Após liminares vetarem demissões, MPT espera que Ford negocie saída do país
Desde o anúncio da Ford no mês passado, o MPT formou um grupo de trabalho para acompanhar os desdobramentos do fechamento das fábricas nos três Estados
As duas decisões liminares publicadas na noite desta sexta-feira, 5, que impedem a Ford de demitir seus funcionários nas fábricas de Camaçari (BA) e Taubaté (SP) foram comemoradas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Autor das duas ações, o órgão espera que a partir de agora a multinacional "sente à mesa" para negociar de fato uma reparação aos danos causados pela sua saída do País.
"O que buscamos é a negociação. O que a Ford fez até agora não foi negociar. Uma negociação não pode começar com a demissão de todo mundo", afirmou ao Estadão/Broadcast o procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro. "Não se trata apenas da questão trabalhista daquele grupo de funcionários, mas do dano a toda uma cadeia produtiva e à sociedade. São questões maiores como a preservação da empregabilidade, a utilização de um volume expressivo de recursos públicos e um dano social de grande envergadura", completou.
No dia 11 de janeiro, a montadora americana anunciou o fechamento das fábricas em Camaçari (BA), onde produz os modelos EcoSport e Ka; Taubaté (SP), que produz motores; e Horizonte (CE), onde são montados os jipes da marca Troller. Segundo a Ford, o encerramento da produção nas três cidades afetará cerca de 5 mil funcionários, mas o MPT estima que mais de 122 mil pessoas podem perder o emprego, considerando a cadeia de fornecedores de peças e serviços à companhia.
"Todo mundo foi pego de surpresa, não houve nenhum tipo de aviso da Ford a ninguém. A empresa precisa entender que tem responsabilidade sobre todo o entorno. Camaçari e Taubaté giram em torno da fábrica, há toda uma cadeia de fornecedores. E o Estado brasileiro investiu muito para que essa cadeia existisse, com incentivos tributários - federais, estaduais e municipais - além de empréstimos do BNDES", afirmou Balazeiro.
Desde o anúncio da Ford no mês passado, o MPT formou um grupo de trabalho para acompanhar os desdobramentos do fechamento das fábricas nos três Estados. Apesar de uma reunião com executivos da empresa no dia 14 de janeiro, o órgão reclama que a Ford não tem sido transparente sobre o encerramento das atividades no Brasil.
"A empresa precisa criar um plano de desmobilização. Falta transparência. Demos dez dias para que apresentassem esse plano e a Ford pediu mais 30 dias. Enquanto isso, demitiriam os funcionários e chegaram a anunciar o encerramento total das atividades em 18 de fevereiro. Deixamos a porta aberta para a Ford e até hoje não recebemos um documento básico. É impossível começar uma negociação coletiva com essa assimetria de informação", acrescentou o procurador-geral do Trabalho.
Leia Também
Segundo ele, as liminares tratam apenas das fábricas de Camaçari e Taubaté porque a Ford ainda não divulgou uma data para o encerramento das atividades em Horizonte. "Ninguém quer forçar uma empresa a ficar no País, mas a companhia precisa entender que o impacto de sua saída é muito maior. Na França, a Ford pagou 20 milhões de euros como indenização trabalhista ao desmobilizar uma fábrica com 800 funcionários", citou.
O procurador reclamou ainda do que chamou de "assédio negocial" da empresa, que estaria buscando individualmente os funcionários para oferecer o pagamento de indenizações trabalhistas - por fora da negociação coletiva com os sindicatos. "No meio desta pandemia, é como oferecer um bote para quem está se afogando no meio do mar. Mas o MPT quer mostrar que o papel da Ford vai além de simplesmente pagar as verbas rescisórias aos próprios funcionários. O Estado brasileiro se sentiu violentado", concluiu Balazeiro.
Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master
Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto
Por que Vorcaro foi preso: PF investiga fraude de R$ 12 bilhões do Banco Master para tentar driblar o BC e emplacar venda ao BRB
De acordo com informações da Polícia Federal, o fundador do Master vendeu mais de R$ 12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB e entregou documentos falsos ao Banco Central para tentar justificar o negócio com o banco estatal de Brasília
Banco Central nomeia liquidante do Banco Master e bloqueia bens de executivos, inclusive do dono, Daniel Vorcaro
O BC também determinou a liquidação extrajudicial de outras empresas do grupo, como a corretora, o Letsbank e o Banco Master de Investimento
Cloudflare cai e arrasta X, ChatGPT e outros serviços nesta terça-feira (18)
Falha em um dos principais provedores de infraestrutura digital deixou diversos sites instáveis e fora do ar
Liquidado: de crescimento acelerado à crise e prisão do dono, relembre como o Banco Master chegou até aqui
A Polícia Federal prendeu o dono da empresa, Daniel Vorcaro, em operação para apurar suspeitas de crimes envolvendo a venda do banco para o BRB, Banco de Brasília.
BTG Pactual (BPAC11) quer transformar o Banco Pan (BPAN4) em sua subsidiária; confira proposta
Segundo fato relevante publicado, cada acionista do Pan receberá 0,2128 unit do BTG para cada ação, exceto o Banco Sistema, que já integra a estrutura de controle. A troca representa um prêmio de 30% sobre o preço das ações preferenciais do Pan no fechamento de 13 de outubro de 2025
Polícia Federal prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master; BC decreta liquidação extrajudicial da instituição
O Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Master, que vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
Azzas 2154 (AZZA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam mais de R$ 300 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP)
Dona da Arezzo pagará R$ 180 milhões, e fabricante de ônibus, R$ 169 milhões, fora os JCP; veja quem tem direito aos proventos
XP (XPBR31) anuncia R$ 500 milhões em dividendos e recompra de até R$ 1 bilhão em ações após lucro recorde no 3T25
Companhia reportou lucro líquido de R$ 1,33 bilhão, avanço de 12% na comparação anual; veja os destaques do balanço
Banco do Brasil (BBAS3) lança cartão para a altíssima renda de olho nos milionários; veja os benefícios
O cartão BB Visa Altus Liv será exclusivo para clientes com mais de R$ 1 milhão investido, gastos médios acima de R$ 20 mil e/ou renda mínima de R$ 30 mil
A ação que pode virar ‘terror’ dos vendidos: veja o alerta do Itaú BBA sobre papel ‘odiado’ na B3
Apesar da pressão dos vendidos, o banco vê gatilhos de melhora para 2026 e 2027 e diz que shortear a ação agora pode ser um erro
JBS (JBSS32): BofA ‘perdoa’ motivo que fez mercado torcer o nariz para a empresa e eleva preço-alvo para as ações
Após balanço do terceiro trimestre e revisão do guidance, o BofA elevou o preço-alvo e manteve recomendação de compra para a JBS
Grupo Toky (TOKY3), da Mobly e Tok&Stok, aprova aumento de capital e diminui prejuízo, mas briga entre sócios custou até R$ 42 milhões
Empresa amargou dificuldades com fornecedores, que levaram a perdas de vendas, faltas de produtos e atraso nas entregas
Petrobras (PETR4) descobre ‘petróleo excelente’ no Rio de Janeiro: veja detalhes sobre o achado
A estatal identificou petróleo no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde e segue com análises para medir o potencial da nova área
Gigantes de frango e ovos: JBS e Mantiqueira compram empresa familiar nos EUA para acelerar expansão internacional
A maior produtora de frangos do mundo e a maior produtora de ovos da América do Sul ampliam sua presença global
Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) têm perdas bilionárias no trimestre; confira os números dos balanços
Os resultados são uma fotografia dos desafios financeiros que as duas companhias enfrentam nos últimos meses; mudanças na alta cúpula também são anunciadas
Nubank (ROXO34): o que fazer com a ação após maior lucro da história? O BTG responde
Na bolsa de Nova York, a ação NU renovava máximas, negociada a US$ 16,06, alta de 3,11% no pregão. No acumulado de 2025, o papel sobe mais de 50%.
IRB (IRBR3) lidera quedas do Ibovespa hoje após tombo de quase 15% no lucro líquido, mas Genial ainda vê potencial
Apesar dos resultados fracos no terceiro trimestre, a gestora manteve a recomendação de compra para os papéis da empresa
Não aprendi dizer adeus: falência da Oi (OIBR3) é revertida. Tribunal vê recuperação possível e culpa gestão pela ruína
A desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara do Direito Privado do TJ-RJ, decidiu suspender os efeitos da decretação de falência, concedendo à companhia uma nova chance de seguir com a recuperação judicial
iPhones com até 45% de desconto no Mercado Livre; veja as ofertas
Ofertas são da loja oficial da Apple dentro do marketplace e contam com entrega Full e frete grátis