Dólar salta mais de 3% hoje; veja três fatos que explicam a disparada da moeda norte-americana
Por trás da forte alta estão fatores externos e um elemento nacional: o risco político reacendido pela mais recente polêmica de Jair Bolsonaro
A trajetória de queda do dólar foi um dos assuntos mais comentados das últimas semanas. Em meio a corte nas projeções para o final do ano e recomendações de compra, o mercado celebrava a volta da moeda norte-americana aos menores níveis em dois anos.
A alegria, porém, não durou até o final de abril. Nesta sexta-feira (22), em meio à aversão ao risco global, o dólar salta mais de 3%, cotado em R$ 4,77. Enquanto isso, o Ibovespa recua e afasta-se cada vez mais dos 112 mil pontos. Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.
Por trás da forte alta estão fatores externos, como os indícios de que Estados Unidos e Europa devem endurecer a política monetária. Há ainda um elemento nacional: o risco político reacendido pela mais recente polêmica do presidente Jair Bolsonaro.
Confira abaixo três fatos que explicam a disparada do dólar hoje.
Apertando onde mais dói
A tempestade econômica que leva ao salto da moeda hoje começou a se formar ontem, durante o feriado de Tiradentes no Brasil. E os primeiros raios surgiram logo após o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
O líder do Fed afirmou que o conflito entre Rússia e Ucrânia seguirá pressionando a inflação. Para Powell, nesse cenário é apropriado que o Fed aja em ritmo "um pouco mais rápido".
Leia Também
Em outras palavras, o presidente do BC americano reconheceu que o aumento de juros de 50 pontos-base é uma opção na reunião de política monetária do BC americano em maio.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
Coro da inflação
Como se não bastasse a cautela gerada pelas falas de Powell, duas autoridades monetárias de peso nos EUA e na Europa engrossaram hoje o coro da inflação e alertaram para a alta dos preços global.
Em entrevista conjunta à CNBC, a secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, e a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, falaram sobre as preocupações com o cenário mundial.
Com a guerra entre Rússia e Ucrânia ameaçando a recuperação da zona do Euro, Lagarde admitiu que há uma “chance forte” de que o bloco econômico eleve os juros ainda neste ano.
Já Yellen reconheceu que as preocupações com a inflação não sairão de cena tão cedo nos EUA. A secretária do Tesouro norte-americano declarou que a alta dos preços “seguirá conosco por mais um tempo”.
Perdão inicia novo embate e alimenta alta do dólar
Por aqui, o risco político, um velho conhecido do mercado, voltou a dar as caras graças a um novo ato polêmico do presidente Jair Bolsonaro.
Tudo começou na quarta-feira (20), quando o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) a oito anos e nove meses de prisão por incitar agressões a ministro da corte e por atacar a ordem democrática.
Mas Silveira, que ainda nem começou a cumprir a sentença, foi “perdoado” por Bolsonaro apenas um dia após a condenação. O presidente concedeu indulto presidencial ao deputado, elevando a temperatura de sua interminável queda de braço com o STF.
Juristas consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo consideram o indulto ilegal. Além disso, o ato presidencial viola a separação entre os poderes e as prerrogativas constitucionais do Judiciário.
E, como já era previsto pelos analistas políticos e de mercado, o perdão não demorou a tornar-se alvo de contestações judiciais. O partido Rede Sustentabilidade e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) protocolaram na manhã de hoje um pedido para que a Corte anule o indulto.
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
