Os melhores fundos imobiliários para investir em maio, segundo 10 corretoras
O fundo preferido das corretoras no mês está exposto ao segmento de supermercados, hipermercados e atacarejos e engatou duas vitórias consecutivas em nosso ranking
O mês de abril trouxe um aguardado alívio, ainda que pequeno, para o risco fiscal brasileiro com a aprovação do Orçamento 2021. Além disso, a ligeira queda na média móvel de mortes, a tendência de estabilidade no número de novos casos de covid-19 e o avanço na vacinação levaram várias cidades a flexibilizar as medidas de restrições sociais e o horário de funcionamento do comércio.
Com o cenário favorável, uma parte dos investimentos brasileiros tomou fôlego para tentar apagar as perdas registradas neste início de ano. O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX), que havia caído 1,38% em março, anotou ganhos de 0,51% no mês passado.
Dois dos responsáveis pela alta no índice no mês passado foram os segmentos de lajes corporativas e shopping centers. Ambos os setores haviam liderado as perdas entre os FIIs em março, mas foram fortemente beneficiados pelo alívio nas medidas de distanciamento social e pelo avanço do cronograma de vacinação.
| Segmento | Rentabilidade em abril |
| Híbridos papel | -1,25% |
| Híbridos tijolo | -0,41% |
| Logístico/industrial | -0,19% |
| Outros | +0,25% |
| Fundos de fundos | +0,26% |
| Lajes corporativas | +0,51% |
| Shopping centers | +1,02% |
| Recebíveis imobiliários | +1,38% |
Fonte: Ativa Investimentos
Porém, mesmo as notícias que animaram o mercado não foram completamente positivas. O Orçamento, por exemplo, sancionado no limite do prazo pelo presidente Jair Bolsonaro, só foi concluído após novas manobras fiscais e a aprovação de um projeto de lei que deixou R$ 125 bilhões à margem do teto de gastos.
E, no que diz respeito ao combate à covid-19, as porcentagens em queda ainda escondem um patamar elevado de mortes e contaminações: abril superou março como mês mais letal desde o início da pandemia, com 82.401 vidas perdidas para a doença.
Leia Também
Além dos “macro vilões”, os fundos imobiliários também seguem pressionados pelas previsões de altas contínuas da taxa básica de juros. O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) cumpriu com o que havia sinalizado na última reunião e aumentou novamente a Selic em 0,75 ponto percentual, para 3,50% ao ano.
Além disso, a autoridade monetária já avisou que um novo aumento da mesma magnitude deverá ocorrer na próxima reunião. Segundo as projeções da última edição do Boletim Focus, divulgada na segunda-feira (10), a Selic terminará o ano em 5,5%.
Porém, mesmo em um cenário de Selic elevada, os fundos imobiliários ainda são considerados investimentos atrativos nos preços atuais, pois os rendimentos que devem distribuir ainda superariam a taxa básica de juros e também a remuneração dos títulos públicos de longo prazo atrelados à inflação.
Atualmente, o dividend yield do IFIX (retorno percentual em rendimentos do principal índice de FII da bolsa) está em 7,31%, e as taxas de juros dos títulos públicos atrelados ao IPCA de longo prazo estão na faixa dos 4% ao ano.
| Segmento | Dividend yield anualizado |
| Recebíveis imobiliários | 9,52% |
| Fundos de fundos | 8,32% |
| Escritórios | 7,41% |
| IFIX | 7,31% |
| Híbridos/Outros | 6,86% |
| Logístico/Industrial | 6,72% |
| Shoppings/Varejo | 2,02% |
Fonte: Santander
Os fundos imobiliários preferidos para maio
Agora, estabelecido o contexto, vamos aos FIIs mais recomendados aos investidores. Maio marca a segunda vitória consecutiva do TRX Real Estate (TRXF11) entre os preferidos entre as dez corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro.
O fundo foi mantido no top 3 das quatro instituições que já haviam garantido a ele a primeira posição no mês anterior: Ativa, Guide, Mirae e Santander.
A novidade para o mês foi a vice-liderança do BTG Pactual Logística (BTLG11), um dos campeões de indicações desde que iniciamos a cobertura dos FII recomendados. O fundo foi recomendado pela Ativa, Mirae e Warren e volta a figurar entre os três preferidos das duas primeiras corretoras neste mês.
Vale também uma menção honrosa para cinco outros fundos que tiveram duas recomendações cada. O fundo BTG Pactual Fundo de Fundos (BCFF11) foi recomendado novamente por Mirae e Terra e o TG Ativo Real (TGAR11) permaneceu entre os preferidos de Terra e Santander.
Completam a lista o fundo Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11), que já era favorito da Órama e estreou na carteira da Ativa já no top 3, o RBR Alpha Multiestratégia Real State (RBRF11), recomendado pela Necton e pelo Inter, e o Vinci Logística (VILG11), indicado também pela Necton e estreante na carteira de favoritos da Guide.
Confira a seguir os três fundos preferidos de cada corretora entre os FII indicados nas suas respectivas carteiras recomendadas para maio:

TRX Real Estate (TRXF11)
O TRX Real Estate (TRXF11) é um fundo focado em renda que atua nos segmentos logístico e de varejo. Possui 44 imóveis em 11 estados, sendo dois galpões logísticos — um no Rio de Janeiro, alugado para a Camil, e outro no Ceará, alugado para o Pão de Açúcar — e o restante de varejo.
No mês passado o FII comunicou a compra de um imóvel no Shopping Center Guararapes, em Pernambuco. Com a aquisição, que conta com uma Área Bruta Locável (ABL) de 15.130 m² e contrato de 15 anos, o fundo incluiu mais um hipermercado entre seus locatários: o BIG Bom Bompreço.
Agora, com exceção de um imóvel alugado para a varejista de itens de casa e construção Sodimac, localizado em Ribeirão Preto (SP), todos os demais imóveis de varejo são alugados para super e hipermercados das redes Pão de Açúcar, Assaí, Extra e BIG. Mais de 80% desses contratos vencem apenas a partir de 2035.
Além disso, o fundo também anunciou a recompra facultativa integral por R$ 31 milhões dos créditos imobiliários que eram lastro do Certificado de Recebível Imobiliário (CRI) da 81ª Série da Bari Securitizadora. O objetivo com o gasto é concluir sua meta de desalavancagem parcial.
O TRXF11 aparece nos top 3 de Ativa, Santander, Mirae e Guide. Entre os pontos positivos do fundo, a Ativa ressalta seus inquilinos, o longo prazo dos contratos e o foco em retorno distribuído na forma de dividendos para os seus acionistas.
O Santander também destaca o grande porte dos inquilinos e o fato de a maioria deles pertencerem a segmentos menos afetados pela pandemia, dado que supermercados são considerados serviços essenciais. No entanto, lembra que há risco de concentração de inquilinos, uma vez que 72% das receitas são concentradas em Assaí (38%) e Pão de Açúcar (34%).
Os contratos atípicos de vencimento distante e a diversificação geográfica do fundo também são apontados como pontos fortes pelo Santander, que estima para o fundo um retorno (dividend yield) de 7,8% em 12 meses.
Um ponto negativo indicado pelo banco, porém, é o fato de o TRXF11 ter R$ 380 milhões em obrigações por securitização de recebíveis atrelados às aquisições de ativos da sua carteira. "Ainda que com o caixa reforçado por conta da última emissão de cotas, em um cenário extremo, o FII poderia ter falta de liquidez para honrar os compromissos assumidos", diz o relatório.
A Guide, por fim, justifica a escolha da seguinte forma: "Assim como galpões logísticos, o varejo alimentício tem sido um dos setores que menos sofreram desde o início da crise. Nesse sentido, acreditamos na sinergia defensiva que o portfólio do fundo apresenta entre os dois segmentos, mas também promovendo um potencial atrativo de ganho de capital devido às recentes conclusões de aquisições e retomada de dividendos a patamares acima da média do IFIX."
Retrospectiva
No geral, o mês foi positivo para os fundos preferidos das instituições, com apenas seis deles amargando perdas no período. Entre os destaques positivos estão o BTG Pactual Corporate Office (BRCR11), que subiu 4,2%, e TG Ativo Real (TGAR11) e REC Recebíveis Imobiliários (RECR11), ambos com ganhos de 3,3%.
O TRX Real Estate (TRXF11), que já era campeão de indicações para abril e voltou ao pódio em maio, viu alta de 0,7% no período. Veja na tabela a seguir o desempenho de todos os fundos dos top 3 das corretoras no mês passado:

Carteiras recomendadas completas das corretoras

*Colaborou Julia Wiltgen
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
