Petrobras privatizada vira possibilidade, Itaú revisa projeções para o Brasil e outros destaques
A proximidade do ano eleitoral não aprofunda apenas as discussões sobre o aumento de gastos do governo com medidas assistencialistas, como o Auxílio Brasil e o auxílio aos caminhoneiros, confirmados na semana passada após uma manobra no teto de gastos.
Com outubro engatando a reta final, restam poucas folhas no calendário de 2021 e oportunidades para o governo seguir com a agenda liberal. As reformas estão travadas no Congresso e há grande resistência dos parlamentares em topar a discussão de privatizações de empresas como Banco do Brasil, Correios e Petrobras.
Isso, no entanto, não impede o governo federal de ventilar por aí que mudanças na petroleira podem estar a caminho. Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre uma possível migração da companhia para o Novo Mercado.
Dando o pontapé inicial na semana, o presidente Jair Bolsonaro mencionou a possibilidade de privatização. Mas foi na reta final do pregão que a questão ganhou novos contornos. A CNN informou que o governo estuda a venda de ações ordinárias e preferenciais da companhia, tirando o controle acionário da União.
Mas essa não foi a única notícia do dia que movimentou os papéis da estatal. Com a alta do petróleo no mercado internacional, a companhia anunciou um novo reajuste nos preços do diesel e da gasolina.
Já é a segunda alta em outubro — o litro da gasolina ficará R$ 0,21 mais caro, enquanto o do diesel passará a custar R$ 0,28 a mais nas refinarias. No ano, a elevação é de 71%.
Leia Também
Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje
A soma de duas notícias positivas para a Petrobras realmente embalou os investidores, por ora. E isso se deve mais à queda brusca da semana passada do que à confiança na capacidade do governo de encaminhar a pauta, principalmente com 2022 tão próximo, acreditam os analistas.
Enquanto os papéis da petroleira subiram cerca de 7%, o Ibovespa avançou 2,28%, aos 108.714 pontos. O dólar à vista também teve um dia de alívio, em queda de 1,90%, a R$ 5,562.
Os próximos dias devem ser marcados pela expectativa em torno da decisão de política monetária do Banco Central brasileiro. Após o estresse trazido pelo cenário fiscal, os investidores projetam que o BC precisará agir de forma mais rígida, acelerando o ritmo de alta da Selic. Então, a curva de juros não seguiu o mesmo caminho e continuou com seus ajustes para cima.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta segunda-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
RISCO FISCAL
O preço do furo no teto de gastos virá em forma de juro maior e recessão em 2022, diz Itaú. Com o aumento da incerteza fiscal, o Banco Central deverá entrar em um “regime de contenção de danos”, segundo o banco, que prevê alta da Selic para até 11,25% ao ano.
VÍDEO
A Oi do futuro: cinco pontos para entender a reestruturação da empresa. A Oi (OIBR3 e OIBR4) está perto de concluir a recuperação judicial; neste vídeo, o repórter Victor Aguiar lista cinco pontos para entender o futuro da empresa.
ME VÊ BITCOIN
De olho no interesse dos clientes por bitcoin (BTC), Mastercard vai lançar plataforma que une criptomoedas com cartões de débito e crédito. Com essa integração, o cliente pode receber cashback em criptomoedas após compras no cartão de crédito, por exemplo.
UM OLHO NO GATO, OUTRO NO PEIXE
Como a encrencada Evergrande pretende se inspirar em Elon Musk para sair da draga. Depois de depositar dinheiro devido a credores externos, fundador fala em deixar em segundo plano os empreendimentos imobiliários para investir em setores considerados mais promissores.
EXILE ON WALL STREET
Entre “O fim do Brasil — parte 2” e o começo da terceira via. Depois do desastre com o teto de gastos, o que podemos esperar de uma resolução que não envolva nem Lula nem Bolsonaro? Leia na coluna de Felipe Miranda, sócio-fundador e CIO da Empiricus.
Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…
Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.