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Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

FECHAMENTO DO DIA

Ibovespa ignora cautela pós-Fed e sobe quase 2%; dólar cai a R$ 5,11

Os investidores brasileiros ignoraram os sinais emitidos pelo Banco Central e seguem apostando em juros mais baixos em 2023

Jasmine Olga
Jasmine Olga
22 de setembro de 2022
18:39 - atualizado às 18:41
Mão segurando bússola de cima, no chão uma seta aponta para direita/cima
Imagem: Shutterstock

Apesar de nas últimas semanas o presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, ter descartado um corte antecipado na taxa de juros, e o comunicado da última decisão de política monetária do BC ter indicado que a inflação ainda é um inimigo forte, os investidores tiveram um pós-Copom animado. 

Ignorando a cautela que pesou sobre Wall Street, ainda na ressaca da nova escalada de juros promovida pelo Federal Reserve, o mercado brasileiro seguiu antecipando uma queda da Selic já nos primeiros meses de 2023. 

Para alguns, a antecipação do BC brasileiro deve garantir que a inflação entre definitivamente em ritmo de desaceleração. Para outros, é preciso ficar atento aos aspectos artificiais que levaram os preços a apresentarem um recuo nas últimas semanas. 

Impulsionado pelo bom desempenho das empresas de mineração e siderurgia, o Ibovespa teve alta de 1,91%, aos 114.070 pontos. Acompanhando o forte alívio na curva de juros, o dólar à vista encerrou o dia em queda de 1,13%, a R$ 5,1143. 

CÓDIGONOMEULT FEC 
DI1F23DI jan/2313,68%13,75%
DI1F24DI jan/2412,77%13,15%
DI1F25DI Jan/2511,48%11,76%
DI1F26DI Jan/2611,24%11,45%
DI1F27DI Jan/2711,18%11,38%

Ressaca do Fed

Enquanto o mercado brasileiro digeriu bem a comunicação do Banco Central brasileiro, Wall Street teve mais um dia de perdas, ainda repercutindo a decisão do Federal Reserve, divulgada na tarde de ontem. 

O BC americano decidiu elevar a taxa básica de juros do país em 0,75 ponto percentual pela terceira vez consecutiva — e deixou claro que novos apertos monetários ainda estão no horizonte. Com a cautela predominando, o Nasdaq recuou 1,37%, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones tiveram quedas de 0,84% e 0,35%, respectivamente. 

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Seguindo com o movimento que tem sido tendência ao longo de toda a semana, o setor de educação teve mais um dia de destaque — ainda repercutindo a expectativa de que essas empresas sejam beneficiadas em caso de um novo mandato do PT, conforme indicam as pesquisas eleitorais. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
COGN3Cogna ONR$ 2,999,12%
YDUQ3Yduqs ONR$ 13,717,53%
QUAL3Qualicorp ONR$ 9,205,14%
SOMA3Grupo SomaR$ 14,125,14%
CSAN3Cosan ONR$ 19,174,53%

Apesar do forte alívio visto na curva de juros, os setores de consumo devolveram boa parte dos ganhos vistos no pregão anterior. Confira também as maiores quedas:

CÓDIGONOMEULTVAR
IRBR3IRB ONR$ 1,15-4,96%
MGLU3Magazine Luiza ONR$ 4,59-3,37%
CVCB3CVC ONR$ 6,99-2,65%
CASH3Meliuz ONR$ 1,21-2,42%
AMER3Americanas S.AR$ 17,20-1,77%

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