Mudanças no varejo alimentício abrem oportunidade para investidor, diz BTG
Compra do BIG pelo Carrefour e cisão entre Assaí e Pão de Açúcar motivaram analistas do banco a uma revisão das estimativas para o segmento

A compra do Grupo BIG pelo Carrefour e a cisão entre Assaí e Pão de Açúcar podem promover um rearranjo no segmento de varejo alimentício que levará as empresas a abrirem unidades em novos municípios — e quem ganha é o investidor.
Ao menos é o que indica um relatório do BTG Pactual, que lembra a ausência das gigantes em algumas cidades com a modalidade de "cash & carry" — aquela em que o cliente escolhe o produto nas gôndolas, paga e leva para casa.
O segmento de modo geral também é beneficiado pela inflação de "alguns itens", a exemplo de comida processada, segundo o BTG. Os analistas falam em "resiliência" do varejo alimentar em meio a uma reabertura econômica incerta.
O cenário desenhado é motivo para o BTG a retomar a cobertura de Assaí (ASAI3) e Grupo Pão de Açúcar (PCAR3). O banco também passou a recomendar a compra dos papéis do Carrefour (CRFB3).
Para os analistas da instituição, Assaí e Carrefour seriam as melhores opções para o investidor neste momento, de acordo com relatório divulgado na última semana.
Por que Assaí agora
Segundo o BTG, o Assaí combina "sólido histórico", lucratividade e "bom valuation", de 18X PE (relação preço/lucro) em 2021. O preço-alvo para os papéis, com recomendação de compra, é de R$105 — fecharam a R$ 79,75 na sexta-feira (16).
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O banco considera que o Assaí deve até 2025 abrir 22 lojas por ano e expandir a área de vendas em 13% anuamente. "Como consequência, estimamos vendas brutas no critério CAGR de 17% entre 2020 e 2025", diz o relatório.
A margem bruta ficaria estável e a margem Ebitda chegaria a 7,8% e o Ebitda ajustado avançaria em média 18% por ano, com o lucro subindo 23%, segundo as projeções do BTG.
Carrefour ainda sem aquisição
Depois de ponderações gerais sobre o segmento, o BTG apresentou um novo preço-alvo para os papéis do Carrefour sem considerar a aquisição do BIG. Os analistas vêem o banco recuperando o desempenho da divisão financeira.
O preço-alvo para os papéis é de R$27 — era de R$ 24 no relatório anterior. Na sexta-feira, as ações eram cotadas a R$ 23.
O banco considera um "pequeno risco" na integração dos negócios entre BIG e Carrefour por causa do tamanho das companhias.
A operação quando finalizada expandirá a presença do Carrefour para regiões como o Nordeste e o Sul. A empresa também atuará em um novo segmento, com o Sam’s Club — por meio de um contrato de licenciamento com o Walmart.
Analistas dizem esperar ganhos relacionados à maior densidade de vendas e "alinhamento de margem" para aumentar rapidamente a lucratividade da loja. O banco ainda elenca uma possível aceleração dos canais digitais.
O que pode dar errado — para todo o segmento
O BTG também ponderou que as empresas ainda têm de lidar com desafios como um "grande número de fornecedores com forte marca e grande poder de barganha".
"O gerenciamento logístico e de estoque também são complexos, com um mix de produtos que varia de úmido, seco a perecível, não perecível e refrigerado, congelado, bem como a variedade de tipos de embalagens, incluindo vidros, latas e garrafas plásticas", diz.
Com uma expansão nacional e uma consequente exposição a diferentes sistemas tributários, as operações ficam mais complexas, dizem os analistas.
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