Acabou o amor?
Traição é sempre uma situação delicada nos relacionamentos. Como manter o amor e a confiança no cônjuge que foi lá e jogou todos estes sentimentos pela janela?
Esse é o dilema que os investidores estão enfrentando em relação a Jair Bolsonaro, depois que o presidente rompeu com seus votos liberais e traiu seu “casamento” com o mercado ao promover uma intervenção no comando da Petrobras.
A tragédia que esta decisão teria já vinha sendo anunciada no mercado. Somente as sinalizações de Bolsonaro de que estudava mudar o comando da estatal tiraram R$ 28 bilhões de seu valor de mercado.
O que fica agora é a dúvida: Bolsonaro é realmente um liberal e o casamento ainda pode ser salvo ou ele apenas adotou as ideias para angariar apoio do mercado para a sua eleição?
A considerar de suas últimas falas – no sábado, ele disse que também vai “meter meter o dedo na energia elétrica” –, o presidente nunca deixou de ser aquele deputado de antes do “matrimônio”, contrário a temas defendidos pelos investidores, como reformas e privatizações. Paulo Guedes tentou, mas não conseguiu domar o capitão, como tinha prometido.
Então fica a dúvida: se Bolsonaro não está comprometido com os ideais liberais na economia, como fica a agenda de reformas?
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Existe uma ponta de esperança em alguns no mercado, que acham que o casamento ainda não acabou e que as reformas podem seguir adiante. Isso é algo que vamos acompanhar nas próximas semanas.
Enquanto isso, devemos ver uma reação bastante adversa no mercado à traição. Saiba o que esperar na coluna Segredos da Bolsa.
O que você precisa saber hoje
MERCADOS
A relação entre Bolsonaro e o mercado já vinha estremecida desde o ano passado, com a debandada de vários membros da equipe do ministro Paulo Guedes. Com a intervenção na Petrobras, ela ficou ainda pior, segundo gestores ouvidos por Vinicius Pinheiro.
A volta dos estrangeiros e o maior apetite do investidor brasileiro por aplicações de maior risco resultaram no nível recorde de R$ 33 bilhões em ofertas de ações neste começo de ano.
EMPRESAS
O indicado pelo governo para substituir Roberto Castello Branco no comando da Petrobras é um general próximo de Bolsonaro, cumpridor de ordens, com perfil discreto e pacificador. Saiba um pouco mais sobre ele.
A intervenção na Petrobras ocorreu pouco antes de ela divulgar os resultados do quarto trimestre. Nesta semana também estão previstos os balanços de CSN, Vale e Weg.
A Embraer confirmou na sexta-feira que negocia a venda de aeronaves para a companhia alemã Lufthansa. Especulações a respeito desta possibilidade fizeram as ações da empresa subirem 14% na quarta-feira.
Se separadas já causam, imagine juntas. A B2W e a Lojas Americanas informaram na sexta-feira que estudam uma possível combinação operacional dos dois negócios.
ECONOMIA
Em resposta às críticas que vêm recebendo, Bolsonaro disse no sábado que a decisão de afastar Roberto Castello Branco do comando da Petrobras se deu porque a magnitude dos reajustes dos preços dos combustíveis este ano foi uma "covardia".
Nas últimas 24 horas, o país registrou 527 mortes e 29.026 novos casos de covid-19, segundo o Ministério da Saúde. Confira os mais recentes números da pandemia.
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