil em R$ 600 só deve continuar no ano que vem com uma nova PEC. De acordo com Bolsonaro, os detalhes foram acertados com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e auxiliares da pasta.
Até mesmo seu principal rival e líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também prometeu a manutenção do benefício, que só foi possível em 2022 graças à instauração do estado de emergência.
Agenda do dia
- OCDE: Índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) do grupo (7h)
- Brasil: S&P Global divulga o PMI composto e de serviços de julho (10h)
- Estados Unidos: S&P Global divulga o PMI composto e de serviços em julho (10h45)
- Estados Unidos: ISM divulga o PMI de serviços em julho (11h)
- Banco Central: O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, participa do painel "Transição energética: crédito de carbono e demais inovações", na XP Expert (14h)
- Banco Central: Fluxo cambial em junho (14h30)
- Ministério da Economia: O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa do painel "Reformas estruturais e o caminho para o crescimento" na XP Expert (17h15)
- Banco Central: Decisão do Copom sobre a Selic (após 18h30)
- Opep: Reunião ministerial (o dia todo)
Balanços do dia que mexem com a bolsa
Antes da abertura:
- Commerzbank (Alemanha)
- Moderna (EUA)
- Gerdau (Brasil)
Após o fechamento:
- Petrorio (Brasil)
- Totvs (Brasil)
- Ultrapar (Brasil)
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje