Projeção da Selic aumenta junto com IPCA no Boletim Focus; confira mais destaques
As estimativas do mercado contam com perspectivas do mercado para 2022, 2023 e 2024 para os principais indicadores da economia
O Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, traz as expectativas do mercado para a economia brasileira. Desta vez, a projeção do mercado para a Selic, a taxa básica de juros, subiu de 5,00% para 5,25% até o final de 2021.
No caso de 2022, a projeção permaneceu em 6,00% ao ano, ante 5,50% de um mês antes. Para 2023, seguiu em 6,50%, ante 6,00% de quatro semanas atrás. Para 2024, foi de 6,38% para 6,25%, ante 6,00% de um mês atrás.
O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou em 0,75 ponto percentual a Selic no mês passado, para 2,75% ao ano. A intensidade do aumento surpreendeu o mercado, que apostava em uma alta de 0,50 pp nesta reunião. O BC argumentou que a elevação mais forte tem o efeito positivo de evitar que a inflação estoure o teto da meta neste ano.
No comunicado da decisão, o Copom sinalizou que, a não ser que as condições mudem significativamente, uma nova elevação de 0,75 ponto deverá ser aplicada na próxima reunião, levando a taxa para 3,50% já em maio.
Um dos mecanismos para o controle da inflação é o aumento da taxa básica de juros, que reduz a tomada de crédito e o dinheiro em circulação. Mas as estimativas do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o final do ano também foram revisadas - e para cima.
IPCA
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em 2021. A mediana para o IPCA este ano passou de alta de 4,81% para 4,85%. Há um mês, estava em 4,60%.
Leia Também
A projeção dos economistas para a inflação está acima do centro da meta de 2021, de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
A projeção para o índice em 2022 foi de 3,52% para 3,53%. Quatro semanas atrás, estava em 3,50%. A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
A projeção para o IPCA em 2023 seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% para ambos os casos.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em abril de 2021, de alta de 0,46% para 0,45%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Um mês antes, o percentual projetado era de 0,43%.
Para maio, a projeção no Focus passou de alta de 0,28% para 0,29% e, para junho, passou de alta de 0,25% para 0,26%. Há um mês, os porcentuais indicavam elevações de 0,26% e 0,24%, nesta ordem.
No Focus, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de alta de 3,97% para 3,89% de uma semana para outra há um mês, estava em 4,27%.
Dólar
A mediana das expectativas para o câmbio no fim do período foi de R$ 5,35 para R$ 5,37, ante R$ 5,30 de um mês atrás. Para 2022, a projeção para o câmbio permaneceu em R$ 5,25, ante R$ 5,20 de quatro pesquisas atrás.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano. A mudança foi anunciada em janeiro pelo BC.
Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
PIB
Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. Conforme o Boletim Focus, a expectativa para a economia este ano passou de alta de 3,17% para elevação de 3,08%. Há quatro semanas, a estimativa era de 3,23%. Para 2022, o mercado financeiro manteve a previsão do PIB de alta de 2,33%. Quatro semanas atrás, estava em 2,39%.
A projeção para a produção industrial de 2021 foi de alta de 5,29% para 5,39%. Há um mês, estava em elevação de 4,69%. No caso de 2022, a estimativa de crescimento da produção industrial oscilou de 2,50% para 2,49%, ante 2,38% de quatro semanas antes.
O Boletim mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 seguiu em 64,60%. Há um mês, estava em 65,00%. Para 2022, a expectativa passou de 66,20% para 66,40%, ante 66,20% de um mês atrás.
Déficit primário
Houve também uma manutenção na projeção para o resultado primário do governo em 2021. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano seguiu em 3,05%. No caso de 2022, passou de 2,15% para 2,10%. Há um mês, os porcentuais estavam em 2,90% e 2,04%, respectivamente.
Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2021 seguiu em 7,50%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2022, seguiu em 6,80%. Há quatro semanas, essas relações estavam em 7,10% e 6,70%, nesta ordem.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Balança comercial
Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2021, de superávit comercial de US$ 55,00 bilhões para US$ 55,30 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 55,00 bilhões. Para 2022, a estimativa de superávit foi de US$ 51,00 bilhões para US$ 54,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 50,00 bilhões.
No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2021 foi de déficit de US$ 11,83 bilhões para US$ 10,00 bilhões, ante US$ 11,00 bilhões de um mês antes. Para 2022, a projeção de rombo passou de US$ 20,40 bilhões para US$ 15,80 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 19,70 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2021 seguiu em US$ 55,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 52,50 bilhões. Para 2022, a expectativa foi de US$ 62,20 bilhões para US$ 64,60 bilhões, ante US$ 60,00 bilhões de um mês antes.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767
Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros
Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje
Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira
Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana
Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana
JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho
Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos
A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”
Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso
A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão
Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA
Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje
O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores
A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro