Esquenta dos mercados: Bolsas seguem sob pressão, bitcoin (BTC) cai abaixo dos US$ 40 mil e PEC dos combustíveis liga alerta antes da abertura da B3
As atenções se voltam para a próxima quarta-feira (26), quando ocorrerá a próxima reunião do Federal Reserve sobre a alta nos juros este ano
Os dias têm sido pouco comuns para o investidor local, mas por um bom motivo: a bolsa brasileira tem se descolado do exterior e engata alta de 2,56% esta semana e chegou a tocar os 110 mil pontos no pregão da última quinta-feira (20).
O principal índice da B3 não se sustentou nas máximas, mas conseguiu fechar com um avanço de 1,01%, aos 109.101 pontos. O dólar à vista permanece em trajetória de queda e encerrou as negociações em baixa de 0,90%, a R$ 5,4165, na cotação à vista
Existem alguns motivos que explicam a carona que o Ibovespa pegou nesse foguete, entre eles a alta das commodities, tendo em vista que as maiores empresas da bolsa são de empresas ligadas ao petróleo e ao minério de ferro.
Em contrapartida, as bolsas de Nova York operam nas máximas históricas, o que explica alguns movimentos de correção nos últimos pregões.
A agenda permanece vazia nesta sexta-feira (21). Para agitar os negócios, permanecem em foco a participação de ministros da Economia e Finanças dos países no último dia do Fórum Econômico Mundial.
As atenções permanecem na reunião do Federal Reserve, o Banco Central americano, na semana que vem, com altas expectativas para maiores detalhes sobre a alta nos juros.
Leia Também
Já no panorama doméstico, o governo deve propor uma nova PEC para frear a alta no preço dos combustíveis, o que liga o alerta vermelho para uma “bomba fiscal” para as próximas gestões.
Vale lembrar que a PEC dos precatórios já deu um “drible” nas contas públicas, com o parcelamento das dívidas que o governo tem com o judiciário no valor de cerca de R$ 90 bilhões.
Uma nova “pedalada” nas contas públicas em um ano eleitoral pode retirar o apetite de risco dos investidores.
Saiba o que esperar do pregão de hoje:
Mais uma PEC
O presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou que o governo deve apresentar ao Congresso uma PEC para zerar impostos federais sobre combustíveis e energia. O impacto da medida, contudo, seria pequeno: o consumidor deve sentir um desconto entre R$ 0,18 e R$ 0,20.
Mas as contas públicas devem sentir essa renúncia fiscal. Estima-se que a proposta deva levar a uma perda de R$ 50 bilhões em arrecadação apenas com a retirada do PIS/Cofins dos combustíveis. Se a medida se estender até às contas de luz, o impacto deve ser de até R$ 57 bilhões, de acordo com O Estado de São Paulo.
Técnicos do ministério da Economia são contra a proposta. O ministro Paulo Guedes ainda não se posicionou sobre a medida.
Renovando os temores
O risco fiscal e o desrespeito às contas públicas tomaram conta dos debates no cenário local, a poucos meses das eleições.
Por outro lado, o Orçamento para 2022 precisa ser aprovado ainda hoje por Jair Bolsonaro, e ainda existe um impasse envolvendo o reajuste de servidores públicos, que podem impactar as contas públicas em R$ 1,7 bilhão — ou até R$ 4 bilhões, se o benefício for estendido a todo funcionalismo, o que é improvável no atual cenário.
Analistas estão preocupados que a medida deixe uma “bomba fiscal” para o próximo governo.
Bitcoin (BTC) abaixo dos US$ 40 mil
Durante a madrugada no Brasil, a maior criptomoeda do mundo perdeu o patamar de sustentação de US$ 40 mil. Por volta das 7h desta sexta-feira, o bitcoin (BTC) operava em queda de 7,32%, cotado a US$ 39.009,13 (R$ 211.199,54).
Há algumas semanas, os analistas esperavam que o mercado de criptomoedas sofresse um baque.
O volume de contratos futuros (open interests) estava muito elevado e uma liquidação relâmpago desses investimentos pode ser uma das causas que explicam a queda do preço à vista do BTC.
Um Fed se aproxima
Na próxima quarta-feira (26) ocorre a reunião do Fomc, o Copom americano, o evento mais esperado do mês.
O Federal Reserve só deve elevar os juros em março, sem maiores surpresas ao mercado nesta reunião.
Contudo, o Banco Central americano deve dar maiores detalhes sobre o tapering, a retirada de estímulos da economia, e concretizar o número de altas nos juros este ano.
Analistas internacionais esperam que o BC eleve os juros entre três e cinco vezes ainda em 2022.
Um balanço fora do ar
Quem pesou no sentimento dos investidores na tarde de ontem (20) foi o balanço da Netflix.
Mesmo com um lucro líquido de US$ 607,4 milhões no quarto trimestre de 2021, uma alta de 12% em relação a igual período do ano anterior, a empresa desacelerou o número de assinantes no mesmo período.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o último pregão da semana majoritariamente em baixa, após mais uma sessão de perdas em Nova York.
De maneira semelhante, as bolsas da Europa abriram o dia em queda, seguindo a fraqueza dos demais índices internacionais.
Por fim, os futuros de Nova York operam sem direção definida agora pela manhã, após um balanço decepcionante da Netflix.
Agenda do dia
- Fórum Econômico Mundial: Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de painel sobre 'Perspectivas Econômicas Globais' no Fórum Econômico Mundial. Além de Guedes, estarão no debate os presidentes dos bancos centrais Europeu (BCE), Christine Lagarde, e do Japão (BoJ), Haruhiko Kuroda, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e a ministra das Finanças da Indonésia, Mulyani Indrawati (9h30)
- Fórum Econômico Mundial: Secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, participa de painel do Fórum Econômico Mundial (13h30)
- Estados Unidos: poços e plataformas de petróleo em atividade (15h)
- último dia para o presidente Jair Bolsonaro sancionar o Orçamento para 2022
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
