Esquenta dos mercados: feriado no Brasil dá pausa ao Ibovespa, mas bolsas no exterior aguardam decisão de juros do Fed em queda hoje
Os bloqueios nas estradas já começam a afetar o abastecimento de mercados e hospitais, em especial em pequenos centros urbanos
Diz o ditado que o bom trabalhador descansa carregando pedra. Bom, o investidor brasileiro, pode-se dizer, que também precisará ter costas fortes nesta quarta-feira (02). Afinal, o feriado de Finados mantém o Ibovespa fechado hoje, mas as bolsas no exterior e as reações à eleição de domingo continuam independentemente da pausa.
As manifestações a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começaram a perder vapor, mas ainda há interdições em alguns pontos do país.
Os bloqueios já começam a afetar o abastecimento de mercados e hospitais, em especial em pequenos centros urbanos. Vale ressaltar que as manifestações que pedem intervenção das forças armadas são ilegais — afinal, o processo eleitoral foi reconhecido imediatamente por vários países e representantes de governo assim que foi anunciada a vitória.
Quem esperava um pronunciamento de Bolsonaro para aliviar as tensões, ganhou dois minutos de discurso após mais de 40 horas de silêncio. O presidente apenas afirmou que os protestos eram justificados e pacíficos, mas lamentou atos que ele classificou como “tradicionais da esquerda”.
Seja como for, hoje é um dia importante para o exterior, com a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central estadunidense) sendo divulgada mais tarde. Assim, o investidor pode voltar seus olhos para as bolsas lá fora enquanto aguarda a resolução dos problemas locais até o próximo pregão.
Confira como anda o dia lá fora:
Leia Também
Bolsas sentem volatilidade no exterior
Começando pelo fechamento na Ásia e Pacífico, os investidores por lá não entregaram um único sinal às bolsas por lá. Os índices ainda reagem às negociações da política de covid zero na China, após rumores de uma revisão nos regimes de lockdowns.
Mesmo com a recondução de Xi Jinping à presidência chinesa, há uma expectativa dos analistas de que as políticas de covid zero comecem a ser afrouxadas pouco a pouco. No entanto, ainda não há um plano bem definido para que isso aconteça.
Europa no zero a zero
Já na abertura do Velho Continente, as bolsas por lá operam em leve queda, em um movimento de reação aos dados locais. O índice de gerente de compras (PMI, em inglês) industrial da Alemanha caiu de 47,8 para 45,1 em outubro. A previsão dos analistas era de 45,7.
Esse indicador mede o desempenho de uma determinada atividade para cada país. Quando o índice está abaixo de 50, há uma contração no setor.
Por fim, os futuros das bolsas de Nova York
Quem também não está a todo vapor nesta quarta-feira são os índices futuros de Nova York. Wall Street não opera com um único sinal, enquanto os investidores aguardam a decisão de política monetária do Fed.
De acordo com analistas deste mercado, o Fomc — o Copom americano — deve elevar os juros em 75 pontos-base, para a faixa entre 3,75% e 4,00%. O sentimento dos investidores, no entanto, só deve ser afetado pela coletiva de imprensa na sequência da decisão.
Jerome Powell, presidente do Fed, deve falar sobre o passo do aumento de juros para a próxima reunião — e, mais especificamente, até quando irá o aperto monetário.
Inflação X Juros
Os juros americanos devem atingir o patamar mais alto desde 2007 com o novo aumento da taxa de hoje. Do outro lado, a demanda doméstica norte-americana vem caindo e já começa a refletir na queda da inflação.
O mercado de trabalho estadunidense também começou a dar sinais de fraqueza, o que pode indicar para o Fed que o aperto já começa a refletir na economia norte-americana.
Em outras palavras, o Fomc não deve manter os juros elevados por um período muito longo pois isto poderia afetar a atividade econômica de maneira mais intensa. É preciso ressaltar que os EUA já estão em recessão técnica, quando o PIB recua por dois trimestres seguidos.
Tudo irá depender do tom adotado por Powell nesta quarta-feira.
Bolsa hoje: agenda semanal
- Feriado de finados mantém o mercado local fechado
- Alemanha: PMI industrial de outubro (5h55)
- Zona do Euro: PMI industrial de outubro (6h)
- Estados Unidos: Relatório ADP de empregos no setor privado (9h15)
- Estados Unidos: Decisão de política monetária do Fed (15h)
- Estados Unidos: Coletiva de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, após decisão de política monetária (15h30)
- China: PMI composto (22h45)
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
