Cancelamento de registro do Nubank na CVM é ruim para acionistas e para governança, diz Itaú BBA
Itaú BBA vê qualidade da divulgação de resultados do Nubank comprometida após cancelamento do registro na CVM.

Os planos do Nubank para cancelar o registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e deixar de ser uma empresa listada na B3, anunciados ontem à noite (15), foram mal recebidos pelos analistas do Itaú BBA.
Em relatório, o Itaú BBA considerou o movimento como negativo tanto para os acionistas minoritários brasileiros quanto para a governança corporativa da fintech.
“Na prática, acreditamos que a divulgação de resultados pode ficar mais pobre e ainda menos comparável com as instituições financeiras locais”, escreveram os analistas.
Os investidores também parecem não ter gostado da ideia. Às 10h45, as ações do Nubank despencavam 8% em Nova York.
Nubank vai migrar BDRs
Ontem o Nubank anunciou um plano para cancelar seu registro na CVM como companhia aberta. Um dos passos do plano consiste em migrar os recibos de ações (BDRs) de nível III para nível I, programa que dispensa tal registro.
Na prática, ainda será possível negociar os papéis do banco digital na B3. Porém, a empresa deixa de ser listada na bolsa brasileira e, portanto, não estará mais sujeita às regras do mercado de capitais brasileiro.
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O Nubank justificou a mudança dizendo que o objetivo é “maximizar a eficiência e minimizar redundâncias consequentes de uma companhia aberta em mais de uma jurisdição.”
Lembrando que o Nubank fez sua oferta pública inicial de ações (IPO) na Bolsa de Nova York (NYSE) em dezembro do ano passado, mas fez uma dupla listagem com a emissão de BDRs nível III na B3.
Na ocasião, o Nubank também ofereceu 1 BDR aos clientes no programa NuSócios, que contou com a adesão de 7,5 milhões de pessoas.
Como o processo de saída vai funcionar
O Nubank (NUBR33) vai pedir à B3 e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a conversão de seu programa de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) do Nível III para o Nível I (patrocinado).
Com a conversão de seus recibos, o banco digital pedirá a descontinuidade do programa de BDRs de Nível III e, posteriormente, o cancelamento, perante a CVM, de seu registro de companhia aberta emissora estrangeira de valores mobiliários de categoria A.
Os BDRs de Nível I precisam ter apenas o programa registrado na CVM; a listagem da empresa é exigida somente em níveis superiores, como o III.
Na prática, o Nubank continuará negociando recibos na Bolsa de São Paulo, mas não será mais uma empresa listada por aqui.
A fintech afirma ainda que a mudança não afeta seu compromisso de longo prazo com o Brasil e o mercado de capitais local, e lembra que empresas como Google, Tesla e Facebook têm BDRs de Nível I.
Como fica para o investidor do Nubank (NUBR33)?
Os atuais detentores de BDRs do Nubank terão três opções: trocar os recibos por ações negociadas nos EUA; trocar o BDR de Nível III por um novo, de Nível I; ou fazer a venda dos BDRs ou ativos subjacentes em bolsa brasileira ou americana, a depender das aprovações, em processo de venda facilitado.
Para converter os BDRs em ações, o investidor precisa deter recibos suficientes. Cada BDR do Nubank equivale a um sexto de uma ação do banco digital listada em Nova York — proporção que será mantida na mudança de programa.
Ou seja: o investidor precisará deter seis ou mais BDRs para aderir a essa opção, além de conta ativa em uma corretora nos EUA.
Caso opte pelas BDRs de Nível I, o investidor receberá um novo BDR para cada papel que atualmente detém. Os participantes do NuSócios receberão BDRs Nível I via comissário mercantil.
E os NuSócios?
O Nubank (NUBR33) abriu capital simultaneamente no Brasil e nos Estados Unidos, no final do ano passado.
A dupla listagem foi inédita no mercado brasileiro, e permitiu o lançamento do NuSócios, programa em que distribuiu BDRs gratuitamente a 7,5 milhões de clientes, de forma paralela à oferta dos recibos.
Os clientes do NuSócios também poderão escolher entre a conversão e a venda de seus BDRs, antes do término do período específico de lockup (proibição de venda) do programa, de acordo com o Nubank.
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