Esquenta dos mercados: Investidores recolhem os cacos da Super Quarta com bolsas internacionais em queda; Ibovespa reage ao Datafolha
Os investidores reagem hoje aos PMIs de grandes economias, como Zona do Euro, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos
A viagem no tempo é um dos temas mais explorados da ficção científica. E enquanto os cientistas se debruçam sobre as teorias que possibilitam deslocamentos no tempo-espaço, inúmeras viagens do gênero são tentadas diariamente nas bolsas de valores ao redor do mundo.
Com muita frequência, o preço observado hoje na tela do terminal reflete as expectativas futuras em relação ao desempenho de uma empresa específica, de um setor ou até mesmo da conjuntura econômica.
É claro que esse exercício envolve acertos e erros.
Entretanto, não é de hoje que a bola de cristal dos investidores adverte que um movimento agressivo de aperto monetário iniciado com o objetivo de fazer frente à inflação acarreta o risco de provocar uma recessão econômica global.
Nos últimos dias, falamos muito da Super Quarta dos bancos centrais. Mas o que pesa hoje nos mercados financeiros é o efeito de uma verdadeira Super Semana.
Não foram apenas os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos que se posicionaram nesses dias. Houve ações de política monetária ou intervenção cambial na Inglaterra, no Japão e em diversos outros países. Até mesmo a quase sempre estável Suíça elevou sua taxa de juro pela primeira vez em 15 anos.
Leia Também
O objetivo principal é deter a alta dos preços. Em alguns casos, a qualquer custo. A má notícia é que a chance de que um erro na dose do remédio acabe por prejudicar ainda mais o paciente aumentou.
De qualquer modo, os investidores continuam a ajustar suas posições em bolsa e em ativos de risco nesta sexta-feira (23). No cardápio do dia, os índices de gerentes de compras (PMI, em inglês) de grandes economias dão o tom dos negócios.
Por aqui, o Ibovespa acompanha os desdobramentos da mais nova pesquisa Datafolha, que amplia as chances de vitória no primeiro turno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
E por mais um dia o Ibovespa se distanciou das bolsas internacionais e caminhou com as próprias pernas, encerrando o pregão em alta de 1,91%, aos 114.070 pontos.
Acompanhando o forte alívio na curva de juros, o dólar à vista encerrou o dia em queda de 1,13%, a R$ 5,1143.
Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta sexta-feira:
Recessão é o nome do jogo
A avaliação supracitada sobre os perigos de uma recessão global é de Steve Hanke, professor de economia aplicada da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Segundo ele, a chance de que a economia norte-americana entre em recessão em algum momento dos próximos 12 meses é agora de 80%.
Numa entrevista à CNBC, Hanke diz que os diretores do Fed procuraram as causas da inflação em todos os lugares, menos no clássico excesso de dinheiro em circulação.
Seja como for, esse elevado risco de recessão - não apenas nos Estados Unidos, mas em outras partes do globo — está por trás do mau desempenho dos ativos de risco na semana que se encerra hoje.
As bolsas pelo mundo hoje
Os mercados financeiros da Ásia e Pacífico fecharam em queda generalizada. Na Europa, as ações entraram em queda de mais de 1% após o PMI da Zona do Euro, Alemanha e Reino Unido — e o euro parece ter perdido de vez a capacidade de ao menos acompanhar a cotação do dólar. Em Wall Street, os índices futuros de Nova York também estão no vermelho.
Hoje, a agenda econômica pouco ou nada contribui para alterar esse cenário.
9 dias para as eleições — e o Ibovespa acompanha
Enquanto isso, os investidores estão de olho na reta final das eleições presidenciais no Brasil. A nova rodada do Datafolha mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abrindo 14 pontos percentuais de vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com a pesquisa, Lula teria recuperado a faixa de 50% de votos válidos e tem chance de encerrar a corrida eleitoral já no primeiro turno.
O Seu Dinheiro está produzindo uma série de matérias especiais sobre as eleições e a nossa repórter Julia Wiltgen escreve hoje sobre as propostas dos candidatos para os endividados. Confira as propostas para os inadimplentes.
Bolsa hoje: agenda do dia
- Alemanha: PMI Composto, industrial e de serviços (4h30)
- Zona do Euro: PMI Composto, industrial e de serviços (5h)
- Reino Unido: PMI Composto, industrial e de serviços (5h30)
- Estados Unidos: PMI Composto, industrial e de serviços (10h45)
- Estados Unidos: Presidente do Fed, Jerome Powell, vice-presidente do Fed, Lael Brainard, e diretora do Fed, Michelle Bowman, participam do “Fed Listens: Transitioning to the Post-pandemic Economy” (15h)
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
