Por que a nova ofensiva da China contra o bitcoin (BTC) e as criptomoedas deve ter impacto limitado no mercado desta vez
Os poderes da China em cima do mercado de criptomoedas foram limitados depois do último crash do bitcoin
Na última sexta-feira (24), o mercado foi surpreendido pela notícia de que a China tornou transações com criptomoedas ilegais. O bitcoin (BTC) chegou a recuar mais de 5% no dia e puxou as quedas no mundo cripto.
Nesta segunda-feira (27), o bitcoin (BTC) opera em alta de 1,30%, cotado a US$ 43.667,11 (R$ 233.281,48), em um movimento de recuperação da última semana.
A notícia da semana passada correu o mundo, assim como na época das proibições de mineração no começo do ano. Entretanto, se o mercado de criptomoedas ficou mais pressionado da primeira vez, o tsunami deve virar uma marola agora, porque o cenário é diferente para o bitcoin e para a China.
Eu conversei com especialistas no mercado de criptomoedas e trago a seguir cinco razões por que a ameaça do gigante chinês desta vez deve ter um impacto menor sobre as cotações das moedas digitais.
Antes de continuar, um convite: informamos no nosso Instagram a novidade do momento. Agora dá para comprar criptomoedas diretamente pelo "seu banco digital".
Confira abaixo e aproveite para nos seguir no Instagram (basta clicar aqui). Lá entregamos aos leitores análises de investimentos, notícias relevantes para o seu patrimônio, oportunidades de compra na bolsa, insights sobre carreira, empreendedorismo e muito mais.
Leia Também
Ver esta publicación en Instagram
Agora vamos ao assunto:
1 - Notícia velha requentada
O documento proibindo a negociação em criptomoedas foi, na verdade, divulgado em 15 de setembro deste ano, depois de circular internamente por alguns meses entre as autoridades monetárias chinesas.
A demora para a divulgação aconteceu porque os órgãos reguladores compilaram uma série de outros decretos, como os que impediam a mineração de bitcoin, por exemplo. Em sua conta no Twitter, a chefe de marketing da HashKey Hub, uma gigante exchange da Ásia, conhecida apenas como Molly, comentou o caso e afirmou que o problema não passa de um FUD.
A sigla para “fear, uncertainty and doubt” acompanha as criptomoedas. É usada como sinônimo de um boato ou notícia criada para movimentar o mercado.
"Se você vir outro FUD regulatório da China, o anúncio foi postado em 3 de setembro. Não caia nessa", em tradução livre.
"O anúncio da China de banir criptomoedas, que foi espalhado hoje, foi ANUNCIADO EM 15 DE SETEMBRO, mas postado hoje. O mercado já reagiu ao FUD regulatório", em tradução livre.
2 - China nem tão poderosa assim
Um dos maiores temores do mercado de criptomoedas era a China desligar as máquinas de mineração, tendo em vista que, em maio deste ano, o país respondia por 65% do hashrate de mineração do bitcoin.
Em outras palavras, o medo dos investidores era de que a rede pudesse ficar mais lenta e até mesmo desprotegida com esse cerco regulatório.
Entretanto, o cenário é bem diferente agora. A China ainda corresponde por 46% da taxa de mineração do bitcoin, mas a rede ficou mais espalhada pelo mundo. Os Estados Unidos já dobraram a sua capacidade de minerar bitcoin e atingiram os 16% de contribuição para a rede da criptomoedas.
Após a proibição, uma parcela dos mineradores chineses realmente desligou as máquinas, mas uma significativa parte deles migrou para países como Uzbequistão, Paraguai e os próprios Estados Unidos.
3 - Bitcoin? O negócio da China é o Tether (USDT)
Rocelo Lopes, especialista em criptomoedas e cripto economia, afirma que a criptomoeda mais utilizada na China não é o bitcoin (BTC), e sim o Tether (USDT). Essa é a maior stablecoin do mercado, lastreada no dólar, e, devido a sua estabilidade frente ao dólar, é melhor para o dia a dia.
Lopes conta que há algum tempo as criptomoedas são proibidas na China, mas os usuários usam endereços fora do país asiático para negociarem as moedas digitais e criar contas em exchanges do exterior.
Existe ainda a suspeita de que grandes investidores incentivem o pânico com notícias distorcidas para provocarem um “efeito manada” no mercado de criptomoedas. “É uma tática comum de grandes investidores buscar notícias que possam afetar o mercado e derrubar preços. Eles colocam robôs para fazer tradings para comprar o ativo na baixa, e muitos pequenos acabam vendendo com medo de os preços caírem demais”, comenta.
4 - Documento vago
O jornalista chinês Wu Blockchain, especialista na cobertura do setor no país asiático, afirma que o documento não é tão específico, especialmente quando relaciona investimentos a “ordem pública e bons costumes”.
“O documento afirmava que qualquer pessoa jurídica, entidade sem caráter jurídico ou pessoa física que investe em moeda virtual e derivados que ‘viole a ordem pública e os bons costumes’ sofrerão ações cíveis pertinentes, e os prejuízos por elas causados serão por elas suportados. O aviso não significa que todos os investimentos são inválidos, mas a definição de ‘ordem pública e bons costumes’ é um tanto vaga, o que pode ser um foco do avanço regulatório no futuro”, afirma, em sua newsletter diária.
5 - Chove nas ações, molha as criptomoedas
Durante a crise envolvendo a incorporadora chinesa Evergrande, houve uma redução na liquidez dos mercados. As bolsas da China ficaram fechadas na segunda (20) e na terça-feira (21), o que reduziu ainda mais o dinheiro em circulação.
Dessa forma, o governo chinês injetou um total de US$ 18 bilhões na última quarta-feira (22) na economia para acalmar os ânimos e aumentar a liquidez do mercado.
Na quinta, a China anunciou um novo estímulo de US$ 18,6 bilhões aos mercados e, no total, os estímulos já chegam a US$ 71 bilhões até a última sexta-feira (24), o que deve movimentar ativos de risco, como ações e criptomoedas nesta próxima semana.
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
