🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Juros em alta

Rumo aos 6% + IPCA? Taxas do Tesouro Direto sobem forte após Copom, e títulos atrelados à inflação já pagam mais de 5,5% a.a. de juro real

Com alta da Selic para 7,75%, juros futuros dispararam nesta quinta, fazendo taxas do Tesouro Direto subirem ainda mais

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
28 de outubro de 2021
14:48 - atualizado às 15:25
moedas de real empilhadas
Para quem vai levar ao vencimento, títulos prefixados e atrelados à inflação estão pagando bem. - Imagem: Shutterstock

O retorno da lendária rentabilidade de 6% ao ano mais IPCA no Tesouro Direto pode estar mais próximo. Com o ajuste nos juros futuros após a reunião de ontem do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), em que a autoridade subiu a Selic em 1,5 ponto percentual, as taxas dos títulos públicos subiram forte nesta quinta-feira (28).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A alta mais intensa foi vista nos juros mais curtos, mas os juros longos também subiram. Assim, os títulos públicos prefixados e atrelados à inflação de prazos menores estão remunerando a mesma coisa ou até mais do que papéis de prazos maiores.

Agora, todos os prefixados - aqueles que pagam uma taxa nominal já conhecida no ato do investimento - estão remunerando acima de 12% ao ano. Já os títulos atrelados à inflação (NTN-B), que pagam um juro prefixado mais a variação do IPCA, já estão pagando, em todos os vencimentos, mais de 5,5% ao ano + IPCA.

Veja a rentabilidade no vencimento para quem comprar um título desses hoje:

TítuloRentabilidade anual
Tesouro Prefixado 202412,38%
Tesouro Prefixado 202612,30%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 203112,25%
Tesouro IPCA+ 20265,58% + IPCA
Tesouro IPCA+ 20355,57% + IPCA
Tesouro IPCA+ 20455,57% + IPCA
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 20305,58% + IPCA
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 20405,57% + IPCA
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 20555,61% + IPCA
Fonte: Tesouro Direto

Repare que os títulos mais curtos estão agora bem mais atrativos. Dos papéis à venda no Tesouro Direto atualmente, o prefixado mais rentável é o de vencimento em julho de 2024, um prazo de menos de três anos para ganhar 12,38% ao ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já entre as NTN-B, o Tesouro IPCA+ 2026 está pagando mais que todos os vencimentos maiores, com exceção do 2055, o mais longo disponível atualmente.

Leia Também

Os juros futuros disparam aparentemente por conta de dois fatores principais: insucesso do Banco Central em ancorar as expectativas do mercado no seu comunicado pós-reunião do Copom, ao não adotar um tom duro o suficiente contra a inflação; e notícias de que o governo poderia estender o pagamento do auxílio emergencial, caso o drible no teto de gastos incluído na PEC dos precatórios não seja aprovado no Congresso, que possibilitaria o Auxílio Brasil de R$ 400.

Vale a pena comprar?

O investimento em títulos prefixados e atrelados à inflação é arriscado neste momento, devido à alta volatilidade no mercado de juros, que não deve arrefecer tão cedo.

Ela foi desencadeada pelo recente drible do governo no teto de gastos, mas mesmo antes as pressões inflacionárias já vinham fazendo os juros futuros subirem. E no ano que vem ainda tem eleição, um evento que costuma pressionar bastante o mercado de juros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A questão é que títulos prefixados e atrelados à inflação tendem a se desvalorizar quando os juros futuros - e, consequentemente, as suas taxas - sobem. Isso faz com que, ao ser marcada a mercado, a carteira de títulos do investidor manifeste uma desvalorização, que, no entanto, só é realizada caso o investidor venda o título antes do vencimento em um desses momentos negativos de mercado.

Em adição a isso, com a Selic em alta é possível que as taxas desses títulos subam ainda mais num futuro próximo. Em outras palavras, a volatilidade será para cima, enquanto a dos preços desses papéis será para baixo!

Nesse sentido, uma pedida que tende a ser bastante rentável e com risco muito menor, inclusive para quem vender antecipadamente, é o Tesouro Selic, título público que paga a variação da Selic mais uma pequena taxa.

Também é um bom momento para investir em CDBs, LCIs e LCAs com rentabilidade indexada ao CDI, que contam com garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), a mesma garantia da poupança. Em todos esses casos, a rentabilidade tende a subir conforme a taxa básica se eleva.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por outro lado, se você conseguir vencer a dor de barriga que é olhar para os altos de baixos da sua carteira de pré e NTN-B e ficar com os títulos até o vencimento, você vai receber exatamente a rentabilidade contratada no ato da compra.

Ou seja, ao adquirir um título prefixado ou atrelado à inflação hoje, você garante, pelos próximos anos, uma rentabilidade nominal superior a 12% ao ano ou um retorno de mais de 5,5% ao ano acima da inflação.

Para todos os efeitos, são ótimas rentabilidades para se receber por anos com o menor risco do mercado, que é a garantia do governo federal. Retornos reais próximos de 6% ao ano são, historicamente, muito atrativos no Brasil pós-Real.

Assim, se você tem a perspectiva de ficar com os títulos até o vencimento, uma boa alternativa é ir comprando aos poucos, garantindo retornos interessantes para os próximos anos, e podendo lucrar com a valorização lá na frente, caso a saúde fiscal do país se restabeleça e os juros futuros tornem a cair. Nesse caso, você "antecipará" sua remuneração futura e poderá até realizar o ganho, vendendo os papéis.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Lembrando que os papéis atrelados à inflação são menos arriscados que os prefixados, pois oferecem essa garantia de preservação do poder de compra diante da alta dos preços.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RENDA FIXA

Órfão dos CDBs de 120% do CDI do Banco Master? Confira as opções mais rentáveis com outros emissores e indexadores

17 de novembro de 2025 - 6:09

Após o tombo do Banco Master, investidores ainda encontram CDBs turbinados — mas especialistas alertam para o risco por trás das taxas “boas demais”

ANBIMA DATA

Tesouro Direto: Prefixados disparam e lideram retorno da renda fixa — e tendência deve se intensificar até 2026

15 de novembro de 2025 - 17:05

Levantamento da Anbima mostra que a expectativa de queda da Selic puxou a valorização dos títulos de taxa fixa

ESTRATÉGIA DOS GESTORES

O prêmio voltou: gestores viram a mão nas debêntures isentas de IR, mas ainda apostam em retorno melhor à frente

12 de novembro de 2025 - 18:51

A correção de spreads desde setembro melhora a percepção dos gestores em relação às debêntures incentivadas, com o vislumbre de retorno adequado ao risco

RENDA FIXA

Tesouro Direto: prefixado curto dá adeus aos 13% ao ano — atrelados à inflação começam a perder taxa de 7%

11 de novembro de 2025 - 14:01

Surpresa da divulgação do IPCA de outubro foi gatilho para taxas do Tesouro Direto se afastaram dos níveis mais altos nesta terça-feira (11)

CARTEIRA RECOMENDADA

Renda fixa para novembro: CRAs da Minerva e CDB que paga IPCA + 8,8% são as estrelas das recomendações do mês

7 de novembro de 2025 - 14:21

BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam aproveitar as rentabilidades enquanto a taxa de juros segue em 15% ao ano

RENDA FIXA

Onda de resgates em fundos de infraestrutura vem aí? Sparta vê oportunidade nos ativos isentos de IR listados em bolsa

6 de novembro de 2025 - 16:40

Queda inesperada de demanda acende alerta para os fundos abertos, porém é oportunidade para fundos fechados na visão da gestora

DEBÊNTURES INCENTIVADAS

A maré virou: fundos de infraestrutura isentos de IR se deparam com raro mês negativo, e gestor vê possível onda de resgates

3 de novembro de 2025 - 6:04

Queda inesperada de demanda por debêntures incentivadas abriu spreads e derrubou os preços dos papéis, mas movimento não tem a ver com crise de crédito

DE OLHO NOS RENDIMENTOS

Ficou mais fácil: B3 passa a mostrar posições em renda fixa de diferentes corretoras na área do investidor

23 de outubro de 2025 - 17:50

Funcionalidade facilita o acompanhamento das aplicações, refletindo o interesse crescente por renda fixa em meio à Selic elevada

DEBÊNTURES EM RISCO

Novo “efeito Americanas”? Títulos de dívida de Ambipar, Braskem e Raízen despencam e acendem alerta no mercado de crédito

23 de outubro de 2025 - 6:05

As três gigantes enfrentam desafios distintos, mas o estresse simultâneo nos seus títulos de dívida reacendeu o temor de um contágio similar ao que ocorreu quando a Americanas descobriu uma fraude bilionária em 2023

SIMULAÇÃO

Tesouro IPCA+ com taxa de 8%: quanto rendem R$ 10 mil aplicados no título do Tesouro Direto em diferentes prazos 

22 de outubro de 2025 - 6:30

Juro real no título indexado à inflação é histórico e pode mais que triplicar o patrimônio em prazos mais longos

RENDA FIXA

Tesouro Direto: Tesouro IPCA+ com taxa a 8% é oportunidade ou armadilha? 

22 de outubro de 2025 - 6:02

Prêmio pago no título público está nas máximas históricas, mas existem algumas condições para conseguir esse retorno total no final

ANBIMA

Até o estrangeiro se curvou à renda fixa do Brasil: captação no exterior até setembro é a maior em 10 anos

20 de outubro de 2025 - 17:35

Captação no mercado externo neste ano já soma US$ 29,5 bilhões até setembro, segundo a Anbima

NOVO TESOURO NA BOLSA

Com renda fixa em alta, B3 lança índice que acompanha desempenho do Tesouro Selic

16 de outubro de 2025 - 15:50

Indicador mede o desempenho das LFTs e reforça a consolidação da renda fixa entre investidores; Nubank estreia primeiro produto atrelado ao índice

ESTRATÉGIA APERTADA

Fim da ‘corrida aos isentos’: gestores de crédito ficam mais pessimistas com as debêntures incentivadas com isenção de IR garantida

9 de outubro de 2025 - 17:41

Nova pesquisa da Empiricus mostra que os gestores estão pessimistas em relação aos retornos e às emissões nos próximos meses

CARTEIRA RECOMENDADA

Renda fixa recomendada para outubro paga IPCA + 8,5% e 101% do CDI — confira as opções de debêntures isentas, CDB e LCA

9 de outubro de 2025 - 16:02

BTG Pactual, BB Investimentos, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante da possibilidade de corte dos juros à frente

AINDA NÃO SERÁ DESTA VEZ

LCI, LCA, FII e fiagro mantêm isenção de imposto de renda; veja as novas mudanças na MP 1.303/25, que deve ser votada até amanhã (8)

7 de outubro de 2025 - 13:00

Tributação de LCIs e LCAs em 7,5% chegou a ser aventada, mantendo-se isentos os demais investimentos incentivados. Agora, todas as isenções foram mantidas

RENDA FIXA CORPORATIVA

Problemas de Ambipar (AMBP3) e Braskem (BRKM5) podem contaminar títulos de dívida de outras empresas, indica Fitch

3 de outubro de 2025 - 19:34

Eventos de crédito envolvendo essas duas empresas, que podem estar em vias de entrar em recuperação judicial, podem aumentar a aversão a risco de investidores de renda fixa corporativa, avalia agência de rating

RENDA FIXA

Tesouro Direto: retorno do Tesouro IPCA+ supera 8% mais inflação nesta quinta (2); o que empurrou a taxa para cima?

2 de outubro de 2025 - 18:21

Trata-se de um retorno recorde para o título de 2029, que sugere uma reação negativa do mercado a uma nova proposta de gratuidade do transporte público pelo governo Lula

APETITE ESTRANGEIRO

Brasil captou no exterior com menor prêmio da história este ano: “há um apetite externo muito grande”, diz secretário do Tesouro 

24 de setembro de 2025 - 16:15

Em evento do BNDES, Rogério Ceron afirmou que as taxas dos títulos soberanos de cinco anos fecharam com a menor diferença da história em relação aos Treasurys dos EUA

DEMANDA RENOVADA

Isentas de imposto de renda ou não, debêntures incentivadas continuarão em alta; entenda por quê

24 de setembro de 2025 - 6:03

A “corrida pelos isentos” para garantir o IR zero é menos responsável pelas taxas atuais dos títulos do que se pode imaginar. O fator determinante é outro e não vai mudar tão cedo

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar