Se a bolsa caiu, o risco aumentou, certo? Errado. Saiba por que investir em ações na baixa é mais seguro
Comprar ações de uma boa companhia por preços elevados pode ser um péssimo negócio. E quanto mais alto for o preço, maior o risco de perda

Qual das duas situações parece mais arriscada para você:
- pilotar uma moto a 300 Km/h em uma rodovia sem capacete; ou
- pilotar a mesma moto na mesma rodovia, mas desta vez com capacete e a uma velocidade de 80 Km/h.
Parece uma pergunta muito idiota, não é?
É óbvio que a primeira situação é muito mais arriscada.
Mas acredite: quando se trata de investimentos, as pessoas insistem em confundir as duas situações.
"O aumento do risco"
Você deve ter acompanhado o estresse na Bolsa brasileira nos últimos dias.
Várias das ações listadas acabaram caindo mais de vinte por cento, inclusive.
Leia Também
Ao buscar notícias sobre esse tipo de movimento, é bastante comum nos depararmos com manchetes do tipo "A bolsa brasileira despenca com o aumento do risco" ou "O aumento do risco faz os investidores venderem suas ações".
Como você pode perceber, sempre arranjam uma forma de relacionar a queda nos preços com o aumento de risco, mas será que isso tem algum sentido?
Howard Marks e Warren Buffett, dois investidores que sempre têm muito a nos ensinar, certamente discordariam.
O risco sobe quando o preço cai na bolsa?
Para aqueles dois — e, provavelmente, para todos os outros grandes investidores também — a queda nos preços, na verdade, deveria significar uma redução dos riscos.
É isso mesmo!
Howard Marks não cansa de dizer em seus livros e memos que o grande erro dos investidores não é comprar um ativo ruim, mas comprar um ativo que esteja caro demais.
Por exemplo, comprar ações de uma boa companhia por preços elevados pode ser (e provavelmente será) um péssimo negócio. E quanto mais alto for o preço, maior o risco de perda que esse investidor estará assumindo.
Isso ficou claro no mercado norte-americano nos anos 60 e 70, quando as chamadas "Nifty Fifty", as cinquenta maiores e melhores companhias dos Estados Unidos, passaram a negociar a múltiplos absurdos, próximos de 100 vezes lucros, porque todo mundo começou a se importar apenas com a qualidade delas e não mais com os seus preços.
Mas o fato de serem companhias majestosas não impediu que suas ações chegassem a se desvalorizar mais de 80% nos anos seguintes, quando a racionalidade voltou a dominar o mercado.
Será que o risco era maior quando as ações estavam negociando a múltiplos absurdos ou depois da forte queda e consequente retomada da racionalidade?
Interpretar as quedas do mercado como um aumento do risco é o mesmo que dizer que o risco de pilotar uma moto aumenta quando você reduz a velocidade de 300 Km/h para 80 Km/h – não faz o menor sentido.
Infelizmente, é assim que a psicologia financeira costuma nos enganar.
Usando essa lógica invertida que acabamos de comentar, ela faz a maioria das pessoas vender quando era a hora certa de comprar na bolsa e comprar perto do momento propício para vender.
Leia também:
- O que vale mais a pena: quitar o financiamento imobiliário ou investir o dinheiro? A resposta pode ter mudado
- O dilema do Astra 2005: Ainda vale a pena investir em Petrobras (PETR4) após a disparada das ações?
- Inscreva-se no nosso canal no Telegram e recebe insights de investimento no seu celular
Algumas oportunidades na bolsa
Sendo assim, a queda exagerada abriu algumas boas oportunidades. Falamos de Cosan (CSAN3) na última sexta-feira, que ficou ainda melhor depois do anúncio da entrada em um novo segmento de atuação nesta semana: mineração.
Dado o longo histórico de criação de valor, vemos mais uma boa avenida de crescimento para a companhia, que agora negocia com um nível de risco ainda melhor depois de cair cerca de 20% desde as máximas de julho sem deterioração dos fundamentos.
Mas 20% é pouco se compararmos com outros casos recentes. Por exemplo, o Henrique Florentino sugeriu aos seus assinantes comprarem ações de uma companhia que se desvalorizou 60% desde o seu IPO recente na bolsa.
Na verdade, essa é a especialidade do Henrique na série Ações Exponenciais: encontrar ações de companhias que estão passando por algumas dificuldades e cujos preços caíram muito mais do que a piora de fundamentos indicaria, o que significa menos risco no investimento na ótica dos super investidores.
Se quiser conhecer esta oportunidade e todas as outras que fazem parte da série, deixo aqui o convite.
E lembre-se: é justamente quando ninguém sequer fala sobre riscos que você deveria estar mais preocupado com ele.
Um grande abraço e até a próxima!
Ruy
Na disputa pelo seu dinheiro, os bancos derrubaram as taxas do investimento em fundos de índice (ETF). Saiba no vídeo abaixo o que está por trás da estratégia:
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação
Bolsa fecha terceira semana no vermelho, com perdas de 2,44%; veja os papéis que mais caíram e os que mais subiram
Para Bruna Sene, analista de renda variável na Rico, “a tão esperada correção do Ibovespa chegou” após uma sequência de recordes históricos