O “carro voador” da Embraer, privatização da Eletrobras e alta dos juros; veja os destaques da semana
Acho que foi Gabriel García Márquez quem disse que um escritor sempre escreve os mesmos livros.
Já faz um tempo que passei a interpretar que a máxima do pai do realismo mágico valeria também para filmes.
A quem quiser um argumento a favor, basta ver o que o cineasta chinês Wong Kar-Wai fez ao longo de sua carreira.
A história de Kar-Wai é sempre a história de busca por uma possibilidade de conexão com outras pessoas em meio a uma intensa modernização do ambiente urbano.
Depois de quatro ou cinco filmes, poderia jurar que em “2046”, por exemplo, até os diálogos são idênticos ao de alguns outros títulos.
Mas há, sim, dois elementos diferentes: a história central, de um trem que sempre parte para o ano de 2046, e os carros voadores que fazem parte desse futuro.
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No mercado financeiro, mais recentemente também se falou em veículos futuristas.
A Embraer anunciou uma fusão de US$ 2 bilhões entre a sua subsidiária Eve Urban Air Mobility, que desenvolve carros elétricos voadores de pouso vertical (VTOL – Vertical take-off and landing), e a Zanite Acquisitions.
A novidade foi suficiente para uma escalada das ações da empresa, com os investidores embarcando na ideia de um futuro mais parecido com o de “2046”.
Nesta semana, o colunista Ivan Sant’Anna recuperou a história da Embraer e contou como a companhia conseguiu transformar ficção em realidade com o novo projeto.
Veja outros destaques da semana:
1 - Pressão das commodities e Eletrobras
Ontem, o Ibovespa subiu 0,27%, aos 127.595 pontos, mas o saldo da semana na bolsa brasileira foi negativo. Os últimos dias foram marcados pela baixa no setor de commodities e os entraves na apreciação da MP da Eletrobras no Senado.
A perspectiva de alta da taxa básica de juros e retomada econômica movimentou o setor financeiro ao longo de toda a semana e as companhias do segmento se destacaram entre as maiores altas do período.
Já o dólar à vista fechou a semana com um recuo expressivo de 1,05%, a R$ 5,06. A Jasmine Olga trouxe os destaques do desempenho dos mercados nesta matéria.
2 - Afinal, o mercado gostou?
A MP que viabiliza a privatização da Eletrobras foi aprovada no Senado com diversas alterações ao texto original. No entanto, parte do mercado gostou do avanço do projeto porque os parlamentares mantiveram o formato de capitalização, a limitação de direitos de voto e a extinção do modelo de cotas. Nesta matéria você confere o que disseram os analistas sobre o texto e o que eles esperam da empresa.
3 - Como ficam seus investimentos agora
O BC elevou novamente a taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual. Com isso, a Selic passou de 3,50% para 4,25% ao ano.
O novo patamar ainda perde da inflação oficial projetada para os próximos 12 meses, de 4,31%. Mas a tendência é que o ciclo de alta de juros continue, elevando gradativamente o retorno das aplicações financeiras cuja remuneração esteja atrelada à Selic e à taxa DI - taxa de juros que costuma acompanhar a taxa básica.
Assim, os investimentos conservadores estão voltando a ter rentabilidades atrativas, aumentando sua probabilidade de ganhar da inflação e preservar o poder de compra do investidor. A Julia Wiltgen contou aqui como ficam seus investimentos com a nova Selic.
4 - Abrir um negócio ou investir em bolsa?
As companhias listadas na Bolsa têm vantagens marcantes sobre as companhias menores: maior poder de escala, reconhecimento de marcas, acesso a mão-de-obra mais qualificada e acesso a capital barato.
Muitas vezes líderes de mercado e com histórico comprovado, essas empresas têm acesso a uma série de fontes de financiamento que suas rivais menores não conseguem competir.
É por isso que o colunista Ruy Hungria faz parte do time que entende que investir em boas companhias de capital aberto na maioria das vezes é mais vantajoso do que tentar abrir a sua própria empresa.
Em seu texto mais recente, ele aponta, inclusive, alguns exemplos de setores que são boas pedidas para o segundo semestre.
5 - A sócia da Petrobras que trocou de nome e sobe 690% na bolsa
A bolsa brasileira é cheia de episódios peculiares. A transformação do Magalu em gigante do varejo, a ascensão e queda das empresas de Eike Batista e o salto global da Ambev e da Natura são apenas alguns exemplos.
O caso singular mais recente é o da Dexxos Participações. Antiga GPC Participações, a empresa falou ao Seu Dinheiro sobre a longa recuperação judicial pela qual passou e as perspectivas depois de uma disparada de suas ações.
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