Cyrela, EZTec, Cury, Lavvi, Plano&Plano e Trisul: quem ocupa o pódio das incorporadoras, segundo a XP
Com os resultados das principais incorporadoras do Brasil em mãos e o espírito olímpico ainda em alta, a corretora distribuiu medalhas
A temporada de balanços ainda segue a todo vapor nos próximos dias, mas, com os resultados das principais incorporadoras do Brasil já em mãos e o espírito olímpico ainda em alta, a XP revisou o desempenho das empresas e montou seu próprio pódio.
Os analistas da corretora concentraram-se nos números de Cury, Cyrela, EZTec, Lavvi, Plano&Plano e Trisul no segundo trimestre e divulgaram, na última quinta-feira (12), quem ficou com medalha e quais delas não se classificaram para os primeiros lugares.
Em relatório, a XP destaca que as construtoras voltadas para média e alta renda apresentaram resultados sólidos, “com a maioria reportando melhora na margem bruta, apesar do recente aumento nos custos de material de construção”.
Já as incorporadoras de baixa renda ainda sofreram no período com a maior sensibilidade de seus clientes aos preços mais salgados. Porém, a corretora enxerga que o desempenho recorde de vendas abre espaço para que essas empresas “aumentem gradativamente os preços e recuperem suas margens no longo prazo”.
Medalha de ouro para Cyrela (CYRE3)
A primeira colocada do pódio é, de acordo com a XP, uma empresa na qual a “contribuição de projetos mais lucrativos compensou o aumento do custo de construção” no balanço.
Com um lucro líquido de R$ 267 milhões, que superou em 10% as expectativas da corretora, a Cyrela (CYRE3) trouxe resultados considerados fortes para o segundo trimestre. As margens brutas também foram “melhores e mais fortes” do que estimavam os analistas.
“Além disso, o desempenho mais forte de suas Joint Ventures também ajudou o lucro líquido a superar nossas estimativas para o trimestre”, indicam.
Com isso, XP reiterou sua visão positiva e recomendação de Compra para os papéis da incorporadora, com preço-alvo de R$ 33,00 por ação.
Medalha de prata para EZTec (EZTC3)
O balanço da EZTec também agradou aos analistas, com resultados positivos e em linha com as estimativas da corretora.
Segundo o relatório, o movimento se deve a um “mix mais favorável de projetos sendo reconhecidos e preços de vendas mais elevados”.
O que afastou a empresa do topo do pódio foram algumas linhas do balanço, como a margem líquida de 48,3%, mais fraca do que o esperado, e “uma pequena queima de caixa de R$ 11 milhões”.
Mesmo assim, a XP espera uma reação positiva dos papéis e também reiterou sua recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 48,00 por ação.
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Medalha de bronze para Lavvi (LAVV3)
A última integrante do pódio das incorporadoras teve seus números impulsionados pelos últimos empreendimentos e, para a XP, “mostrou poucos sinais de pressões de custo”.
O relatório salienta que “os resultados foram beneficiados principalmente pelo forte desempenho de vendas de seu recente lançamento principal, o Villa Versace”.
Assim como a empresa anterior, a Lavvi também reportou uma queima de caixa de R$ 6 milhões com aquisição de terrenos.
Porém, a corretora reforça que a construtora “continua com uma posição de caixa líquido robusto” e mantém sua recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 11,50 por papel
Menções honrosas para Cury (CURY3), Trisul (TRIS3) e Plano&Plano (PLPL3)
As três últimas incorporadoras da lista não se classificaram para o pódio, mas ainda seguem com recomendações de Compra da XP.
No caso da Cury, a receita líquida de R$ 451 milhões “com o robusto crescimento” de 83,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior, foi “sustentada pelo forte desempenho de vendas no trimestre”.
Já a Trisul trouxe resultados próximos às estimativas da corretora. “Apesar da receita marginalmente abaixo do esperado [R$ 211 milhões], ela foi compensada por uma margem bruta de 37,8% que levou seu lucro líquido [R$ 35 milhões] para patamares próximos dos nossos números”.
Por fim, a Plano&Plano sentiu o impacto das despesas operacionais maiores — principalmente com marketing e aumento no número de funcionários — e apresentou um balanço “mais ameno”.
“Apesar de a receita [R$ 333 milhões] corresponder às nossas estimativas, sua margem bruta caiu para 31,6%”, um recuo de 1,3 p.p. em relação às estimativas da XP e 6,5 p.p. na comparação com o segundo trimestre de 2020.
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