Ransomware: o que são e como prevenir o sequestro de dados
Ataques recentes de hackers chegaram a paralisar atividades de grandes empresas brasileiras
Os ransomware ganharam visibilidade nos últimos tempos. Esse tipo de ataque ocorre quando hackers invadem um sistema e basicamente sequestram dados de uma empresa e exigem um resgate, geralmente em criptomoedas, para devolver os arquivos.
O FBI chegou a recuperar os dados sequestrados da Pipeline, a empresa que teve a distribuição de petróleo cortada por causa de um ataque deste tipo, além de rastrear os bitcoins transferidos para os criminosos.
Outras empresas, como a JBS, também tiveram problemas com ransomwares e tiveram que paralisar as atividades em algumas de suas unidades.
O grupo Fleury foi outro que recentemente sofreu ataques cibernéticos, ficando com seus sistemas indisponíveis, e dificultando a continuidade das operações.
A pandemia de coronavírus empurrou muitos escritórios para dentro de casa. E muitas vezes, os computadores pessoais são usados para o trabalho do dia a dia, o que pode facilitar a entrada de softwares maliciosos.
De acordo com um estudo da Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point Software Technology, o número de ataques dessa natureza cresceu 92% desde o início de 2021 no Brasil e 41% em todo o mundo.
Leia Também
Na origem
Antes de mais nada, é preciso dizer que a legislação digital precisa crescer em todo o mundo. Existem brechas exploradas pelos criminosos que podem dificultar o rastreio das informações sequestradas.
Para Paulo Vidigal, especializado em direito digital, privacidade e proteção de dados, a melhor solução é a prevenção.
Ele explica que um dos tipos de ataques mais comuns é chamado de “phishing”, quando criminosos se passam por empresas de serviços e conseguem acesso a senhas e drives pessoais.
Dessa forma, os hackers conseguem instalar esses aplicativos maliciosos e criptografar as informações dentro do próprio sistema da empresa, sem precisarem estar conectados diretamente ao computador.
Esse tipo de ataque dificulta ainda mais o rastreio porque os criminosos não precisam ficar online.
E mesmo que as empresas consigam liminares na Justiça para ter seus dados de volta, os criminosos usam redes particulares e endereços de outros países, fora da jurisdição brasileira, para cometer crimes.
A legislação internacional sobre o sequestro de dados também não é muito avançada nesse ponto.
Para não cair nesse tipo de golpe, as empresas podem tomar algumas medidas simples, como manter os softwares do computador atualizados.
“Uma atualização ocorre para corrigir um problema, em geral de segurança. Mantendo o computador atualizado, você diminui os riscos”, comenta Paulo Vidigal.
Além disso, as empresas devem fazer campanhas de conscientização dos funcionários, para não acessarem sites duvidosos com computadores ou sistemas de trabalho. Trocar senhas de forma periódica evita outros tipo de ataque.
Utilizar redes privadas, chamados de VPNs (Virtual Private Network, em inglês) e checagem em duas etapas para determinados tipos de arquivos também podem ajudar a manter a segurança.
Essas medidas parecem simples, mas já ajudam significativamente a evitar ransomwares.
É ser humano
Esse tipo de ataque não chegou hoje no mercado. Por volta de 2017, os ataques virtuais passaram a chegar aos tribunais e ganharam força nos últimos anos. Mas existe uma curva de maturidade no desenvolvimento de novas medidas de proteção, diz Paulo Vidigal.
Se você ou sua empresa já tem esse cuidado, é hora de falar da sua segurança. Além de manter todas as orientações anteriores no seu computador, sempre atualizando softwares confiáveis, é preciso tomar um cuidado especial com seus investimentos.
Os aplicativos de celular dos bancos já disponibilizam a verificação em duas etapas, que consiste na utilização de senha ou biometria para acessar seus dados.
É possível instalar programas que criptografem esses dados quando você acessa os aplicativos, o que garante maior segurança nas redes públicas.
André Miceli, especialista em sociedade digital, coordenador do MBA de marketing, inteligência e negócios digitais da FGV e CEO da MIT Tecnology Review Brasil, lembra que é preciso estar atento até mesmo aos aplicativos de criptografia.
Criminosos podem se passar por aplicativos de proteção de dados e sequestrar seus arquivos pessoais.
Busque sempre por marcas confiáveis, de sistemas antivírus conhecidos, que já disponibilizam esse tipo de aplicação nos pacotes para computadores.
De olho nas criptomoedas
Por fim, não poderíamos deixar de falar delas: as carteiras de criptomoedas. André Miceli afirma que existem algumas medidas que podem ser tomadas para aumentar a segurança da sua wallet, seja ela online ou offline.
Para as carteiras conectadas em rede, é interessante manter a verificação em duas etapas e usar redes seguras de conexão. Dessa forma, seus dados ficam protegidos e você pode fazer transações em cripto com mais segurança.
Já as wallets offline estão geralmente em drives fora do computador. A segurança, afirma ele, é a mesma de quando as pessoas andavam com ouro ou joias nas viagens: mantenha os dados seguros, dentro de um cofre ou maleta especial e sempre use criptografia para conservar seu conteúdo.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
