Jovens manhãs na bolsa

Você consegue imaginar um palco mais inusitado do que a sede da bolsa de valores para abrigar espetáculos tão distintos como uma escola de samba, um grupo de choro e um desfile de moda?
Pois eu assisti a todas essas apresentações ao vivo durante as tradicionais cerimônias que marcam o início das negociações das empresas que fizeram IPO — oferta pública inicial de ações.
De todas as coberturas do jornalismo econômico e financeiro, a dos IPOs provavelmente é a minha favorita. As dezenas de manhãs que passei na sede da bolsa inspiraram até a trama do meu romance Os Jogadores.
Os IPOs podem ser uma grande oportunidade de investimento, aquele momento em que o capitalismo dá uma piscada de olho para o socialismo. Ou seja, quando um empresário decide dividir os lucros — e os riscos — do seu negócio com milhares de pessoas que ele nem sequer conhece.
Eu não destaquei a palavra “riscos” à toa. As cerimônias de lançamento de ações são apenas a parte mais visível desse iceberg. A verdade é que boa parte dos IPOs não é planejada nas companhias, mas nos frios escritórios dos bancos de investimento. O “herói” do meu livro inclusive é um aprendiz de banqueiro.
Com o auxílio de advogados igualmente bem pagos, são eles que vendem o sonho das empresas que buscam atrair sócios na bolsa. Em resumo, o investidor está claramente em desvantagem do ponto de vista de informação.
Leia Também
Na coluna de hoje, o Ruy Hungria conta para você como investir em ações de empresas que fazem IPO é equivalente a comprar um carro usado. Pode ser tanto um baita negócio como uma grande cilada. Vale a pena a leitura!
O que você precisa saber hoje
MERCADOS
Com clima ameno no exterior, o Ibovespa fechou a sessão no maior nível desde o dia 19 de fevereiro, em alta de 0,59%, aos 118.313 pontos. O otimismo com o cenário internacional também derrubou o dólar, que recuou 1,23%, para a casa de R$ 5,57.
O que mexe com os mercados hoje? Em dia de divulgação do IPCA, a inflação brasileira deve dividir o foco com a discussão sobre a peça orçamentária para 2021 e a instauração da “CPI da Covid”. Os investidores também devem acompanhar as falas do ministro Paulo Guedes e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
EMPRESAS
A CCR — uma das vencedoras do leilão de aeroportos desta semana — e a multinacional de alimentos Marfrig anunciaram o pagamento de dividendos. O dinheiro deve ser transferido aos acionistas de ambas até dia 30. Veja as condições.
As contratações de crédito imobiliário da Caixa com recursos da poupança totalizaram R$ 16,1 bilhões no primeiro trimestre, em uma alta anual de 103,1%. No mês de março, foram R$ 7,2 bilhões aplicados, 146,5% superior ao mesmo período do ano passado.
ECONOMIA
A polêmica do Orçamento de 2021 continua. Desta vez foi a vez do secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, alertar para o risco de paralisia de serviços públicos (shutdown) se não houver uma reformulação na proposta.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que a pasta deve promover leilões de mais 22 ativos até o final do ano, com investimentos estimados em R$ 84 bilhões. Ontem, o governo concedeu a concessão de um trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia.
O Brasil bateu novo recorde de mortes por covid-19. Foram 4.249 óbitos registrados em 24 horas, de acordo com o Ministério da Saúde. O total de vítimas que não resistiram ao novo coronavírus já se aproxima dos 350 mil.
O microempreendedor Individual (MEI) também pode ter de declarar imposto de renda como pessoa física. A forma de declaração, porém, difere da do autônomo. Confira as regras do IR para os profissionais que atuam por conta própria.
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