Ibovespa volta a recuperar os 102 mil pontos, mesmo com exterior negativo; dólar aprofunda queda
Bolsas americanas recuam após payroll, segurando a alta da bolsa brasileira
O Ibovespa vem conseguindo se manter em alta nesta sexta-feira (07), apesar do exterior negativo, tentando reduzir as perdas fortes dos primeiros dias de 2022.
Depois de abrir o dia em alta, virar para a queda com a piora de NY, e depois para alta novamente, o principal índice da B3 recuperou os 102 mil pontos. Por volta das 16h30, avançava 0,77%, a 102.341 pontos.
O dólar à vista, por sua vez, fechou em baixa de 0,85%, a R$ 5,6315, seguindo um movimento global de fraqueza da moeda americana.
O motor da bolsa brasileira hoje são novamente as commodities. O minério de ferro fechou em alta de 0,35%, a US$ 128,03, no porto de Qingdao, na China, impulsionando os papéis da Vale (VALE3) e das siderúrgicas, que avançam mais de 3%.
Lá fora, porém, o cenário é outro. As bolsas europeias fecharam majoritariamente em baixa, e os índices em Nova York tem alternado entre altas e baixas ao longo do dia, em reação aos dados do payroll, o relatório de emprego dos EUA, divulgados hoje.
No Velho Continente, a inflação da zona do euro acima do esperado também desanimou os investidores. O índice pan-europeu Stoxx 600, que reúne as principais empresas europeias, recuou 0,39%, uma perda de 0,32% na semana.
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Já o Dow Jones avança 0,31%, enquanto o S&P 500 cai 0,08%, e o Nasdaq recua 0,61%. Os dados do payroll vieram mistos, mas foi o suficiente para que os investidores interpretassem que o Fed tem sim espaço para um aperto monetário mais duro. Assim, os juros dos Treasuries, os títulos públicos americanos, operam em alta, pesando nas bolsas.
Os riscos envolvendo os possíveis desrespeitos do governo à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), após a prorrogação do desconto sobre a folha de pagamento de empresas de 17 setores, e as pressões fiscais advindas da pressão dos servidores federais por reajustes salariais pressionam os juros futuros, que fecharam em alta, apesar da queda do dólar. Também pesa o avanço dos juros futuros nos EUA. Veja o desempenho dos principais vencimentos:
- Janeiro/2023: de 11,972% para 11,975%;
- Janeiro/2025: de 11,333% para 11,43%;
- Janeiro/2027: de 11,227% para 11,315%.
Questão dos servidores pressiona inflação e fiscal
No cenário doméstico, o fiscal ainda é pressionado pela pressão por aumentos salariais por parte dos servidores públicos. Pode sobrar até para a inflação.
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) anunciou a suspensão dos julgamentos de processos a partir da próxima segunda-feira (10). O órgão alega falta de quórum para análise dos processos.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), mais de 60 conselheiros da Receita anunciaram que não vão participar dos julgamentos de janeiro, em meio à pressão para o pagamento do bônus de eficiência.
As operações-padrão dos servidores da Receita, que incluem a liberação de produtos parados no Porto de Santos (SP), também foram paralisadas em virtude da greve por reajuste.
A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) afirma que milhares de litros de combustível estão se acumulando nos terminais do porto por falta de aval da Receita, o que pode encarecer os preços no curto prazo.
A Abicom ainda alerta, em nota, que a ação dos fiscais pode provocar desabastecimento de combustíveis em janeiro de 2022.
Payroll: depende da interpretação
Segundo o departamento de trabalho americano, foram adicionadas 199 mil vagas de trabalho em dezembro, distante da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal, de mais 422 mil novas vagas.
As projeções mais otimistas ainda eram de uma alta maior: o Goldman Sachs esperava a criação de 500 mil novas vagas de trabalho, enquanto o Deutsche Bank apostava em 600 mil novos postos de emprego.
Ainda assim, a taxa de desemprego ficou em 3,9%, abaixo da mediana das projeções, que era de 4,1%. Também ficou abaixo da taxa de 4,2% de novembro.
Os dados mistos dão margem a diferentes interpretações sobre o espaço que o Fed teria para ser duro no aperto monetário, o que leva a um pregão instável em Nova York nesta sexta.
Uma fusão da moda(L)
Mais cedo, a XP anunciou a compra do Banco Modal, dono da modalmais.
A XP vai usar como moeda as próprias ações e vai emitir 19,5 milhões de papéis para ficar com o Modal, o que representa um prêmio de 35% sobre a cotação média dos papéis (MODL11) nos últimos 30 dias.
Com isso, a plataforma foi avaliada em aproximadamente R$ 3 bilhões, com base nas cotações atuais do dólar e das ações da XP, que é listada na bolsa americana Nasdaq.
Perto das 16h30, as units do Modal (MODL11) disparavam nada menos que 45,39%, a R$ 12,14. Já os BDRs da XP (XPBR31) subiam 1,49% a R$ 156,27.
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