Ações da Hapvida (HAPV3) fecham em queda de mais de 3% puxadas por citação na CPI
Questionado na CPI sobre a suposta “política da obediência e lealdade” na Prevent Senior, diretor da empresa disse que essa mensagem é de 2017 e fazia parte de uma sigla utilizada por um ex-diretor, atualmente na Hapvida
As ações da Hapvida (HAPV3) ampliaram as perdas no pregão desta quarta-feira (22) após a empresa ser citada na sessão da CPI da Covid. Os parlamentares ouvem Pedro Benedito Batista Júnior, diretor da empresa de planos de saúde Prevent Senior.
Ao final do pregão, os papéis da empresa eram cotados a R$ 14,59, em queda de 3,8%. As ações da Notre Dame Intermédica (GNDI3), empresa que prepara fusão com a Hapvida, recuaram 3,8%, a R$ 79,56, em dia de alta de 1,8% do Ibovespa.
Questionado sobre a suposta "política da obediência e lealdade” na Prevent Senior, Batista Júnior disse que essa mensagem é de 2017 e fazia parte de uma sigla utilizada por Anderson Nascimento, ex-diretor da empresa. Segundo ele, Anderson agora é diretor da Hapvida.
Procurada pelo Seu Dinheiro, a Hapvida não havia se pronunciado sobre o caso até a última atualização desta matéria.
Batista também disse que nenhum médico foi constrangido por não prescrever “tratamento precoce”. "Médicos foram excluídos da empresa por falhas graves éticas e morais, como invasão de prontuários e tratamento inadequado de pacientes", justificou.
O que diz o mercado sobre Hapvida (HAPV3)?
De maneira geral, as ações da Hapvida (HAPV3) são bem vistas por analistas do mercado financeiro. Segundo dados da plataforma TradeMap, os papéis têm recomendação de compra por 10 entre 12 analistas, com mediana do preço-alvo a R$ 19,35.
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No balanço mais recente, do segundo trimestre, a empresa apresentou números mais fracos do que o esperado, mas os analistas demonstraram otimismo com o potencial da companhia uma vez que o "efeito covid-19" fosse minimizado.
A Hapvida teve queda de 62,5% do lucro, para R$ 104,6 milhões, com o Ebitda recuando 52%, a R$ 291,7 milhões. No entanto, a companhia cresceu de forma sustentável a sua base de beneficiários.
O tíquete médio, outro importante indicador para as empresas de saúde, também subiu, levando a receita ter um crescimento de 3% no trimestre.
Entenda: executivo da Prevent Senior é acusado de mentir
Durante seu depoimento nesta quarta, Batista Júnior passou da condição de testemunha para a de investigado pela CPI da Pandemia.
Tendo jurado dizer a verdade, Batista Júnior foi acusado por senadores de mentir e de ter trabalhado em conjunto com o chamado gabinete paralelo, que atuaria no Ministério da Saúde.
O relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), mostrou vídeos em que Batista Junior tratava de protocolos de combate à covid-19 com integrantes do grupo que atuava junto ao governo Bolsonaro.
Os senadores também apresentaram vídeos, áudios e documentos encaminhados à comissão com denúncias de médicos e pacientes que comprovariam a orientação da Prevent Senior para distribuição da medicação de forma indiscriminada, além da pressão para que os profissionais conveniados prescrevessem o kit do "tratamento precoce".
"Na reportagem [da Rádio Bandeirantes], é possível ouvir um áudio de familiares de pacientes e corretores de plano de saúde mostrando que, para novos clientes da Prevent, o 'kit-covid' era enviado diretamente para a casa dos pacientes. Como eu disse, nós temos um elenco de provas e, a cada dia, chegam mais provas de que essa coisa infelizmente, lamentavelmente, existiu", disse Renan Calheiros.
Em sua defesa, o executivo disse que ele e a empresa são vítimas de um conluio e de acusações falsas e se recusou a falar de prontuários de pacientes mencionados nas denúncias.
Prontuários
O relator também mostrou mensagens segundo as quais os médicos da Prevent Senior seriam orientados a fraudar os prontuários, de modo que os pacientes recebecessem a CID B34.2.
Assim, após 14 dias do início dos sintomas (pacientes de enfermaria/apartamento) ou 21 dias (pacientes com passagem em UTI/leito híbrido), a CID — classificação internacional de doença — deveria ser modificada para qualquer outra, de forma a identificar os pacientes que já não tinham mais necessidade de isolamento. Os senadores classificaram essa orientação como fraude.
"O senhor [Batista Júnior] não tem condições de ser médico, modificar o código de uma doença é crime", disse o senador Otto Alencar (PSD-BA). "Essas pessoas morreram em consequência da covid-19. Isso é uma fraude", afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE), explicando que o objetivo da mudança da CID era dizer que os pacientes já não tinham covid-19.
Durante o depoimento, Batista Junior negou que a operadora tenha ocultado mortes de pacientes em estudo realizado para testar o “tratamento precoce” contra a covid-19. Ele ainda disse que o dossiê do estudo sobre a prescrição da medicação, enviado à comissão, foi adulterado por médicos da empresa e que nunca houve distribuição de “kit-anticovid” para pacientes sem indicação médica.
"Havia prescrição das medicações e, naquela primeira mensagem, que foi manipulada lá trás, justamente mostrava que existia um setor pra avaliar criteriosamente cada um dos pacientes", disse o depoente.
Luciano Hang, dono da Havan
O relator questionou sobre a causa da morte, em janeiro deste ano, do pediatra e toxicologista Anthony Wong, que era defensor do "tratamento precoce". Segundo denúncia de ex-médicos da operadora, teria sido internado com sintomas de covid-19 e morrido em decorrência da doença.
Os denunciantes afirmam, em áudio exibido pelo relator, que a Prevent Senior escondeu a verdadeira causa do óbito na declaração. O depoente se recusou a responder, dizendo que há proibição expressa da família para que se comente sobre o caso.
O relator lamentou a falta de informações e citou ainda que as mesmas suspeitas são direcionadas a mãe do empresário Luciano Hang, dono da Havan. Segundo Renan Calheiros, ela teria ido a óbito por covid-19, o que não consta na declaração emitida pela Prevent Senior. Para ele, as denúncias, se certificadas, caracterizariam uma “farsa” para proteger a “narrativa negacionista” do governo.
"A falsificação da declaração de óbito do Wong, um dos maiores defensores do tratamento precoce, por favor: fazia parte de uma estratégia da Prevent Senior para fortalecer a campanha de fake news promovida pelo presidente da República para que as pessoas acreditassem que o kit covid e a cloroquina eram benéficos para os pacientes"disse o relator.
Hang foi defendido pelo senador Jorginho Mello (PL-SC), que o classificou como "empresário sério".
*Com informações da Agência Senado
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