Casamento ameaçado: Hapvida (HAPV3) e Intermédica (GNDI3) caem mais de 6% após Cade decidir aprofundar análise de fusão
O órgão concederá às empresas a oportunidade de apresentar informações complementares sobre a proposta
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciou que vai aprofundar análise do processo de fusão de Hapvida (HAPV3) e NotreDame Intermédica (GNDI3). A operação, que criará uma das maiores provedoras de saúde do mundo, foi definida como "complexa" pelo órgão.
O despacho foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (28) e foi acompanhado por uma forte queda das ações das duas empresas. Em dia de queda brusca também no Ibovespa, os papéis HAPV3 recuaram 6,57%, a R$ 13,51, enquanto os ativos GNDI3 caíram 6,07%, a R$ 73,45.
O ato de concentração entre as duas empresas foi notificado ao Cade em 16 de junho de 2021 e consiste na combinação dos negócios de Hapvida e NotreDame - que incluem a NotreDame Intermédica Saúde, Mediplan Assistencial, Climepe Total, Lifeday Planos de Saúde, São Lucas Saúde e Clinipam Clínica Paranaense de Assistência Médica - mediante a incorporação das ações da Intermédica pela Hapvida.
Com isso, a Hapvida passará a deter a totalidade das ações da Intermédica, que se tornará sua subsidiária integral.
Lupa no processo
Pelo despacho, a Superintendência do Cade determinou novas diligências dentro do processo para avaliar melhor o caso, concedendo às empresas a oportunidade de apresentar informações complementares e as eficiências decorrentes da operação proposta.
As novas diligências são: "analisar as eventuais eficiências econômicas geradas pela operação a serem apresentadas pelas requerentes" e "aprofundar as análises dos pontos que suscitam preocupação concorrencial relatados" em nota técnica produzida pelo órgão.
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De acordo com a nota técnica, os principais aspectos de preocupação levantados até aqui pela Superintendência estão relacionados aos seguintes pontos
- redução no número de concorrentes nos mercados de planos de saúde médico-hospitalares;
- potencial incremento de barreiras à entrada no mercado de planos de saúde médico-hospitalares em virtude do ganho de escala de Hapvida e Intermédica e da eventual redução de leitos disponibilizados ao mercado;
- possível incremento nos incentivos para que as requerentes reduzam a quantidade de leitos disponibilizada ao mercado, especialmente em municípios com menor disponibilidade de serviços de saúde habilitados para atendimento e em relação a especialidades médicas com oferta reduzida;
- e possível incremento nos incentivos para que as requerentes descredenciem fornecedores de serviços médico-hospitalares.
Ainda em junho, a Hapvida informou que recebeu autorização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para a assunção do controle societário indireto das operadoras de planos de assistência à saúde do Grupo NotreDame Intermédica.
O negócio foi anunciado no começo de janeiro e, se aprovado também pelo Cade, resultará na consolidação das bases acionárias das duas empresas.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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