As ações das incorporadoras ainda vão sofrer com a alta de juros. Mas duas delas ainda têm potencial para subir quase 90%, diz analista
Bank of America corta estimativas para principais construtoras da B3 com perspectiva de Selic ainda em níveis elevados no ano que vem, mas vê oportunidades no setor
O final de junho se aproxima a passos rápidos e marcará o final de mais um trimestre para as empresas brasileiras. O mercado ainda precisará aguardar um pouco para conferir os resultados do período. Mas, no caso das construtoras da B3, haverá um spoiler em breve.
As prévias operacionais começam a ser divulgadas em julho e dão pistas de como foi o desempenho das companhias.
O Bank of America, no entanto, não quis esperar pelo spoiler de como foi o segundo trimestre antes de promover um corte geral em seus preços-alvo para as principais empresas do setor.
Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (23), o banco de investimentos analisou dados históricos das ações em períodos similares ao atual e concluiu que uma revisão de projeções era necessária.
Análise histórica mostra dificuldades à frente
Os analistas do BofA verificaram que as companhias — especialmente as voltadas à média e alta renda — costumam apresentar um desempenho inferior ao Ibovespa quando a Selic está próxima de 10,5% ao ano. Esse é o patamar que o banco projeta para a taxa básica de juros no próximo ano.
“Reconhecemos que o início de um ciclo de flexibilização pode despertar algum otimismo, mas achamos que é muito cedo para se posicionar, considerando a meta ainda elevada para Selic e ventos operacionais contrários em ambos os segmentos”, escrevem os analistas.
Leia Também
O banco afirma que a taxa de juros deve ser o principal vilão da construção no próximo ano, mas alerta que a inflação também seguirá pressionando as margens.
“A dinâmica de custos segue se deteriorando com a alta no preço do aço e com a mão de obra acrescentando outra camada de pressão ao ambiente inflacionário.”
Passando a faca nos preços-alvos das construtoras
Com os dados históricos e atuais em mãos, o Bank of America não poupou nenhuma das incorporadoras cobertas por seus analistas e promoveu um corte geral nas estimativas. A queda foi de 15,4% a 30,8% para os preços-alvo.
No topo dessa faixa ficou a Tenda (TEND3), para quem os analistas enxergam maior incerteza de ganhos dos próximos trimestres.
Cury (CURY3) e MRV (MRVE3): as construtoras favoritas do BofA
A empresa que sofreu o menor corte nas estimativas de preço foi a Cury (CURY3), uma das favoritas do banco no setor. O BofA segue recomendando a compra da ação da incorporadora, agora com preço-alvo de R$ 11. Ainda assim, o papel tem um potencial de alta de 87,4% em relação ao fechamento de ontem.
Vale relembrar que a Cury tem apostado na estratégia de subir seu preço para compensar a pressão inflacionária nas margens. No primeiro trimestre, por exemplo, o custo médio por unidade avançou 20,7%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
A segunda ação com maior potencial de alta pelas projeções dos analistas é a MRV (MRVE3), que possui indicação de compra e um preço alvo de R$ 15 — um upside de 84%.
“No macro desafiador, continuamos favorecendo players com catalisadores de curto prazo como a MRV (MRVR3) — a AHS Residential ainda não foi precificada e qualquer capitalização pode ser um gatilho — ou que forneçam crescimento nos lucros e retorno em dividendos, como a Cury”, explica o banco de investimentos.
A MRV já admitiu que o gatilho da AHS pode ser acionado em breve. A construtora revelou que há possibilidades tanto de entrada de um parceiro na empresa quanto de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da subsidiária norte-americana.
Veja abaixo o novo preço-alvo, o potencial de alta e a recomendação do BofA para cada uma das empresas:
Empresa | Recomendação | Novo preço-alvo | Potencial de alta |
Cury (CURY3) | Compra | R$ 11,00 | 87,4% |
Cyrela (CYRE3) | Compra | R$ 18,00 | 48,8% |
Direcional (DIRR3) | Compra | R$ 14,00 | 41,4% |
Even (EVEN3) | Venda | R$ 5,00 | 10,2% |
EzTec (EZTC3) | Venda | R$ 16,00 | 4,5% |
MRV (MRVE3) | Compra | R$ 15,00 | 84% |
Tenda (TEND3) | Venda | R$ 4,50 | 9,8% |
Javier Milei vai extinguir a Casa da Moeda e outras cinco instituições — será o fim do peso argentino?
Além da Casa da Moeda, o governo argentino pretende fechar outros “quatro ou cinco” órgãos públicos, mas não deu maiores detalhes sobre quais seriam
Após renovar máxima no dia, Ibovespa perde os 134 mil pontos, mas fecha em alta de 0,77% com ajuda da Moody´s; dólar cai a R$ 5,4448
O principal índice da bolsa brasileira chegou mirar a marca dos 135 mil pontos, com renovações consecutivas de máximas intradia, mas perdeu um pouco do fôlego perto do fim das negociações
Em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, Ibovespa reage à alta do petróleo e à elevação do rating do Brasil
Agência Moody’s deixou o rating soberano do Brasil a apenas um degrau do cobiçado grau de investimento — e a perspectiva é positiva
Vai ter Disney? Dólar cai após BC começar o aperto da Selic, mas estes seis fatores devem determinar a trajetória do câmbio
Queda de juros nos EUA e estímulos chineses favorecem o real contra o dólar, mas risco fiscal e incerteza geopolítica pressionam as cotações; entenda
BB Investimentos corta preço-alvo para ações da MRV — mas analistas revelam por que você ainda deveria estar animado com MRVE3
A redução de preço-alvo para as ações da construtora de baixa renda teve um principal “culpado”: o desaperto monetário mais lento nos Estados Unidos
Irã dispara chuva de mísseis contra Israel, EUA prometem ajuda e guerra entra em fase perigosa; petróleo dispara, Petrobras (PETR4) acompanha e Lula fala
O Ibovespa também ganhou tração ao longo da sessão, com o avanço das ações da Petrobras e chegou a subir mais de 1%; veja como as bolsas terminaram o dia
Uma semana de ouro: Depois de salto das bolsas da China, investidores miram dados de emprego nos EUA em dia de agenda fraca no Brasil
Ibovespa acumulou queda de pouco mais de 3% em setembro, mas agenda fraca por aqui tende a deixar a bolsa brasileira a reboque de Wall Street
Bitcoin e ouro lideram novamente o ranking dos melhores investimentos em setembro, enquanto Ibovespa volta a amargar perdas; veja o ranking
Nem mesmo o corte de juros nos EUA e os estímulos econômicos na China foram capazes de animar a bolsa brasileira; veja o ranking dos melhores e piores investimentos do mês
Juros bem baixinhos nos EUA? S&P 500 fecha em recorde, mas Ibovespa não acompanha. O que fez a bolsa subir lá fora e cair aqui
O S&P 500 acumulou ganho de 2%, registrando o primeiro setembro positivo desde 2019. Já o Ibovespa perdeu mais de 3% no mês e foi acompanhado pelo dólar no mercado à vista
Incorporadora da MRV (MRVE3) nos EUA vende imóvel por US$ 118,5 milhões — mas queima de caixa da Resia segue no radar
A venda gerou um cap rate (taxa de capitalização, em português) estimado de 5,65%, com um yield on cost (dividendos em relação ao preço médio de aquisição) projetado de 6,2%
Bolsas da China vão do ‘dragão de madeira’ ao ‘touro de ouro’ com nova rodada de estímulos — mas índices globais caem de olho em dados da semana
Nos próximos dias serão publicados os números de emprego nos Estados Unidos, que darão pistas sobre o futuro dos juros norte-americanos
Novo título de renda fixa com isenção de IR e os rumores sobre a venda bilionária de ações da JBS (JBSS3) pelo BNDES: os destaques do Seu Dinheiro na semana
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a nova renda fixa pode ser disponibilizada no mercado em breve; veja as matérias mais lidas da última semana
Minha mãe tem uma casa de R$ 1 milhão e é divorciada do meu pai; quando ele morrer, meus meios-irmãos podem herdar o imóvel?
Leitora quer saber se, após partilha de divórcio, enteados de sua mãe podem ter direito à parte dos bens que ficou com ela
Euforia com a inflação dos EUA não dura e Ibovespa fecha em queda de 0,21%; dólar acompanha e baixa a R$ 5,4361
De acordo com especialistas, a inflação segue na direção certa — embora haja risco no caminho —, só que outro dado é a prioridade do banco central norte-americano agora e ele preocupa
No “Fla-Flu” dos bancos, Itaú (ITUB4) é referência, mas Bradesco (BBDC4) vira o jogo e hoje é a melhor pedida na bolsa, diz gestor da Ibiúna
Para André Lion, o Bradesco atualmente está muito mais barato do que Itaú e deve vivenciar retomada da rentabilidade; veja outras apostas da gestora na bolsa
Queda livre das ações faz PagSeguro ter caixa maior do que valor de mercado em bolsa: oportunidade ou cilada?
Nas contas do JP Morgan, a PagSeguro possui R$ 9,6 bilhões em caixa líquido, excluindo os empréstimos, enquanto o free float é de R$ 9,5 bilhões
Um rolê no parquinho da bolsa: Ibovespa tenta reduzir perda acumulada em setembro em dia de Pnad e Caged, além de PCE nos EUA
A dois pregões do fim do mês, Ibovespa acumula queda de 2,2% em setembro, mas ainda pode voltar para o alto da roda gigante
A conta de energia aumentou e essa companhia será uma das grandes beneficiadas — vale a pena ficar de olho nessa ação
Com o calor e a falta de chuvas, a Aneel mudou a bandeira tarifária para a cor vermelha – ruim para nós, que teremos que pagar mais caro pela conta de luz, mas tem quem se beneficie desse aumento de preços, e não é a empresa que leva a energia até a sua casa
Vale (VALE3) leva a melhor no cabo de guerra com a Petrobras (PETR4) e ajuda Ibovespa a fechar em alta; dólar recua a R$ 5,4447
No mercado de câmbio, o dólar à vista opera em queda, mas longe das mínimas do dia
Com janela de IPOs fechada na B3, Oceânica fecha captação de mais de R$ 2 bilhões com bonds em dólar no exterior
A própria Oceânica chegou a iniciar os estudos para realizar um IPO na bolsa brasileira em janeiro deste ano